Novas medidas do governo podem fazer carros ficarem abaixo dos R$ 60 mil
O governo brasileiro anunciou na última sexta-feira (15) uma redução de impostos que irá afetar os preços dos automóveis no país, com o objetivo de torná-los mais acessíveis para a população. A medida valerá para modelos com preço de até R$ 120 mil e a redução varia entre 1,5% a 10,79% e dependerá de três fatores principais: o valor atual do veículo, as emissões de poluentes e a quantidade de componentes nacionais utilizados em sua fabricação.
A medida foi anunciada após uma reunião do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, com representantes do setor automobilístico no Palácio do Planalto. Segundo Alckmin, a medida pode permitir que os modelos mais baratos voltem a custar menos de R$ 60 mil sem prejudicar equipamentos ou segurança.
Juntamente com a redução de impostos, outras medidas foram anunciadas para a indústria automotiva. Uma delas é uma taxa de juros especial para projetos de pesquisa e inovação. Outra é que R$ 4 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) serão destinados às fábricas que trabalham com exportação baseada no dólar.

Outra proposta apresentada por Alckmin é que a Venda Direta seja feita para clientes com CPF em vez de apenas CNPJ. Com isso, o preço final do carro pode ser reduzido sem incluir valores como logística e lucro das concessionárias. No entanto, essa medida pode gerar um problema com a rede de concessionários de diversas marcas e entrar em conflito com a Lei Ferrari, que impede essa negociação direta sem intermediário.
Apesar das medidas anunciadas, cada montadora tem a sua política de preços e fica a critério de cada uma como entrar nesse projeto e o quanto conseguirá com base nas regras apresentadas até o momento. Os consumidores poderão esperar por preços mais acessíveis em modelos de até R$ 120 mil, mas terão que aguardar a Medida Provisória e um decreto para a regulamentação dos impostos envolvidos. O Ministério da Fazenda terá 15 dias para mostrar quanto deixará de ser arrecadado e como compensará isso no orçamento.
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