Você vai surpreender ao descobrir como funciona a marcha ré nas motos!

Se você já se deparou com uma moto enorme e se perguntou como ela conseguiria dar ré, a resposta está na tecnologia que vem sendo aplicada, principalmente nas motocicletas mais robustas.

Embora a ideia de uma marcha ré para motos seja algo que chama a atenção, a realidade é bem mais complexa. Para as motos comuns, essa função parece desnecessária. Mas quando se trata de modelos gigantes e pesados, como as motos touring, a questão pode ser um pouco diferente.

BMW K 1600 GTL azul parada possui marcha ré.
Foto: Divulgação

Por Que as Motos Comuns Não Precisam de Marcha Ré?

A maioria das motocicletas não vem equipada com marcha ré, e isso ocorre por uma razão simples: elas são projetadas para ser manobradas facilmente sem a necessidade dessa tecnologia. Motos de pequeno e médio porte são ágeis e leves o suficiente para que o motociclista consiga dar ré utilizando apenas os pés. Basta colocar os pés no chão e impulsionar a moto para trás, o que torna a marcha ré um recurso desnecessário.

Além disso, não há necessidade de adicionar uma engrenagem extra no sistema, já que a maioria das motos usa um câmbio sequencial. Esse câmbio permite ao piloto engatar as marchas de forma linear, sem a possibilidade de selecionar uma marcha específica diretamente.

Se fosse necessário adicionar uma marcha ré, isso exigiria mudanças significativas no design e no sistema de câmbio, o que poderia prejudicar a agilidade e a simplicidade da moto.

A Viabilidade Técnica de Adicionar Marcha Ré em Motos Pequenas

A ideia de adicionar marcha ré a motos menores é possível, mas não é prática. O principal motivo está na engenharia e no design das motos.

A adição de uma marcha ré em motos pequenas não seria vantajosa, pois a leveza da moto já facilita as manobras. Para ter o sistema de ré, teríamos que adicionar outro sistema de engrenagens.

Ao introduzir mais engrenagens no câmbio de uma moto, isso pode aumentar o peso e as dimensões da moto, o que contraria a ideia de criar um veículo mais compacto e ágil.

A engenharia por trás das motos foi projetada para ser o mais simples possível, e qualquer adição de peso ou complexidade torna o modelo mais caro e menos eficiente.

O Desafio das Engrenagens e a Simplicidade do Câmbio Sequencial

Outro ponto importante a ser considerado é que as motos geralmente utilizam câmbios sequenciais, o que significa que as marchas são engatadas de forma contínua e linear, sem a opção de selecionar uma marcha específica diretamente.

Para incluir uma marcha ré, seria necessário modificar drasticamente o sistema, incluindo a instalação de engrenagens intermediárias ou um sistema dedicado exclusivamente à reversão. Isso não só demandaria mais espaço, mas também aumentaria o peso da moto, o que, novamente, prejudicaria a sua performance.

Além disso, o preço de desenvolvimento de uma nova engenharia para incorporar a marcha ré não é baixo. Com o aumento de componentes e a necessidade de criar um novo sistema de câmbio, o valor de venda da moto certamente aumentaria. Esse custo adicional pode ser um fator decisivo para que os fabricantes optem por manter a simplicidade dos modelos convencionais.

Quando a Marcha Ré Faz Sentido nas Motos?

Honda Gold Wing vermelha na estrada possui marcha ré.
Foto: Divulgação

Embora as motos menores não precisem de marcha ré, o cenário muda para modelos de maior porte, especialmente as motos touring.

Essas motos, por serem significativamente mais pesadas e grandes, podem encontrar na marcha ré uma solução útil para facilitar a manobra, especialmente em situações onde o espaço é limitado, como estacionamentos apertados.

A Tecnologia em Motos Touring

Embora as motos touring não sejam exatamente modelos compactos, a marcha ré é uma tecnologia cada vez mais presente em alguns modelos. Porém, mesmo nesses casos, a marcha ré não funciona como a dos carros.

Não é uma marcha convencional que permite ao piloto engatar a marcha para retroceder, mas sim uma solução auxiliar. A maioria das motos touring utiliza um sistema elétrico para facilitar a reversão.

Modelos como a Honda Gold Wing e a BMW K 1600 GTL são exemplos de motos grandes que oferecem um sistema de marcha ré elétrica. Esse sistema permite que o motociclista use a marcha ré para dar ré de forma mais simples, mas ainda assim é necessário que ele coloque os pés no chão para completar a manobra corretamente.

A principal vantagem desse sistema é que ele não impacta diretamente o câmbio, preservando o funcionamento do motor e do sistema de engrenagens.

BMW K 1600 GTL azul com passageiros possui marcha ré.
Foto: Divulgação

Por Que a Marcha Ré nas Motos Touring Não é Totalmente Independente?

Embora as motos touring tenham a capacidade de dar ré, ela não é uma função totalmente independente, como a marcha ré nos carros.

A razão disso é que as motos, especialmente as mais pesadas, exigem que o piloto ainda tenha algum controle manual para a manobra ser feita com segurança.

Mesmo com o auxílio da marcha ré elétrica, o motociclista deve usar os pés para garantir que a moto retroceda de maneira controlada.

Outro fator é que adicionar uma engrenagem de marcha ré convencional em uma moto de grande porte também exigiria uma engenharia complexa, além de impactar o peso e o custo do veículo. Por isso, a solução elétrica tem sido a mais viável, já que ela oferece a funcionalidade desejada sem comprometer tanto a estrutura do veículo.

O Futuro das Motos com Marcha Ré

Com o avanço da tecnologia, é possível que vejamos mais motos no futuro incorporando sistemas de marcha ré, especialmente em modelos mais pesados ou voltados para o turismo.

No entanto, é importante ressaltar que a necessidade de um sistema de marcha ré será sempre limitada ao tipo de moto e ao propósito para o qual ela foi projetada. Para motos pequenas e leves, a marcha ré continuará sendo desnecessária.

O que podemos esperar é que as inovações em sistemas elétricos, como os usados nas motos touring, se tornem cada vez mais comuns em motos de maior porte, oferecendo aos motociclistas mais opções de manobra e controle.

Honda Gold Wing preta na diagonal na estrada possui marcha ré.
Foto: Divulgação

Embora a ideia de uma moto com marcha ré pareça interessante à primeira vista, a realidade é que essa tecnologia só é realmente necessária em motos grandes e pesadas, como as touring. A maioria das motos comuns não precisa de uma marcha ré, pois são leves e fáceis de manobrar.

A adição de uma marcha ré exige modificações complexas no câmbio, o que pode aumentar o peso e o custo da moto. Assim, as soluções elétricas têm sido uma alternativa mais prática, oferecendo a funcionalidade sem comprometer a performance do veículo.

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Um jovem que está iniciando sua vida no mundo automobilístico, carregando uma enorme paixão sobre o assunto. Se formou no Ensino Médio e pretende se ingressar em uma faculdade. Um jovem que nos tempos vagos, se interessa em fazer atividades familiares e passar mais tempo com a família.
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