11 Mitos e Verdades Sobre Carros: O Que Você Precisa Saber Para Evitar Erros Comuns!

O universo dos carros é repleto de informações, algumas bastante úteis, outras nem tanto. Acontece que, ao longo dos anos, muitos mitos sobre veículos se espalharam, confundindo motoristas e até levando a decisões erradas que podem afetar o desempenho, a segurança e a longevidade do seu carro. Isso é ainda mais verdadeiro quando se trata dos cuidados com o veículo, como a manutenção e as práticas de condução, que, muitas vezes, são baseadas em ideias equivocadas.

Neste artigo, vamos analisar 11 mitos e verdades que cercam os cuidados automotivos. Vamos esclarecer algumas das crenças populares e entender o que, de fato, deve ser feito para garantir o bom funcionamento do seu carro e aumentar sua durabilidade. Ao longo dessa jornada, você vai perceber como práticas simples podem fazer toda a diferença no desempenho do seu veículo e até mesmo na sua economia de combustível.

Volkswagen investe em carros elétricos no Brasil.
Foto: Divulgação/ Volkswagen

Com a ajuda dessa análise detalhada, você poderá identificar o que deve ser feito para cuidar melhor do seu carro e evitar possíveis danos, além de aprender mais sobre a tecnologia por trás do funcionamento dos veículos. Então, continue com a leitura e prepare-se para ser surpreendido!

1. As pastilhas de freio devem ser trocadas junto com os discos?

Mito! Muitas pessoas acreditam que a troca das pastilhas de freio sempre deve ser feita junto com a dos discos. Porém, essa não é uma regra. Embora, com o tempo, os discos de freio também se desgastem, as pastilhas, devido ao material que as compõe, sofrem maior desgaste e, por isso, precisam ser trocadas com mais frequência. Em vez de realizar a troca de ambos os componentes ao mesmo tempo, o mais comum e adequado é substituir apenas as pastilhas quando necessário.

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É importante realizar o monitoramento dos discos, pois, em casos de desgaste excessivo, como o aparecimento de sulcos ou danos visíveis, a troca dos discos será inevitável. A substituição prematura de discos de freio pode ser um desperdício, já que eles têm uma vida útil mais longa do que as pastilhas. Fique atento às recomendações do seu mecânico e verifique as condições dos discos periodicamente.

A troca das pastilhas de freio deve ser feita com base no desgaste delas, e não de acordo com a troca dos discos. Ao ter o cuidado de monitorar ambos os componentes de maneira separada, você estará economizando e preservando o sistema de frenagem de forma mais eficiente.

2. Quanto mais pesado estiver o carro, maior o consumo de combustível?

Verdade! O peso de um veículo tem impacto direto na quantidade de combustível consumido. Isso ocorre porque o motor precisa de mais energia para movimentar um veículo mais pesado, o que resulta em um aumento no consumo de combustível. Quanto mais peso um carro carrega, mais esforço o motor precisa fazer para acelerar e manter a velocidade desejada.

Esse princípio está relacionado à física básica: a inércia de um corpo aumenta conforme sua massa. Assim, quanto mais pesado o veículo, mais força é necessária para vencer a resistência do movimento e manter a aceleração. Em termos simples, um carro mais pesado consome mais combustível, principalmente em acelerações e desacelerações, como as que ocorrem em ruas com tráfego intenso ou em subidas.

Além disso, o peso extra também pode afetar o desempenho geral do veículo. Com mais peso, o motor pode perder parte da sua eficiência, forçando-o a trabalhar mais para manter a velocidade ou a acelerar de maneira mais suave. Portanto, se você busca otimizar o consumo de combustível, é interessante evitar sobrecarregar o carro com itens desnecessários. Manter o veículo leve e sem excesso de carga pode resultar em uma maior economia.

3. As lombadas devem ser atravessadas com as rodas na diagonal?

Mito! Esse é um dos mitos mais comuns entre motoristas que tentam evitar que a parte de baixo do carro raspe nas lombadas. Muitos acreditam que atravessar as lombadas com as rodas na diagonal pode evitar esse problema, mas, na verdade, essa prática pode ser prejudicial para o seu veículo a longo prazo. A suspensão do carro não foi projetada para lidar com esse tipo de movimento em diagonal, o que pode levar a torções na estrutura e a danos à suspensão.

Passar pelas lombadas de forma perpendicular, ou seja, com as rodas alinhadas com a largura do veículo, é a maneira mais segura de atravessar esses obstáculos. Dessa forma, o impacto do sobe e desce é distribuído de maneira uniforme pela suspensão, o que garante a integridade da parte inferior do carro e mantém o alinhamento correto dos componentes da suspensão.

Se você costuma fazer esse tipo de manobra em lombadas, tente evitar no futuro, pois, com o tempo, o esforço adicional sobre a suspensão pode resultar em desgaste prematuro de peças como molas, amortecedores e suportes. Sempre atravesse as lombadas de maneira perpendicular para preservar a suspensão e garantir a segurança.

