Seu carro novo pode ser perda total após um pequeno acidente Saiba por quê!

Nos últimos anos, os carros se tornaram mais seguros e sofisticados do que nunca. A indústria automotiva está constantemente buscando novas tecnologias para proteger os motoristas e passageiros.

Porém, essa evolução tecnológica tem um preço, e o impacto disso está se refletindo em uma tendência alarmante: os carros modernos estão sendo considerados perdas totais com uma frequência cada vez maior após pequenos acidentes.

Isso está acontecendo porque a complexidade dos veículos atuais torna os reparos mais caros e difíceis, levando as seguradoras a preferirem pagar pela indenização em vez de arcar com os custos de conserto.

Carros novos estão sendo considerados perda total por pouca coisa.
Foto: Divulgação

A Busca Pela Segurança Está Indo Longe Demais?

A evolução tecnológica nos carros tem sido impressionante, com sistemas avançados de assistência à condução, sensores de proximidade, radares e câmeras, que visam aumentar a segurança nas estradas.

Esses recursos são fundamentais para evitar acidentes e proteger os ocupantes do veículo. No entanto, à medida que os carros ficam mais equipados, o processo de reparo após um acidente se torna cada vez mais complexo e dispendioso.

O problema começa a surgir quando um carro sofre uma colisão, mesmo que seja leve. O custo do reparo pode ser tão elevado que a seguradora opta por dar a perda total ao veículo.

Isso ocorre porque os danos podem afetar componentes caros e difíceis de substituir, como sensores e câmeras, que são essenciais para o funcionamento de sistemas de segurança.

Como resultado, o valor do conserto muitas vezes ultrapassa o valor de mercado do carro, tornando mais econômico para a seguradora pagar ao proprietário do que realizar o reparo.

O Que Está Acontecendo?

O aumento nas taxas de perda total é um fenômeno crescente. Um estudo recente da Axios, com base em dados da LexisNexis Risk Solutions, revelou que, em 2018, apenas 19% dos veículos envolvidos em acidentes eram considerados irrecuperáveis.

No entanto, esse número saltou para 27% em 2023, e a tendência continua subindo. Esse aumento está diretamente relacionado à sofisticação dos carros modernos, que agora têm tecnologia integrada que, se danificada, se torna cara para reparar.

Carros novos estão sendo considerados perda total por pouca coisa.
Foto: Divulgação

O Impacto da Tecnologia no Custo de Reparação

Antes, um acidente leve geralmente resultava em uma simples troca de para-choque ou a substituição de alguns componentes mecânicos. Agora, com a tecnologia embarcada nos veículos, até mesmo um para-choque desalinhado pode esconder danos significativos em sistemas de radar e sensores.

Esses sensores não são apenas caros para substituir, mas também exigem calibração precisa após qualquer tipo de reparo. O custo de recalibrar um radar ou um sensor ultrassônico pode ser tão alto que, em muitos casos, as seguradoras preferem pagar a indenização ao proprietário, em vez de arcar com os custos de reparo.

A adição de sistemas como câmeras de 360 graus, radares de estacionamento e assistentes de direção também torna o processo de reparo mais complicado. Esses sistemas exigem uma integração precisa, e qualquer falha no processo de conserto pode comprometer a eficácia dos dispositivos, afetando a segurança do veículo.

Um Catalisador Para Aumento de Custos

Durante a pandemia, a escassez de peças e o aumento nos custos de produção tiveram um impacto significativo no mercado automotivo. Os preços das peças de reposição dispararam, e os prazos de entrega ficaram mais longos.

Isso aumentou o tempo necessário para realizar os reparos e elevou ainda mais os custos. Com a escassez de peças e a alta demanda por componentes específicos para carros modernos, o preço de consertar um veículo se tornou ainda mais proibitivo, contribuindo para o aumento do número de veículos descartados.

Além disso, os carros de substituição também subiram de preço. O aluguel de um carro reserva, que costumava ser uma opção acessível para motoristas enquanto seus veículos estavam sendo consertados, se tornou mais caro, o que gerou mais custos para as seguradoras. Isso, por sua vez, as incentivou a considerar a perda total como uma solução mais econômica do que consertar o carro.

A Realidade dos Motoristas

Essa mudança no cenário de reparos também está refletindo no preço do seguro. Em 2024, o preço do seguro de cobertura total aumentou em média 15%, e as previsões para 2025 indicam que o preço continuará a subir, com uma previsão de aumento de 5%.

Isso significa que, para os motoristas que possuem carros modernos, os custos com seguros e manutenção estão ficando mais altos. O aumento no preço das peças, a complexidade dos reparos e o maior risco de perda total estão tornando os seguros mais caros.

Além disso, como as seguradoras estão assumindo mais riscos devido ao aumento da complexidade dos carros, elas estão repassando esses custos para os consumidores. Como resultado, muitos motoristas podem se sentir desencorajados a manter ou renovar seus seguros devido ao aumento constante nos preços.

Os Desafios de Manter Um Carro Moderno

Quem pretende comprar ou financiar um veículo novo deve estar ciente de que os custos com seguro e manutenção são cada vez mais elevados. A compra de um carro moderno pode parecer atraente devido à segurança e tecnologia que ele oferece, mas, além do preço de compra, o proprietário precisa estar preparado para os altos custos de reparação e seguro.

Carros mais novos são, sem dúvida, mais seguros e equipados com tecnologias avançadas, mas os motoristas podem se surpreender com o custo de manutenção e reparo desses veículos. O que parecia ser uma vantagem – como sensores e câmeras de segurança – pode rapidamente se tornar um fardo financeiro quando o veículo sofre uma colisão, mesmo que pequena.

Carros novos estão sendo considerados perda total por pouca coisa.
Foto: Divulgação

O Que Pode Ser Feito?

O aumento no número de perdas totais e o aumento nos custos de reparação geraram um debate sobre como as montadoras e seguradoras devem lidar com esses problemas. Algumas soluções estão sendo discutidas, como a criação de um sistema mais acessível para reparar os componentes eletrônicos, o que poderia reduzir o custo dos reparos e tornar os veículos mais econômicos para os motoristas.

Além disso, é possível que as seguradoras comecem a revisar seus critérios para determinar a perda total de um veículo. Embora a decisão de considerar um carro como perda total seja em grande parte econômica, uma revisão nos cálculos poderia permitir que os veículos fossem consertados de maneira mais eficiente e acessível.

No final das contas, os motoristas terão que se adaptar a uma nova realidade de carros mais sofisticados e, consequentemente, mais caros para manter. A busca por um equilíbrio entre a segurança avançada e o custo de manutenção será um desafio constante tanto para os fabricantes de veículos quanto para as seguradoras.

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Redator online do Agora Motor, antes mesmo de concluir o ensino médio e fazer a carteira, Gabriel já está envolvido no universo automotivo. Produz conteúdos informativos e relevantes, com foco em lançamentos, notícias e tudo que movimenta o setor. Interessado em aprender e crescer na área, acompanha de perto as tendências do mercado e busca tornar a informação acessível a todos os leitores.
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