Os 5 melhores e mais desejados supercarros dos anos 90
Durante os anos 90, aconteceram muitos eventos marcantes. Mas houve de uma produção de supercarros sensacionais, e aqui vamos reunir 5 melhores supercarros dos anos 90!
Guia do Conteúdo
A história do XJ220: um dos supercarros da Jaguar que não decolou
Os anos 90 foram uma década agitada, com crescimento econômico e aumento da produtividade na Europa e América do Norte. Essas condições favoráveis abriram caminho para o lançamento de muitos supercarros, alguns dos quais não impressionaram muito.
O Jaguar XJ220 é um exemplo disso. A Jaguar havia prometido um motor V12 naturalmente aspirado, mas infelizmente o carro foi lançado em produção em série em 1992 com um motor V6 biturbo, ainda assim sendo o carro mais rápido da época.
Durante o British International Motor Show de 1988, em Birmingham, foi apresentado um conceito que chamou a atenção de cerca de 1.500 possíveis clientes, mas a mudança para um motor V6 fez com que muitos desistissem de suas encomendas.
A crise econômica do início dos anos 90 foi o fim do XJ220, a Jaguar só entregou 282 carros até 1994. Embora o XJ220 seja um carro elegante, ele não foi escolhido como um dos melhores supercarros dos anos 90. O McLaren F1, porém, foi escolhido, mas vamos começar com o Lamborghini Diablo, o único Touro Furioso nesta lista, em ordem cronológica.
Lamborghini Diablo
Apresentado em janeiro de 1990 no Hotel de Paris, em Monte Carlo, o Diablo assumiu o lugar do lendário Countach. Embora tenha sido considerado o carro mais veloz da época, é importante lembrar que o RUF CTR é ainda mais rápido.
O legado do motor Lamborghini e o sistema de tração viscosa VT
O motor, criado por Giotto Bizzarrini, originalmente tinha 5,7 litros, mas a Lamborghini aumentou sua capacidade para 6,0 litros. Durante esse período, a Lamborghini lançou o sistema de tração viscosa VT para o Touro Enfurecido de Sant’Agata Bolognese, o qual foi projetado para direcionar 25% do torque para as rodas dianteiras.
Esse sistema abriu caminho para veículos como o Murcielago, Aventador e Revuelto, que possuem tração nas quatro rodas.
Atualização do Lamborghini Diablo e o fim dos faróis retráteis
A terceira geração do modelo mais famoso da Lamborghini passou por uma atualização em 1999, que incluiu faróis fixos inspirados no Nissan 300ZX. Os últimos carros a ter faróis retráteis foram o C5 Corvette e o Lotus Esprit, ambos fabricados em 2004.
O Diablo, por sua vez, teve sua produção em série interrompida em 2001, quando o Grupo Volkswagen assumiu a empresa. Ao todo, foram produzidos 2.903 exemplares desse modelo.
Bugatti EB 110
Em setembro de 1991, foi lançado o EB 110, batizado em homenagem a Ettore Bugatti e ao 110º aniversário do fundador, com grande celebração em Versalhes e na Grande Arche de la Défense.
A Bugatti é uma montadora francesa com sede em Molsheim, porém, a Bugatti dos anos 90 tinha origem italiana, com o empresário Romano Artioli construindo uma nova fábrica em Campogalliano para produzir o EB 110.
A história por trás da marca Bugatti: do EB 110 ao Veyron
Em 1987, um empresário italiano trouxe de volta à vida a marca francesa Bugatti. Ele também liderou a Lotus durante o lançamento do Elise, um carro esportivo leve que recebeu o nome da sua neta. O Bugatti EB 110 tinha um motor V12 com quatro turbos e uma transmissão manual.
A continuação da produção do Bugatti EB 110 na Alemanha após falência da Artioli’s Bugatti em 1995
Em 1995, a Artioli’s Bugatti declarou falência depois de produzir 84 unidades do GT e 32 unidades do SS. Jochen Dauer adquiriu todos os seus bens, incluindo os carros em processo de fabricação e os moldes de fibra de carbono.
Isso permitiu que a produção do sofisticado EB 110 continuasse na Alemanha, na fábrica da Dauer Sportwagen em Nuremberg.
McLaren F1
Gordon Murray, lenda da Fórmula 1, é o homem por trás da criação do supercarro F1. Com o apoio financeiro de Ron Dennis, a criação do carro dos sonhos dos anos 90 não teria sido possível sem a contribuição do projetista Peter Stevens, conhecido por seus trabalhos na Jaguar XJR-15 e Impreza 555.
