“Pode abrir o capô?” — 5 Ofertas no Posto de Gasolina que Podem Prejudicar Seu Carro (e Seu Bolso)

Você para no posto de combustível, baixa o vidro e escuta aquela pergunta clássica do frentista: “Quer que eu confira o nível do óleo e do radiador?”. Parece um gesto amigável, né? Mas por trás dessa aparente cortesia, pode haver riscos escondidos que vão muito além de um simples serviço gratuito. Em muitos casos, essas ofertas representam uma armadilha para o motorista desavisado — podendo levar a gastos desnecessários e até a danos sérios ao seu carro.

Se você já passou por isso e ficou em dúvida se deveria aceitar ou não, este artigo vai te ajudar a entender exatamente quando dizer sim e, principalmente, quando recusar educadamente. Veja, a seguir, cinco abordagens muito comuns dos frentistas — e por que você deve ficar atento.

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1. “Vamos completar o óleo do motor?” — Cuidado com o excesso!

Pode parecer inofensivo, mas aceitar essa oferta sem o conhecimento certo pode acabar danificando o coração do seu carro. Isso porque o nível de óleo só deve ser verificado com o motor completamente frio e o carro em uma superfície plana. Se o motor estiver quente (como geralmente está quando se chega ao posto), parte do óleo ainda estará circulando pelo motor e não terá retornado ao cárter, fazendo parecer que está “faltando óleo”.

O resultado? Muitos motoristas aceitam o “complemento” e acabam com óleo demais no sistema. Isso pode causar pressão interna excessiva, danificando juntas, vedações e até o catalisador. Além disso, existe o risco de o frentista usar um óleo com especificação diferente do recomendado pelo fabricante, misturando, por exemplo, óleo sintético com mineral — o que compromete a viscosidade e a lubrificação do motor.

Dica de ouro: consulte o manual do seu carro para saber o tipo certo de óleo e cheque o nível em casa, sempre com o motor frio.

2. “Quer colocar um aditivo no combustível?” — Dinheiro jogado fora

Essa é uma oferta comum, principalmente em postos com bandeira branca. A promessa é que o aditivo vai limpar o motor, melhorar o desempenho e até economizar combustível. Mas a verdade é que, se você já abastece com combustível aditivado ou de qualidade comprovada, esse tipo de adição não é necessária.

Os combustíveis vendidos pelas grandes distribuidoras (como Shell, Ipiranga, Petrobras) já vêm com aditivos em sua formulação. E caso você realmente queira uma gasolina mais “limpa”, pode simplesmente pedir a versão aditivada da bomba.

O que pode dar errado? Alguns aditivos vendidos nos postos são de qualidade duvidosa ou incompatíveis com o motor do seu carro. E em vez de ajudar, podem formar resíduos ou prejudicar sensores e componentes eletrônicos.

3. “Vamos dar uma olhada no fluido de freio?” — Só se for urgente

Essa é uma oferta que precisa ser tratada com muito cuidado. O fluido de freio é higroscópico, ou seja, ele absorve a umidade do ar. Apenas abrir o reservatório em um ambiente inadequado (como um posto de combustível) já pode contaminar o fluido.

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Foto: Divulgação

Além disso, se o nível estiver um pouco abaixo do normal, pode ser apenas o desgaste natural das pastilhas de freio. Completar o fluido nesses casos mascararia um possível problema e pode dificultar o diagnóstico correto. O ideal é fazer esse tipo de verificação em uma oficina especializada, onde será possível medir a qualidade do fluido e, se necessário, fazer a substituição completa com a sangria do sistema.

Só em último caso — Se o nível estiver realmente muito baixo (e você estiver longe de uma oficina), até pode ser aceitável completar. Mas atenção: use o fluido com a especificação correta para seu veículo e evite abrir o reservatório em lugares com muita poeira ou umidade.

4. “Seu radiador precisa de aditivo” — Cuidado com o que entra no sistema de arrefecimento

Outro “favor” que o frentista costuma oferecer é dar aquela olhadinha no nível do radiador. De fato, manter o sistema de arrefecimento em ordem é vital para a saúde do motor. Mas o problema começa quando o frentista sugere completar com aditivo genérico, sem sequer verificar qual é o tipo de aditivo recomendado para o seu carro.

Radiadores modernos utilizam aditivos específicos, e misturar tipos diferentes pode causar reações químicas, criando depósitos, corroendo os dutos internos e até entupindo o sistema de arrefecimento. Em vez de ajudar, isso pode provocar um superaquecimento — algo que nenhum motorista quer lidar na estrada.

Dica de manutenção: se for realmente necessário completar o nível no posto, o ideal é usar apenas água desmineralizada. A adição de aditivo deve ser feita apenas com o produto correto, preferencialmente durante a troca total do líquido, em oficina de confiança.

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5. “Está na hora de trocar as palhetas?” — Nem sempre é necessário

Choveu, você liga o limpador e ele começa a fazer barulho ou deixar riscos no vidro. Aí vem o frentista com a sugestão de trocar as palhetas ali mesmo. Embora elas realmente precisem ser trocadas de tempos em tempos, nem sempre isso significa que você está no momento certo para substituí-las.

Em muitos casos, as palhetas estão apenas sujas. Uma boa limpeza com um pano úmido e um pouco de detergente pode resolver o problema. Além disso, nem sempre as palhetas oferecidas nos postos são compatíveis com o seu veículo, podendo causar ruídos, falhas na limpeza ou até danos ao para-brisa.

Atenção redobrada: trocar por uma palheta de baixa qualidade pode ser pior do que continuar com a original. Prefira comprar marcas conhecidas ou as mesmas especificadas no manual do veículo.

Gentileza que custa caro

O papel do frentista é, sim, ajudar — mas você deve sempre manter o controle sobre o que entra e sai do seu carro. A maioria dos profissionais age com boa intenção, mas nem sempre tem o conhecimento técnico ou os produtos adequados para realizar manutenções mais delicadas.

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Fonte/Reprodução: Volvo.

Aceitar essas “ajudas” pode parecer inofensivo, mas com o tempo, os pequenos gastos e os riscos somam uma conta pesada no seu bolso — e às vezes até um conserto caro que poderia ter sido evitado com um simples “não, obrigado”.

Resumo prático — Quando recusar o serviço do frentista:

Oferta do frentistaRisco principalMelhor alternativa
Completar o óleo do motorExcesso de óleo e mistura de produtosVerificar sempre com motor frio em casa
Colocar aditivo no combustívelProduto desnecessário ou inadequadoUsar apenas combustível aditivado
Checar fluido de freioContaminação ou mascarar falhasVerificar em oficina especializada
Colocar aditivo no radiadorReação química e entupimentosUsar água desmineralizada
Trocar palhetas do limpadorProduto genérico e desnecessárioLimpar antes ou trocar por original
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Um jovem que está iniciando sua vida no mundo automobilístico, carregando uma enorme paixão sobre o assunto. Se formou no Ensino Médio e pretende se ingressar em uma faculdade. Um jovem que nos tempos vagos, se interessa em fazer atividades familiares e passar mais tempo com a família.
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