4. Abastecer até a “boca” pode causar problemas no sistema?

Verdade! Abastecer até a “boca” do tanque é um hábito que muitos motoristas têm, mas ele pode causar sérios problemas ao sistema de combustível do carro. O tanque de combustível de um carro não foi projetado para ser preenchido completamente até a borda, já que ele precisa de espaço para a expansão dos vapores de combustível, principalmente em dias quentes. Se o tanque for preenchido até o topo, isso pode fazer com que o combustível transborde e cause perda do combustível, além de prejudicar componentes como o sistema de evaporação e o respiro do tanque.

Além disso, abastecer até o limite pode danificar a válvula de controle de emissões, que é responsável por garantir que os vapores de combustível sejam direcionados de maneira segura para o sistema de recuperação. Quando essa válvula é danificada, o carro pode apresentar falhas no sistema de emissões, o que pode afetar o desempenho e aumentar as emissões de gases poluentes.

Para evitar esses problemas, sempre pare o abastecimento assim que o desarme automático da bomba ocorrer, garantindo que o tanque tenha o nível adequado de combustível. Isso é especialmente importante para garantir a segurança e a eficiência do sistema de combustível do seu carro.

5. Deixar o pé sobre a embreagem danifica a peça?

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Verdade! Esse é outro hábito comum, especialmente em motoristas iniciantes ou em situações de tráfego intenso. Muitos motoristas deixam o pé descansando sobre o pedal da embreagem, acreditando que isso não faz mal. No entanto, essa prática pode ser prejudicial ao sistema de embreagem e reduzir significativamente a sua vida útil.

Quando o pé fica constantemente sobre o pedal, mesmo sem a intenção de acionar a embreagem, o disco de embreagem permanece em contato com o volante do motor. Esse contato contínuo gera um desgaste adicional nas peças, o que pode levar a uma falha prematura do sistema. Além disso, o esforço constante sobre a embreagem também pode afetar outros componentes da transmissão, como o câmbio.

A solução é simples: sempre que possível, evite deixar o pé sobre a embreagem quando não estiver utilizando o pedal. Isso ajuda a preservar a durabilidade do sistema e evita gastos com manutenção.

6. O funcionamento do motor flex é pior no frio?

Mito! Muitas pessoas acreditam que os carros flex, ou seja, aqueles que podem ser abastecidos com etanol ou gasolina, têm dificuldades de funcionamento em dias frios. A ideia de que o motor flex sofre mais em baixas temperaturas é, na verdade, um equívoco. A verdadeira razão pela qual alguns carros têm dificuldade de pegar no frio está relacionada ao combustível utilizado.

Os veículos flex possuem sistemas modernos de injeção eletrônica que ajustam o motor automaticamente dependendo do combustível utilizado. Em carros abastecidos com gasolina, a partida no frio pode ser mais difícil, porque o combustível tende a ser menos volátil em baixas temperaturas, dificultando a ignição. Já os carros movidos exclusivamente a etanol podem enfrentar problemas na partida quando as temperaturas caem muito, pois o etanol tem um ponto de congelamento mais alto, mas, felizmente, a maioria dos carros flex modernos conta com sistemas que pré-aquecem o combustível, permitindo a partida normal em dias mais frios.

Portanto, se o seu carro é flex, não há motivos para se preocupar com o desempenho no frio. O sistema de gerenciamento do motor foi projetado para garantir que ele funcione de maneira eficiente, independentemente da temperatura.

7. Combustível aditivado melhora desempenho?

Mito! Outra crença comum entre motoristas é que o uso de combustível aditivado pode melhorar o desempenho do motor. Embora o combustível aditivado tenha detergentes e dispersantes que ajudam a limpar os bicos injetores e outras partes do sistema de alimentação, ele não faz com que o motor tenha um desempenho superior ou mais potente.

O combustível aditivado tem como principal função reduzir a formação de depósitos carbonizados nos pistões e nas válvulas do motor, o que pode contribuir para um funcionamento mais limpo e eficiente ao longo do tempo. No entanto, ele não proporciona um ganho significativo de potência ou aceleração, como muitas pessoas acreditam. A melhora de desempenho que alguns motoristas relatam ao usar esse tipo de combustível pode estar relacionada à limpeza gradual do sistema de injeção, o que pode resultar em um funcionamento mais suave, mas não em uma performance mais alta.

Portanto, o uso de combustível aditivado pode ser benéfico para a manutenção do sistema de injeção do seu carro, mas não espere uma transformação no desempenho do motor. A diferença real que ele pode proporcionar é mais voltada à manutenção preventiva, ajudando a evitar o acúmulo de sujeiras e depósitos no motor.

8. Repousar a mão sobre o câmbio reduz a vida útil dele?

Verdade! Um erro bastante comum, principalmente entre motoristas mais desatentos, é apoiar a mão sobre a alavanca do câmbio enquanto o veículo está em movimento. Esse gesto aparentemente inocente pode, sim, reduzir a vida útil da transmissão e de outras partes do câmbio.

