Invasão dos Elétricos Chineses Faz ANFAVEA Soar o Alerta e Pressionar o Governo!
A chegada de um navio chinês carregado com mais de 5,5 mil carros elétricos da BYD acendeu um alerta no setor automotivo brasileiro.
A ANFAVEA (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) manifestou preocupação com o impacto da importação em massa desses veículos para o mercado nacional, principalmente no que diz respeito à produção local, empregos e equilíbrio comercial.
Mas afinal, por que essa movimentação está gerando tanta polêmica?

Guia do Conteúdo
Por que os carros elétricos chineses preocupam a ANFAVEA?
De acordo com a associação, o Brasil já possui um estoque de mais de 40 mil unidades importadas, o que pode comprometer a indústria nacional. A ANFAVEA vem alertando o governo sobre a necessidade de recompor a alíquota de 35% de Imposto de Importação (II) para veículos híbridos e elétricos.
A intenção dessa medida é evitar um desequilíbrio na balança comercial e proteger a indústria automotiva nacional contra uma concorrência considerada desleal.
A principal preocupação é que, com a grande chegada de modelos importados, as montadoras que operam no Brasil possam reduzir investimentos, cortar empregos e adiar projetos de produção local.
Esse impacto não se limita apenas às montadoras, mas também afeta toda a cadeia produtiva, incluindo fornecedores de autopeças e serviços automotivos.
Efeitos negativos na economia e na geração de empregos
A indústria automotiva é uma das principais empregadoras do país, com mais de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos. Se as montadoras locais perderem espaço para os veículos importados, esse número pode sofrer uma redução significativa.
A ANFAVEA destaca que incentivar a importação sem regras mais rígidas pode prejudicar investimentos e levar ao fechamento de fábricas, impactando diretamente a economia nacional.
Sem um equilíbrio saudável na balança comercial, essa indústria que gera mais de 1,3 milhão de empregos diretos e indiretos estará sob forte ameaça.
Apoiamos, sim, a chegada de novas marcas ao Brasil, mas queremos que elas também produzam aqui, fomentem o setor de autopeças, gerem empregos e tragam inovação.
O que vemos, entretanto, são anúncios sucessivos de adiamento dos prazos de início de produção no país”, declarou a ANFAVEA em comunicado oficial.
O crescimento da importação de máquinas também preocupa
Além da chegada dos elétricos chineses, a ANFAVEA também demonstrou preocupação com outro fenômeno: o crescimento da importação de máquinas autopropulsadas, principalmente as que são adquiridas através de compras públicas.
Segundo a entidade, muitas dessas máquinas vêm de empresas instaladas no Brasil, mas que possuem menos de 20 funcionários, o que indica que não há um compromisso real com a produção local.
Esse aumento nas importações fez com que o tradicional superávit do setor se transformasse em déficit comercial pelo segundo ano consecutivo. Em 2024, o valor do déficit dobrou, o que reforça a necessidade de medidas para fortalecer a competitividade das empresas nacionais.
“Esperamos que o poder público se sensibilize para essa questão que prejudica o nível de emprego no Brasil, a competitividade das nossas empresas, a inovação e até o atendimento dos clientes, que após essas licitações sofrem com a falta de uma rede confiável para assistência técnica”, alertou a associação.
Governo deve intervir? O que pode mudar?
Diante desse cenário, especialistas apontam que o governo pode adotar algumas medidas para equilibrar o mercado. A volta da alíquota de 35% de imposto de importação para veículos híbridos e elétricos é uma das propostas em discussão.
Outra alternativa seria a criação de incentivos para empresas que realmente fabricam no Brasil, evitando que companhias estrangeiras usem o país apenas como um ponto de venda, sem gerar empregos e desenvolvimento tecnológico local.
A indústria automotiva nacional enfrenta desafios com a chegada dos elétricos chineses, mas também precisa encontrar formas de se tornar mais competitiva, seja através da modernização das fábricas, novos modelos elétricos nacionais e redução de custos de produção.
O fato é que a mobilidade elétrica está se tornando uma realidade no Brasil, e o setor precisará se adaptar rapidamente para não ficar para trás.
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