5 Riscos De “Pegar No Tranco”: A Solução Que Pode Deixar Seu Carro Em Perigo!
Quando o carro não liga, a frustração pode levar muitos motoristas a tentarem uma solução improvisada: fazer o motor “pegar no tranco”. Embora esse método seja conhecido, ele pode acarretar danos graves, principalmente se não for feito corretamente ou com o tipo de veículo adequado. Vamos explorar os motivos pelos quais você deve evitar essa alternativa, mesmo em situações de emergência. Conheça os riscos envolvidos e descubra se vale a pena tentar.

Guia do Conteúdo
A “Chupeta” ou “Pegar no Tranco”: Qual a Diferença?
Antes de entrar no tema dos riscos, é importante entender a diferença entre as soluções: enquanto a famosa “chupeta” recorre a outro carro para dar partida por meio de cabos, pegar no tranco é um processo manual, com o auxílio de empurrar o carro para acionar o motor. Mas será que esse truque funciona da mesma maneira em carros automáticos, por exemplo?
De acordo com especialistas, pegar no tranco pode até ser possível, mas a situação pode rapidamente se tornar perigosa. Se o seu carro não ligar devido à falta de carga na bateria, é muito mais seguro e eficaz recorrer ao método tradicional de “chupeta” em vez de tentar usar o movimento das rodas para gerar a partida. Mesmo com um câmbio manual, o procedimento não está livre de riscos.
Danos Potenciais em Veículos Automáticos: O Perigo do Engate “P”
Se você tem um carro automático e decide tentar a técnica do “tranco”, um dos maiores erros que você pode cometer é colocar a alavanca de câmbio na posição “P” enquanto o veículo ainda está se movendo. Isso pode travar as rodas e causar sérios danos ao mecanismo de transmissão, como o travamento do eixo ou até o rompimento de componentes vitais, como o sincronizador.
Mesmo em carros automáticos, a opção mais segura seria posicionar a alavanca em “N” (neutro) e depois engatar a marcha “D” ou “2” quando o carro atingir cerca de 20 km/h. Isso pode dar a partida no motor, mas mesmo assim, os danos potenciais ao sistema de transmissão ainda são preocupantes.

Os Riscos de Danos ao Motor: Não Se Deixe Enganar
Embora o risco de danos ao motor e à transmissão não seja considerado extremamente alto, dependendo da força do tranco e do desgaste do carro, ele existe. Especialistas alertam que soltar o pedal da embreagem de forma abrupta pode causar um grande estresse no sistema e no motor, aumentando a possibilidade de falhas, especialmente se o motor estiver com a correia dentada já desgastada.
A correia dentada tem uma função essencial: sincronizar o movimento das válvulas. Se essa correia quebrar enquanto o motor ainda está funcionando, pode ocorrer um desastre. O motor pode ser danificado de forma severa, com pistões e válvulas se colidindo, podendo resultar em sérios problemas mecânicos, como a necessidade de retificar o motor.
Esse risco é ainda mais alto se o carro for equipado com um motor diesel, que possui uma taxa de compressão superior, tornando o impacto do tranco ainda mais perigoso. Em casos extremos, o motorista pode acabar com um motor danificado e precisar de uma reparação cara.
Motores Turbo: Menos Suscetíveis ao “Tranco”, Mas Ainda Perigosos
Existe um mito que sugere que os motores turbinados são mais suscetíveis a danos do que os motores aspirados quando se tenta dar a partida “no tranco”. Isso ocorre porque a turbina depende da lubrificação para funcionar corretamente, e muitos acreditam que o movimento das rodas pode danificar essa peça vital se o motor não for acionado de maneira convencional.
No entanto, a verdade é que o risco é praticamente inexistente. Isso acontece porque a turbina do motor só entra em ação em rotações elevadas, acima de 1.500 rpm. O simples movimento das rodas durante o “tranco” não chega a atingir essa rotação, então o motor turbo não apresenta um risco tão alto quanto o imaginado. Mesmo assim, a técnica não é recomendada, pois os danos potenciais a outros componentes ainda existem.
A Bateria: A Importância da Conexão para Evitar Falhas
Quando você tenta dar partida no motor empurrando o carro, a ideia é utilizar o movimento das rodas para gerar eletricidade através do alternador. O alternador então recarrega a bateria e fornece energia para iniciar o processo de combustão do motor. No entanto, para que o motor pegue de vez, é preciso que a bateria tenha uma carga suficiente para fornecer a tensão necessária.
Se a bateria estiver completamente descarregada, mesmo o processo de “tranco” não será capaz de iniciar o motor. Alguns motoristas tentam desconectar a bateria durante o processo para melhorar a tensão, mas isso pode ser perigoso. A falta de conexão com a bateria pode prejudicar a estabilidade da voltagem, aumentando o risco de queimar componentes eletrônicos do veículo, como sensores e sistemas de injeção.
O Perigo de “Afogar” o Motor: O Efeito do Etanol
Um outro risco do método de “pegar no tranco” é o famoso “afogamento” do motor. Esse problema ocorre principalmente em carros carburados, mas também pode afetar veículos com injeção eletrônica, especialmente se o motor já estiver cheio de combustível não queimado após várias tentativas frustradas de dar a partida.
Isso é mais comum com o uso de etanol, especialmente em temperaturas mais baixas, já que o etanol é mais denso e tem maior dificuldade em vaporizar. Isso pode gerar tentativas malsucedidas de dar partida, o que torna o processo ainda mais frustrante.
Além disso, em veículos flex, a situação pode ser ainda pior. Se o motor não conseguir pegar, o sistema de injeção pode ficar saturado, e o motor pode “engasgar” devido ao excesso de combustível. Isso pode comprometer ainda mais o processo de ignição.

Vale a Pena “Pegar no Tranco”?
Embora a técnica de “pegar no tranco” seja popular e possa funcionar em algumas situações, ela envolve riscos consideráveis para seu veículo, tanto no sistema de transmissão quanto no motor. Dependendo da condição do carro, da técnica utilizada e do tipo de combustível, o método pode gerar danos significativos que levarão a reparos caros.
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Se o seu carro não está pegando, o mais sensato é tentar recarregar a bateria ou buscar ajuda profissional, evitando a improvisação com o tranco. Além disso, sempre que possível, faça manutenções preventivas para garantir o bom funcionamento do seu veículo e evitar que você tenha que recorrer a essas soluções arriscadas.
