Motoristas não querem ser registrados pela Uber!
O Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo condenou a Uber a pagar uma multa de R$1 bilhão e a formalizar o vínculo de todos os motoristas que trabalham pelo aplicativo.
A decisão foi tomada após uma investigação realizada pela Associação dos Motoristas Autônomos de Aplicativos (AMAA) em junho de 2016. No entanto, muitos motoristas preferem continuar trabalhando como autônomos e não serem contratados como funcionários com carteira assinada.
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Uber é condenada a pagar R$ 1 bilhão e contratar formalmente motoristas em São Paulo
Na sentença, o tribunal concluiu que a empresa não cumpriu suas responsabilidades ao não contratar motoristas. O juiz Maurício Pereira Simões, da 4ª Vara do Trabalho de São Paulo, afirmou que a Uber planejou atos para evitar cumprir a legislação trabalhista.

O valor que a Uber deve pagar é considerado insignificante pelo juiz. Simões estimou que a empresa arrecadou R$ 76 bilhões com mais de 6 bilhões de viagens realizadas no Brasil entre 2014 e 2021.
AMAA denunciou situação há 7 anos, mas hoje não se manifesta muito nas redes sociais
Há 7 anos, a AMAA denunciou a situação, mas atualmente não se manifesta muito nas redes sociais, sem fazer comentários. O presidente da AMASP, Eduardo Lima de Souza, agradece ao juiz Maurício Simões pelo veredito que beneficiou os trabalhadores, mas ressalta que muitas coisas mudaram desde 2016.
“Hoje, os motoristas não querem ser CLT, esse modelo pode causar muitos danos para nossa classe. Vai tirar a liberdade e autonomia do motorista, que vai ser obrigado a trabalhar fazendo corridas em locais perigosos, por exemplo”, afirma o presidente da entidade.
Motoristas de aplicativo desejam liberdade para trabalhar de forma autônoma no Brasil, segundo diretor da Fembrapp
Segundo Denis Moura, que é diretor da Fembrapp (Federação dos Motoristas de Aplicativo do Brasil), os motoristas desejam ter a liberdade de trabalhar de forma autônoma, e chegaram até a protestar para expressar essa vontade de se manterem fora do modelo celetista.
“O que a gente quer é uma tarifa justa e reajustável de acordo com a inflação e uma taxa de plataforma fixa de 25% – que hoje oscila de 20% a 50%. Essa decisão ajustada à CLT só favorece ao governo, com auxílio sindical, ISS das plataformas e INSS dos motoristas. Isso acabaria com nosso trabalho no Brasil”, argumenta Moura.
O que diz a Uber
A Uber afirmou que “vai recorrer da decisão proferida pela 4ª Vara do Trabalho de São Paulo e que não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados“.
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