Você Está Cometendo Infração Leve? 5 Mitos Perigosos Que Podem Colocar Sua Vida em Risco!
Muitas pessoas acreditam que infrações leves no trânsito não têm grandes consequências, mas isso não poderia estar mais longe da realidade. Ao longo do tempo, essa ideia acaba criando uma cultura de desrespeito às leis de trânsito, prejudicando a segurança nas vias e expondo motoristas e pedestres a sérios riscos.
Em fevereiro de 2025, o Brasil registrou mais de 6,4 milhões de infrações de trânsito em apenas um mês, segundo dados do Renainf (Registro Nacional de Infrações). Dentre essas infrações, muitas foram classificadas como leves ou médias.

No entanto, especialistas alertam que a gravidade de uma infração não está apenas no valor da multa ou na quantidade de pontos que ela adiciona à carteira de habilitação, mas sim no comportamento que ela representa. Muitas vezes, uma infração leve pode ser um reflexo de comportamentos recorrentes que, ao longo do tempo, acabam se tornando extremamente perigosos.
Guia do Conteúdo
Mito 1: “Se é leve, não coloca ninguém em risco”
Esse é, sem dúvida, um dos mitos mais comuns. Muitas pessoas acreditam que infrações leves, como uma leve ultrapassagem, um estacionamento indevido ou não usar o cinto de segurança corretamente, não representam um perigo real para os outros motoristas ou pedestres.
No entanto, o especialista Celso Alves Mariano, diretor do Portal do Trânsito, explica que a classificação de uma infração como “leve” não significa que ela seja segura. Um comportamento considerado leve muitas vezes é apenas o início de um padrão perigoso. Por exemplo, quem costuma realizar uma ultrapassagem de forma inadequada, mesmo que leve, pode estar criando uma cultura de imprudência no trânsito, o que pode levar a incidentes mais graves no futuro.
Você está com o IPVA em dia? Rio Pardo está de Olho!
A segurança no trânsito não pode ser medida apenas pelo impacto imediato de uma infração, mas pelo efeito cumulativo desses comportamentos que se tornam cada vez mais comuns e perigosos ao longo do tempo.
Mito 2: “Só recebo multas leves, então sou um bom motorista”
Outro mito que muitos motoristas acreditam é que o fato de receber apenas multas leves indica que são bons condutores. O raciocínio por trás desse pensamento é o seguinte: “se não estou cometendo infrações graves, então devo estar dirigindo de forma segura”. Mas isso não é bem assim.

Acumular infrações leves pode, na verdade, ser um indicativo de desatenção constante às regras de trânsito. Mesmo que o motorista não tenha se envolvido em acidentes, isso não significa que ele esteja conduzindo de maneira segura. Ao cometer infrações como não sinalizar uma mudança de faixa ou estacionar em local proibido, o motorista está contribuindo para a insegurança nas vias. Essa atitude, se repetida, acaba desrespeitando o direito de outros motoristas e pedestres à mobilidade segura. O trânsito exige responsabilidade, e não basta apenas evitar infrações graves para ser um bom motorista.
Mito 3: “A multa foi leve, então não vale a pena recorrer”
Outro erro muito comum é acreditar que, se a infração foi leve, não vale a pena recorrer. Na verdade, a gravidade da multa não deve influenciar a decisão de recorrer ou não a uma infração. O recurso é um direito do motorista sempre que ele acreditar que a autuação foi injusta ou incorreta, independentemente de ser uma infração leve ou grave.
O problema é que muitos motoristas deixam de recorrer porque consideram que “é só uma multa pequena” e que não vale o esforço. Isso pode ser um erro, pois recorrer a uma infração, mesmo que leve, pode evitar o acúmulo de pontos na carteira e a possível perda da habilitação. Além disso, recorrer de uma multa injusta é um direito que deve ser exercido sempre que necessário. Não se trata apenas de evitar o pagamento de uma multa, mas também de garantir que o sistema de trânsito funcione de maneira justa para todos.
Mito 4: “As infrações leves são só um jeito de arrecadar dinheiro”
Muitas pessoas acreditam que as infrações leves existem apenas para gerar receita para os cofres públicos. Embora seja verdade que as multas geram arrecadação, essa não é a principal razão pela qual as leis de trânsito existem. O objetivo principal das multas, inclusive as leves, é educar os motoristas e garantir que todos cumpram as normas de trânsito para promover a segurança de todos.
O valor arrecadado com as multas, de acordo com a legislação, deve ser destinado a ações de educação e engenharia de tráfego, que são fundamentais para melhorar a infraestrutura das vias e a conscientização dos motoristas. Além disso, mesmo as infrações leves têm um valor educativo, alertando o motorista para comportamentos que podem se tornar perigosos com o tempo. Ignorar ou banalizar essas infrações significa desrespeitar a função educativa das leis de trânsito e, consequentemente, colocar vidas em risco.
Mito 5: “Todo mundo comete infrações leves de vez em quando”
“Todo mundo comete infrações leves de vez em quando”, esse é um mito que, em certa medida, tem uma base de verdade, mas também é bastante perigoso. Sim, é comum que os motoristas cometam infrações leves de vez em quando, mas isso não significa que isso deva ser considerado normal ou aceitável. O problema está na naturalização desses pequenos erros, que acabam reforçando a cultura de impunidade no trânsito.
Quando as infrações leves são encaradas como algo trivial, a tendência é que as pessoas cometam essas infrações com mais frequência e com menos preocupação. Isso aumenta o risco de que esses comportamentos se tornem cada vez mais comuns e resultem em incidentes graves. Um exemplo claro disso é a tolerância crescente com a infração de dirigir sem o cinto de segurança. Embora seja considerada uma infração leve, ela aumenta consideravelmente o risco de ferimentos graves em caso de acidente. Se todo mundo “comete de vez em quando”, logo a cultura de desrespeito se espalha e a segurança no trânsito diminui.

O Perigo Está nas Pequenas Ações
Mais do que se preocupar com o valor da multa ou os pontos que ela adiciona à sua carteira de habilitação, o mais importante no trânsito é ter responsabilidade constante. Respeitar as regras, mesmo as mais simples, é um ato de respeito pela vida dos outros. A segurança no trânsito começa com a conscientização de que até as infrações mais leves podem ter consequências graves. E, para melhorar a segurança nas vias, é necessário que todos, motoristas e pedestres, compreendam a importância de seguir as normas e respeitar o coletivo.
Portanto, da próxima vez que você pensar que uma infração leve não tem importância, lembre-se de que pequenas atitudes podem ter grandes impactos na segurança do trânsito e na vida de todos.