Kwid E-Tech usado custa menos que 1.0 novo e pode ser a escolha certa para você
O mercado de carros elétricos no Brasil está em plena expansão, e um dos modelos mais acessíveis dessa categoria é o Renault Kwid E-Tech. Mas o que tem chamado a atenção recentemente é o fato de que um Kwid E-Tech usado pode custar menos do que um Kwid 1.0 zero km.

Isso faz com que muitos motoristas considerem a opção de um elétrico seminovo, que além de ter um preço competitivo, ainda oferece vantagens como baixo custo de manutenção, economia no dia a dia e uma experiência de condução mais moderna. Mas será que vale a pena comprar um Kwid E-Tech usado?
A seguir, analisamos os preços, desempenho, custos operacionais e outros fatores para ajudar você a decidir.
Guia do Conteúdo
Vale a pena comprar um Renault Kwid E-Tech usado?
Se o objetivo é economizar sem abrir mão de tecnologia, a resposta pode ser sim. O Renault Kwid E-Tech usado tem mais equipamentos que a versão 1.0 a combustão e ainda custa menos.
Para entender melhor essa vantagem, basta comparar os preços:
- Kwid Zen 1.0 zero km: R$ 77.240
- Kwid E-Tech 2023 usado: R$ 74.990
Ou seja, um Kwid E-Tech usado pode custar até R$ 2.250 a menos do que a versão 1.0 nova, trazendo benefícios como motor elétrico silencioso, menor custo por quilômetro rodado e menos gastos com manutenção.
Mas será que o desempenho e a autonomia compensam essa escolha? Vamos comparar.
Comparativo: desempenho e autonomia
A principal diferença entre o Kwid E-Tech elétrico e o Kwid 1.0 a combustão está no tipo de motorização. Enquanto o modelo flex depende de um motor tradicional, o elétrico entrega torque imediato e uma condução mais ágil no trânsito urbano.
| Característica | Kwid Zen 1.0 (Flex) | Kwid E-Tech (Elétrico) |
|---|---|---|
| Potência | 71 cv | 65 cv |
| Torque | 10 kgfm | 11,5 kgfm |
| Aceleração 0-100 km/h | 15,9 s | 10,9 s |
| Aceleração 0-50 km/h | 6,1 s | 4,1 s |
| Autonomia | Até 650 km | 185 km (Inmetro) |
| Câmbio | Manual | Automático |
Apesar de ter menos potência, o Kwid E-Tech tem mais torque e acelera mais rápido, o que torna a condução urbana mais eficiente. Ele chega a 50 km/h em apenas 4,1 segundos, enquanto a versão 1.0 demora 6,1 segundos para atingir a mesma velocidade.
No entanto, o ponto que exige mais atenção é a autonomia. O Kwid E-Tech tem um alcance limitado a 185 km por carga, o que pode ser suficiente para quem usa o carro apenas na cidade. Já o Kwid 1.0, com um tanque de 38 litros, pode rodar até 650 km sem abastecer.
Ou seja, se o uso for predominantemente urbano e com acesso a pontos de recarga, o Kwid E-Tech é uma boa opção. Mas se você viaja com frequência, a versão 1.0 pode ser mais prática.
Manutenção e custo por quilômetro rodado
Uma das maiores vantagens do Kwid elétrico usado está no custo operacional. Os carros elétricos têm menos peças móveis, o que reduz os gastos com revisões e consertos ao longo do tempo.
Custos de manutenção
A Renault estima que o Kwid E-Tech tenha 28% menos custo de manutenção do que a versão a combustão nos primeiros 100.000 km rodados. Isso porque ele não precisa de óleo de motor, correia dentada, velas de ignição ou filtro de ar, itens que fazem parte da manutenção regular de um carro convencional.
Custo por quilômetro rodado
Outro fator importante é o gasto com energia e combustível.
- Kwid 1.0 Flex: Consumo médio de 14,8 km/l na cidade. Com o preço da gasolina a R$ 6,20/litro, o custo por quilômetro fica em R$ 0,42.
- Kwid E-Tech: Consumo médio de 12,7 kWh para cada 100 km rodados. Com a tarifa de energia a R$ 0,88/kWh, o custo por quilômetro fica em R$ 0,14.
Ou seja, rodar com o Kwid elétrico custa cerca de três vezes menos do que com a versão 1.0 a gasolina.

Além disso, em cidades como São Paulo, donos de carros elétricos têm benefícios como isenção de rodízio e descontos no IPVA, o que reduz ainda mais os gastos anuais.
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Estilo e conforto: há diferença entre as versões?
Visualmente, o Kwid E-Tech e o Kwid 1.0 são quase idênticos, mas há pequenas diferenças.
- A versão elétrica tem uma grade fechada, já que não precisa de radiador para resfriar o motor.
- O para-choque dianteiro tem detalhes cromados exclusivos.
- No interior, a principal diferença é o seletor de marchas eletrônico no lugar do câmbio manual.
Ambos têm um interior simples, mas funcional, com espaço razoável para até quatro ocupantes e porta-malas de 290 litros.
Pontos positivos e negativos do Kwid E-Tech usado
Vantagens
- Preço mais baixo que a versão 1.0 nova
- Custo por quilômetro rodado menor
- Manutenção mais barata
- Desempenho mais ágil no trânsito urbano
- Maior conforto com câmbio automático
- Isenção de rodízio e descontos no IPVA (dependendo da cidade)
Desvantagens
- Autonomia limitada a 185 km
- Infraestrutura de recarga ainda em desenvolvimento
- Menor potência final comparado ao Kwid 1.0
Kwid E-Tech usado vale a pena?
Se você quer um carro econômico para rodar na cidade e não se preocupa tanto com autonomia, o Kwid E-Tech usado é uma excelente escolha. Ele custa menos do que a versão 1.0 nova, tem manutenção mais barata e um custo por quilômetro rodado muito menor.
No entanto, se você viaja com frequência ou mora em uma região sem infraestrutura para carregamento, talvez seja melhor optar pelo Kwid 1.0 flex.

Para quem é cada versão?
- Kwid E-Tech usado → Melhor para quem usa o carro apenas na cidade, busca economia a longo prazo e quer um modelo mais moderno e tecnológico.
- Kwid 1.0 novo → Melhor para quem precisa de maior autonomia, não quer depender de pontos de recarga e viaja com frequência.
Com isso, a decisão final depende do seu perfil de uso e de quanto você quer economizar no dia a dia.
