5 montadoras revolucionárias no mercado automobilístico!
Assim como acontece com diversas outras empresas, as montadoras também têm sua tradição. Isso é útil para que o cliente saiba o que esperar dos novos modelos e para fidelizar o público. Mas elas também podem se destacar como montadoras revolucionárias!
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Montadoras Revolucionárias: tradição e mudanças!
No entanto, seguir estritamente essa tradição pode limitar o crescimento da empresa, já que o objetivo é lucrar. Para buscar a expansão, é necessário mudar esses hábitos enraizados. Abaixo, destacamos algumas dessas mudanças revolucionárias.
1. Porsche 911 com motor refrigerado a água
Até o modelo 993, a Porsche conseguiu manter seu motor boxer de seis cilindros com refrigeração a ar. Entretanto, para atender às novas regulamentações de emissão e entrar no novo milênio, era necessário uma mudança radical.

Com a chegada do modelo 996, a montadora inovou: o design da carroceria e plataforma era completamente novo, o motor passou a ser refrigerado a água e os faróis não eram mais redondos. Essa mudança chocou os puristas da marca.
O Prazer de Dirigir um Carro Esportivo Bem Construído e seus Detalhes Controversos
A pessoa que estava ao volante do carro percebeu que ele ainda era um esportivo bem construído e agradável de dirigir, independentemente do sistema de refrigeração.
Com a chegada da geração seguinte, a 997, os faróis circulares voltaram e tranquilizaram os entusiastas. A partir daí, os puristas apenas reclamaram de pequenos detalhes, como a direção elétrica do 991.
2. BMW com tração dianteira
A BMW fez duas tentativas anteriores de criar um modelo menor e mais acessível, o primeiro sendo o Série 3 Compact, que era uma versão encurtada e com suspensão simplificada do sedã, e o segundo sendo o Série 1, um hatch médio com tração traseira.

No entanto, esses modelos não foram bem recebidos pelo público em geral, que reclamou da falta de espaço interno. Em 2014, a montadora abandonou a tradição ao lançar a minivan Série 2 Active Tourer com tração dianteira, o que causou controvérsia entre os puristas.
BMW mantém tradição em modelos maiores, mas futuro elétrico pode interromper uso de motores de seis cilindros
A plataforma foi utilizada como ponto de partida para a terceira geração do Série 1, o sedã Série 2 Grand Coupé e os SUVs X1 e X2. A tradição continua sendo mantida pelos modelos maiores, desde a Série 3 em diante, mas pode ser interrompida quando o motor de seis cilindros for substituído pelos elétricos.
3. Mercedes-Benz Classe A
No mercado europeu, é comum competir com o Volkswagen Golf. Enquanto a BMW buscava desenvolver um hatch médio que conservasse suas características, a Mercedes-Benz decidiu inovar.
A tradição da montadora alemã era produzir sedãs grandes e formais, sempre com tração traseira. O modelo 190E, que veio antes do Classe C, chamou atenção nos anos 80 por ter um estilo mais esportivo.
A trajetória do Mercedes-Benz Classe A: compacto por fora, espaçoso e inovador por dentro
A Mercedes-Benz empregou sua experiência em engenharia para produzir o Classe A, um carro compacto por fora, porém espaçoso e inovador por dentro. Apesar de um problema com o teste do alce ter afetado sua reputação, um recall foi realizado para solucioná-lo.
A segunda geração do veículo manteve a ideia de um carro compacto com espaço e refinamento de um Mercedes. No entanto, as vendas não foram satisfatórias. Somente na terceira geração, a montadora optou por seguir a tradição da concorrência e produzir um hatch médio “comum”, o que não era comum para a marca.
4. Ferrari Purosangue
Em 2016, o então líder da Ferrari, Sergio Marchionne, afirmou que seria preciso matá-lo antes de a montadora italiana produzir um SUV. Naquela época, a Lamborghini, rival da Ferrari, já trabalhava em um modelo desse tipo, e marcas como Porsche, Maserati e Bentley já tinham seus próprios SUVs.
Marchionne faleceu em 2018, após cinco anos, tempo médio para desenvolver um carro novo, e a Ferrari lançou seu primeiro SUV. Sua morte não foi resultado de um tiro, mas decorrente de complicações relacionadas a uma cirurgia.
Ferrari lança seu primeiro SUV, o Purosangue, em quebra com a tradição da marca
A Ferrari está prestes a lançar seu primeiro SUV, o Purosangue. Essa novidade representa uma quebra na tradição da montadora italiana, que sempre produziu carros de duas portas, geralmente esportivos ou grand tourers. Enzo Ferrari, fundador da empresa, costumava vender carros de rua para financiar seus carros de corrida.
Por isso, é possível imaginar que ele não aprovaria a ideia de um SUV com o famoso cavalinho rampante. No entanto, a marca está se adaptando às mudanças do mercado e promete entregar um veículo de alta performance e luxo para os seus clientes.
5. Harley-Davidson Pan America
O público da Harley-Davidson é conhecido por ser bastante tradicionalista e exigente. Durante anos, a marca parecia ter ficado presa no passado, produzindo motos pesadas, com motores pouco eficientes, que vibravam muito e costumavam vazar óleo.
Qualquer tentativa de inovação era vista com desconfiança e criticada pelos fãs, mesmo que se tratasse de melhorias técnicas que poderiam aprimorar a experiência de pilotagem. A V-Rod, por exemplo, foi duramente criticada por ter um estilo moderno, motor refrigerado a água e duplo comando nos cabeçotes.
Por essas razões, a Harley-Davidson decidiu manter a marca Buell para produzir modelos esportivos. No entanto, focar apenas na tradição pode limitar o público e afastar possíveis novos clientes. A situação da Harley é ainda mais complicada, já que a idade média de seus compradores passa dos 50 anos. A marca até oferece um triciclo para aqueles que não conseguem equilibrar-se com facilidade.
Harley-Davidson aposta em novos modelos para superar crise financeira e apresenta a Pan America como concorrente direta da BMW R1250 GS
Em 2018, a empresa Harley-Davidson enfrentava grandes dificuldades financeiras. Para mudar essa situação, ela lançou três modelos completamente diferentes do que era tradicional para a marca: a moto elétrica LiveWire, a big trail Pan America e a naked Bronx.
A LiveWire foi tão surpreendente que acabou se tornando uma marca independente, enquanto a Bronx foi cancelada. Já a Pan America passou a ser produzida e comercializada com o nome da Harley-Davidson. Quem já teve a oportunidade de pilotar a moto afirma que ela é completamente diferente das motocicletas de estrada da marca.
Além disso, a Pan America conta com tecnologia de ponta e é concorrente direta da BMW R1250 GS. Agora, resta apenas o público conhecer mais sobre esse modelo.
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