Seguro DPVAT deve voltar em 2024; entenda o que é!
O seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) está de volta às discussões e tem gerado preocupação entre os proprietários de veículos. Essa apreensão foi intensificada pelas declarações recentes do ex-presidente Jair Bolsonaro, que levantou a possibilidade de reintrodução do seguro em 2024.
Em resposta a essa questão, o Ministério da Fazenda criou um grupo especializado com o objetivo de elaborar um relatório propositivo para o refinamento da legislação relacionada às indenizações decorrentes de acidentes de trânsito. Esse grupo terá um prazo de noventa dias para apresentar suas propostas.
Desde 2019, o DPVAT não tem sido cobrado dos motoristas, fazendo parte das obrigações financeiras anuais juntamente com o IPVA. No entanto, com a transição para 2021, a administração emergencial do DPVAT foi atribuída à Caixa Econômica Federal. Essa gestão é financiada pelos recursos do FDPVAT, que totalizam R$ 4,2 bilhões, valor suficiente para cobrir incidentes até dezembro de 2023.

No atual contexto de reestruturações e debates acalorados sobre o futuro do seguro, muitos detalhes sobre sua nova concepção permanecem obscuros. O governo Lula, agora responsável por lidar com as questões e impasses gerados pela controversa saída da seguradora Líder em 2022, está avaliando cuidadosamente todas as possíveis direções a serem tomadas. Inclusive, a extinção do seguro é considerada devido à escassez de recursos prevista para o próximo ano.
O DPVAT é um seguro obrigatório no Brasil, cuja sigla significa Danos Pessoais por Veículos Automotores Terrestres. Os proprietários de veículos, sejam carros ou motos, devem pagar anualmente esse seguro, geralmente junto com a primeira parcela do IPVA ou, no caso dos isentos deste imposto, no momento do emplacamento ou durante o licenciamento anual.
Instituído em 1974, o DPVAT tem como objetivo principal oferecer indenizações às vítimas de acidentes de trânsito, independentemente da culpa. Atualmente, a administração desse seguro é de responsabilidade da Seguradora Líder, que coordena as ações das seguradoras consorciadas desde 2008, garantindo assim o pagamento de indenizações e assistência ao público.
O DPVAT oferece cobertura para despesas médicas e complementares em casos de invalidez permanente ou fatalidades ocorridas em acidentes com veículos terrestres no Brasil. No entanto, ele não cobre multas e fianças relacionadas ao condutor, danos pessoais que não sejam decorrentes de acidentes com veículos terrestres ou suas cargas e incidentes que não resultem em vítimas. Além disso, o seguro não é válido para acidentes que ocorram fora do Brasil ou envolvam veículos internacionais em trânsito no país.
Dos fundos acumulados pelo seguro, 45% são destinados ao Ministério da Saúde, contribuindo para o financiamento de serviços médicos e hospitalares para as vítimas de acidentes de trânsito no Brasil. Outros 5% são direcionados ao Ministério das Cidades, com o objetivo de desenvolver programas preventivos de acidentes de trânsito. Os 50% restantes são reservados para o pagamento de indenizações e constituição de reservas do seguro.