Paul Rosche, da BMW M, também merece destaque, pois foi ele quem desenvolveu o motor do carro de produção naturalmente aspirado mais rápido já feito. Até hoje, o F1 mantém o título de carro de produção com essa marca impressionante.
Conheça o incrível motor S70/2 com 16g de ouro e mais de 600 cavalos de potência!
O motor S70/2 é uma verdadeira obra de engenharia, complementado por 16 gramas de folha de ouro. Com dois injetores de combustível por cilindro, corpos de borboleta independentes e VANOS, o motor de 6,1 litros era considerado o melhor na época.
Embora tenha saído mais pesado que os 250 quilogramas exigidos por Murray, o peso adicional foi compensado com mais potência. Ao contrário do requisito original de 550 cavalos de potência, o S70/2 desenvolve 618 cv.
A posição central de condução do F1 era – e ainda é – uma novidade entre os carros de estrada. Aproximadamente 100 unidades foram construídas, incluindo cinco protótipos e 28 carros de corrida. Os carros de estrada levaram incríveis três meses e meio para serem construídos, e seus valores atuais não são para os fracos de coração.
Mais especificamente, a Gooding & Co. leiloou o chassi número 029 em Pebble Beach em 2021 por absurdos US$ 20,5 milhões (quase R$ 200 milhões).
Ferrari F50
O McLaren F1 pode ser chamado de F1, mas seu motor não foi derivado de um carro de Fórmula 1. Já o F50 apresenta um V12 naturalmente aspirado derivado do motor de 3,5 litros do 641.
Projetado por Lorenzo Ramaciotti e Pietro Camardella, este supercarro com teto removível também está intimamente ligado ao protótipo de corrida IMSA WSC 333 SP.
Ferrari F50: O sucessor subestimado do F40 com transmissão manual
O sucessor um tanto subestimado do F40 veio com uma transmissão manual, pois a transmissão automatizada da Ferrari não era boa o suficiente para aplicações legais nas ruas.
A chamada caixa de câmbio F1 foi lançada em 1997 no 355 F1. Com uma potência de 512 cavalos e um torque de 48 kgfm, o motor de 4,7 litros do F50 tinha a maior potência específica para um motor aspirado naturalmente em 1995. Apesar disso, a Ferrari de Maranello não vendeu muitos deles.
Até o ano de 1997, foram concluídos 349 carros F50, sendo a maioria deles finalizados na cor Rosso Corsa. Em seguida, em 2002, a Ferrari lançou o Enzo, substituindo o F50. Além da tradicional cor vermelha, o F50 também foi produzido em outras cores, como o Rosso Barchetta (8 unidades), o Giallo Modena (31 unidades), o Argento Nurburgring (4 unidades) e o Nero Daytona (4 unidades).
Porsche 911 GT1 Strassenversion
Entre o 959 e o Carrera GT, a fabricante alemã que nos deu o Neunelfer criou uma versão especial de homologação chamada 911 GT1 Strassenversion.
A fabricante sediada em Zuffenhausen foi obrigada pelas regulamentações GT1 a construir um total de 25 exemplos rodoviários do 911 GT1, que não é exatamente um Neunelfer sob a carroceria. Apenas os faróis e lanternas são inconfundivelmente 911 (originalmente 993, depois inspirados no 996).
Por obra do destino, a Porsche na verdade produziu 20 carros com luzes no estilo 996 e dois com luzes no estilo 993. Além disso, é preciso mencionar nove carros de clientes e seis carros de corrida de fábrica. Tanto os carros de estrada quanto os de corrida usam um motor boxer de 3,2 litros com dois turbocompressores para garantir um bom desempenho.
A Porsche precisou reduzir a potência desse motor para atender às regulamentações de emissões na Europa. No entanto, o 911 GT1 Strassenversion gera impressionantes 536 cv e 61 kgfm de torque.
O 911 GT1 Strassenversion é um carro extremamente raro e valioso. Com um tempo de 0 a 100 km/h de apenas 3,9 segundos e uma velocidade máxima de 308 km/h, ele é um dos carros mais rápidos já produzidos pela Porsche.
Em 2017, o chassi WP0ZZZ99ZWS396005 foi vendido por $5.665.000 (R$ 27.871.800), e um modelo de 1998 com apenas 787 quilômetros foi recentemente listado por 10.550.000 euros (R$ 14.6198.739). Sua raridade e a posição que ocupa entre o 959 e o Carrera GT justificam o preço exorbitante que ele alcança nos dias de hoje.
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