Seguro de Carro vs. Proteção Veicular: O Que Você Precisa Saber Antes de Escolher

Muitos motoristas se deparam com a dúvida entre contratar um seguro tradicional ou optar pela proteção veicular, uma alternativa com preços mais acessíveis. Ambos os serviços visam garantir a segurança do veículo contra imprevistos, como roubos, furtos, acidentes e danos, mas oferecem diferenças significativas, que podem impactar a sua escolha e segurança.

O Que é a Proteção Veicular?

A proteção veicular é um serviço oferecido por associações que atuam de forma distinta das seguradoras. Embora também cubram situações como roubo, furto e danos causados por acidentes, sua estrutura de funcionamento não segue as mesmas normas rígidas de regulamentação e fiscalização que as seguradoras tradicionais.

Preço médio Seguro VW Voyage
Preço médio Seguro VW Voyage. Foto: DIvulgação

Essas associações não são regulamentadas pelo Código Civil, nem supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), o órgão que regula o mercado de seguros. Em vez disso, as pessoas que contratam proteção veicular se tornam associadas a grupos que, em caso de sinistro, dividem os custos das indenizações. Ou seja, o valor a ser pago pelos associados pode ser rateado entre todos os membros do grupo.

A falta de regulamentação pode gerar complicações, especialmente em momentos de grande demanda, como em catástrofes naturais. Em casos assim, a associação pode não ter caixa suficiente para cobrir as indenizações ou, em algumas situações, pode até cobrar taxas extras para manter a cobertura.

O Que é o Seguro de Carro?

Em contraste, o seguro de carro tradicional é oferecido por empresas licenciadas e fiscalizadas pela Susep. Essas seguradoras devem seguir normas rígidas de operação, o que inclui a exigência de um caixa financeiro garantido para cumprir com as indenizações. Elas possuem um compromisso formal com os consumidores, garantindo que o valor acordado na apólice será pago em caso de sinistro.

Diferentemente das associações de proteção veicular, os seguros de carro são regulados pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), o que garante ao consumidor maior proteção legal. Além disso, as seguradoras devem pagar a indenização em até 30 dias após a perda total do veículo, o que proporciona uma segurança maior em comparação com as APVs.

Outro ponto importante é que, ao contratar um seguro de carro, você transfere o risco para a seguradora, que se torna responsável pela indenização do veículo em caso de sinistro. Já na proteção veicular, como se trata de uma associação, não há a mesma garantia de que o valor será pago integralmente ou com rapidez.

Diferenças Cruciais entre Seguro de Carro e Proteção Veicular

A principal diferença entre esses dois tipos de cobertura está na regulamentação e na supervisão. Enquanto os seguros de carro são regulamentados e fiscalizados por órgãos como a Susep, as associações de proteção veicular não têm essa supervisão, o que coloca os consumidores em uma posição de risco.

Além disso, as seguradoras oferecem um processo mais formal e criterioso de análise de riscos. Para determinar o valor da apólice, elas avaliam o perfil do motorista, o modelo do carro, histórico de sinistros e outros fatores. Já as associações de proteção veicular geralmente simplificam o processo, considerando apenas o modelo do veículo e o ano de fabricação.

Outra diferença importante diz respeito ao processo de venda e cobrança. As seguradoras vendem seus produtos apenas por meio de corretores credenciados e especializados, enquanto as APVs podem ser contratadas de maneira mais simples, muitas vezes pela internet, sem a intermediação de um corretor.

Riscos e Benefícios: Qual a Melhor Escolha?

O risco envolvido na escolha entre seguro de carro e proteção veicular é real. Embora o custo da proteção veicular seja significativamente mais baixo, o serviço não oferece as mesmas garantias de um seguro regulamentado. Isso significa que, em caso de grandes sinistros ou eventos como enchentes ou desastres naturais, uma associação pode não ser capaz de arcar com todos os custos de indenização, enquanto uma seguradora tradicional tem a obrigação de cumprir os termos da apólice.