O câmbio foi projetado para ser utilizado apenas quando necessário, ou seja, durante a troca de marchas. Ao manter a mão sobre o câmbio, você está aplicando pressão contínua na alavanca, o que pode acabar forçando o mecanismo interno de forma inadequada. Essa pressão extra pode, com o tempo, causar desgaste prematuro nas peças da caixa de câmbio, como os rolamentos e o sistema de sincronização das marchas.

Além disso, essa prática pode comprometer a precisão nas trocas de marcha, resultando em mudanças mais bruscas ou até falhas de engate. Por isso, o mais recomendável é evitar repousar a mão sobre o câmbio e só utilizá-lo quando for realmente necessário para fazer a troca de marchas. Com essa simples mudança de hábito, você pode preservar a durabilidade do câmbio e garantir um funcionamento mais eficiente do sistema de transmissão.

9. Descer ladeiras em ponto morto economiza combustível?

Mito! Esse é outro mito que circula há muito tempo e que, na verdade, pode ser até prejudicial para o carro. No passado, quando os carros eram equipados com motores com carburadores, descer ladeiras com o carro em ponto morto realmente poderia economizar combustível, pois o motor desacelerava sem consumir combustível diretamente. No entanto, nos carros modernos com injeção eletrônica, isso não acontece mais.

Nos carros atuais, quando o veículo desce com o câmbio engatado, a injeção de combustível é automaticamente cortada, já que a força das rodas em movimento é suficiente para manter o motor funcionando. Em outras palavras, o carro usa a energia das rodas para girar o motor, sem necessidade de combustível adicional. Por outro lado, quando o carro é colocado em ponto morto, o sistema de injeção precisa continuar alimentando o motor para que ele continue funcionando, o que resulta em um maior consumo de combustível.

Portanto, descer ladeiras em ponto morto não traz qualquer benefício em termos de economia de combustível e, em alguns casos, pode até ser perigoso. O ideal é sempre manter o carro engatado nas marchas e deixar a injeção eletrônica gerenciar o consumo de combustível de forma eficiente.

10. Amortecedores devem ser trocados aos pares?

Verdade! Quando se trata de amortecedores, a troca deve, de fato, ser feita aos pares, ou seja, sempre em ambos os lados do eixo do carro (dianteiro ou traseiro). Isso acontece porque os amortecedores possuem uma função importante na estabilidade e segurança do veículo. Eles controlam a oscilação das molas e ajudam a garantir que as rodas permaneçam em contato constante com o solo, o que é essencial para a aderência do veículo.

Quando você substitui apenas um amortecedor, pode criar um desequilíbrio entre os dois lados do veículo. Isso pode comprometer a estabilidade do carro, especialmente em curvas e frenagens, e aumentar o desgaste das peças. Além disso, um amortecedor desgastado pode levar a um aumento do tempo de resposta da suspensão e afetar negativamente a performance do carro em termos de conforto e segurança.

Manutenção simples que evitam problemas grandes no motor.
Foto: Divulgalção.

Por isso, a troca dos amortecedores deve ser feita sempre aos pares para garantir que ambos os lados do veículo funcionem de forma equilibrada e que a condução continue segura. Certifique-se de substituir os amortecedores sempre que necessário, de acordo com o desgaste visível ou com as recomendações do seu mecânico.

11. Andar com o vidro aberto economiza combustível?

Depende! A relação entre o consumo de combustível e o uso dos vidros abertos do carro é complexa e depende da velocidade a que o veículo está trafegando. Em velocidades mais baixas, como as encontradas em áreas urbanas, andar com o vidro aberto pode, sim, ajudar a economizar combustível. Isso ocorre porque, nessas condições, o uso do ar-condicionado aumenta o consumo de combustível em 5% a 10%, já que o compressor do ar-condicionado exige que o motor trabalhe mais para manter a temperatura interna do carro.

No entanto, quando você aumenta a velocidade do carro, especialmente em estradas e rodovias, abrir os vidros pode aumentar a resistência do ar, o que pode, de fato, fazer o veículo gastar mais combustível. Isso acontece porque a aerodinâmica do carro é comprometida quando os vidros estão abertos, e o carro tem que fazer mais força para vencer a resistência do vento. Em situações de alta velocidade, é mais econômico fechar os vidros e ligar o ar-condicionado, pois o motor não precisará lidar com a resistência adicional do ar.

Portanto, se você estiver dirigindo a baixas velocidades, pode optar por abrir os vidros para economizar combustível, mas em velocidades mais altas, é mais eficiente manter os vidros fechados e usar o ar-condicionado, se necessário.

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Um jovem que está iniciando sua vida no mundo automobilístico, carregando uma enorme paixão sobre o assunto. Se formou no Ensino Médio e pretende se ingressar em uma faculdade. Um jovem que nos tempos vagos, se interessa em fazer atividades familiares e passar mais tempo com a família.
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