Por outro lado, o preço mais acessível da proteção veicular pode ser atraente para quem busca uma solução mais em conta. No entanto, é essencial estar ciente de que a falta de regulamentação pode resultar em frustrações em caso de necessidade de indenização.

A Falta de Regulação e Seus Efeitos no Mercado

O mercado de proteção veicular ainda é envolto em controvérsias. Como mencionado, a falta de regulamentação e fiscalização pode causar sérios problemas para os consumidores. Em diversas situações, motoristas que contrataram uma APV acabaram não recebendo o valor total da indenização, ou enfrentaram dificuldades para ser reembolsados.

A Superintendência de Seguros Privados (Susep) tem se manifestado contra as associações de proteção veicular, considerando-as ilegais e buscando coibir suas operações no mercado. Quando uma APV é identificada como sendo uma empresa que oferece um serviço ilegal, a Susep ingressa com ações judiciais para impedir o funcionamento da associação.

Em casos de reclamações, os consumidores de seguros de carro podem buscar a ajuda do Procon e, se necessário, acionar a justiça para garantir o cumprimento dos termos da apólice. No entanto, os associados das APVs não têm essa mesma proteção, já que não estão cobertos pelas leis de defesa do consumidor.

O Futuro das Associações de Proteção Veicular

Atualmente, há um projeto de lei tramitando no Congresso Nacional (PLP 519/2018) que visa regularizar as associações de proteção veicular. Caso esse projeto seja aprovado, a Susep passará a supervisionar e fiscalizar as atividades das APVs, o que trará mais segurança para os consumidores. Porém, enquanto esse projeto não se torna lei, é essencial que os motoristas estejam cientes dos riscos envolvidos na escolha da proteção veicular.

Como Escolher a Melhor Opção para Você?

A decisão entre contratar um seguro de carro tradicional ou uma proteção veicular deve ser feita com base em uma análise cuidadosa das suas necessidades, do seu orçamento e dos riscos envolvidos. O seguro de carro é, sem dúvida, a opção mais segura e regulamentada, oferecendo a proteção necessária em situações de sinistro. Já a proteção veicular pode ser uma alternativa mais barata, mas apresenta riscos consideráveis devido à falta de regulamentação e fiscalização.

Se você optar pela proteção veicular, é importante verificar a idoneidade da associação, avaliar as coberturas oferecidas e entender que, em caso de grandes sinistros, você pode não receber a indenização de forma rápida ou integral.

Por fim, é fundamental buscar informações de fontes confiáveis e verificar a legalidade da associação ou seguradora antes de contratar qualquer tipo de serviço. Ao garantir que sua escolha é bem-informada, você protegerá não apenas o seu veículo, mas também os seus direitos como consumidor.

Comparando Custos: Seguro de Carro vs. Proteção Veicular

Para quem está em dúvida entre o seguro de carro e a proteção veicular, comparar os custos é um passo importante. Seguradoras tradicionais geralmente cobram valores baseados no perfil do motorista e no valor do veículo, com opções de parcelamento. Já as APVs apresentam preços mais baixos, mas sem a mesma transparência e garantias oferecidas pelos seguros.

Gol G5 preto.
Gol G5 / Foto: Divulgação

Um seguro de carro pode custar, por exemplo, entre R$ 1.900 e R$ 3.500 por ano, dependendo do modelo do veículo e do perfil do motorista. As proteções veiculares, por sua vez, podem ter mensalidades que variam entre R$ 39,99 e R$ 71 por mês, mas sem as garantias de um seguro formalizado.

Em resumo, enquanto o preço da proteção veicular pode ser atraente, a segurança e a proteção do seguro de carro tradicional são, em muitos casos, a melhor escolha para quem busca uma cobertura robusta e com respaldo legal.

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Um jovem que está iniciando sua vida no mundo automobilístico, carregando uma enorme paixão sobre o assunto. Se formou no Ensino Médio e pretende se ingressar em uma faculdade. Um jovem que nos tempos vagos, se interessa em fazer atividades familiares e passar mais tempo com a família.
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