SUVs Poluem Mais Que Aviões? Descubra a Verdade Surpreendente!

O mercado automotivo tem testemunhado um crescimento significativo na venda de SUVs nos últimos anos, com esses veículos conquistando cada vez mais o público, especialmente nas grandes cidades. Contudo, ao lado dessa popularidade, surge uma questão crítica: o impacto ambiental desses carros, que está sendo cada vez mais questionado por especialistas e organizações ambientais.

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Recentemente, Paris implementou uma medida drástica, aumentando em três vezes o valor do estacionamento nas vias públicas para SUVs, com o objetivo de reduzir os efeitos negativos desses veículos no meio ambiente. A medida se baseia em um estudo recente que aponta para um dado alarmante: andar de SUV pode gerar mais poluição do que andar de avião.

BYD Song Pro DM-i azul na diagonal.
Foto: Divulgação

O Que Está Por Trás da Ação de Paris?

A cidade de Paris, famosa por sua busca pela sustentabilidade e redução de emissões de gases poluentes, decidiu aumentar o custo do estacionamento para SUVs como uma forma de frear os efeitos ambientais desses veículos. A alta emissão de CO2 e outros gases de efeito estufa se deve, principalmente, a características físicas e mecânicas dos SUVs, como o peso elevado e a aerodinâmica desfavorável. De acordo com um estudo da Agência Internacional de Energia (AIE), um SUV pode emitir até 20% a mais de poluentes do que um carro convencional de porte médio, devido ao seu consumo de combustível superior.

A explicação está no fato de que os SUVs são, em sua maioria, veículos pesados, com peso médio superior a 1,5 toneladas na Europa e chegando até 2,7 toneladas nos Estados Unidos. Isso se traduz em um consumo de combustível significativamente maior do que os carros compactos, sedãs e outros modelos mais leves, os quais exigem menos energia para circular. Em comparação, um carro comum pode ser até 8% mais eficiente em termos de consumo de combustível em relação a um SUV.

Por Que os SUVs São Mais Poluentes?

Os SUVs, por seu tamanho e peso, acabam exigindo mais combustível para operar. Essa realidade tem gerado um aumento no consumo de energia, o que reflete diretamente na quantidade de poluentes emitidos. Um SUV típico pode consumir até 8% a mais de combustível do que um carro comum, e esse consumo elevado pode ser ainda maior quando se comparam SUVs com veículos populares de porte menor.

O sucesso de vendas dos SUVs, especialmente em mercados como o Brasil e a Europa, tem sido imenso, mas também tem trazido consequências para o meio ambiente. Em 2023, 48% de todos os carros vendidos mundialmente foram SUVs, e em algumas regiões, a participação deles nas vendas já supera 50%. Isso implica em um aumento considerável nas emissões de CO2, o que pode anular os esforços feitos para eletrificar as frotas urbanas, como demonstrado por um estudo realizado pelo Greenpeace.

Comparando SUVs com Aviões: O Impacto Energético

Uma das comparações mais surpreendentes feitas pela AIE foi a de que um SUV pode consumir mais energia do que um avião para percorrer a mesma distância, especialmente quando ele está transportando apenas uma pessoa. Em média, um SUV consome 1,3 MJ (megajoule) de energia por quilômetro, enquanto um avião doméstico no Brasil consome em média apenas 0,9 MJ por passageiro, por quilômetro. Isso significa que uma viagem em um SUV, com um único ocupante, pode ser mais custosa em termos de consumo energético do que uma viagem de avião.

Volvo abandona peruas e investe em SUVs.
Foto: Divulgação

Esse dado expõe um dos maiores problemas do design dos SUVs: seu peso. Veículos maiores e mais pesados exigem mais combustível, e no caso dos SUVs, a maior parte do tempo eles são usados por apenas uma pessoa, o que torna o impacto ambiental ainda mais pronunciado.

O Crescimento das Vendas de SUVs e Seus Efeitos Ambientais

Apesar de estarmos em uma era de crescente eletrificação dos veículos, os SUVs continuam a representar uma parte significativa das emissões totais de CO2 no planeta. De acordo com a AIE, os SUVs são responsáveis por mais de 31% das emissões totais dos carros, embora representem apenas 25% dos carros em circulação. Esse aumento nas emissões de CO2 foi a segunda maior causa do aumento geral das emissões globais em 2022, ficando atrás apenas da produção de energia, mas à frente dos setores de transportes aéreo e marítimo combinados.

Esses números são ainda mais alarmantes quando se leva em consideração a eletrificação dos SUVs. Embora a venda de SUVs elétricos tenha crescido substancialmente nos últimos anos, isso não impediu que a categoria como um todo continuasse a despejar grandes quantidades de CO2 na atmosfera. Em 2022, os SUVs emitiu mais de 1 bilhão de toneladas de CO2, um número que equivale ao dobro das emissões anuais do Brasil ou ao total combinado de emissões de países como a França e a Alemanha.

O Desafio da Eletrificação dos SUVs

A eletrificação dos SUVs não resolve completamente o problema, principalmente por conta do peso desses veículos. Os SUVs elétricos ainda exigem grandes quantidades de metais raros, como lítio, cobalto, níquel e cobre, que são necessários para as baterias e outros componentes desses carros. Como o peso dos SUVs é maior do que o dos carros compactos, eles acabam exigindo baterias maiores e mais pesadas, o que aumenta a demanda por esses metais raros e pode até resultar na escassez desses materiais para outras indústrias, como a de tecnologia e energia.

Além disso, a transição para veículos elétricos enfrenta um problema adicional: os SUVs elétricos, apesar de não emitirem gases poluentes diretamente, ainda exigem uma quantidade significativa de recursos para sua fabricação, o que acaba tornando a transição ecológica mais difícil. A produção e extração desses metais, muitas vezes, têm um impacto ambiental considerável, e a demanda por esses materiais só tende a crescer com o aumento das vendas de carros elétricos.

Políticas de Taxação e Medidas Restritivas

Para combater o crescimento dos SUVs e seus efeitos ambientais, algumas nações começaram a adotar medidas restritivas. Na França, por exemplo, carros com mais de 1,6 toneladas de peso a combustível térmico estão sujeitos a uma taxação adicional, uma medida que já afeta cerca de 9% dos novos registros de carros no país. A Noruega e a Irlanda também adotaram políticas semelhantes, visando reduzir o impacto ambiental desses veículos e promover um transporte mais sustentável.

Organizações como a Possible, do Reino Unido, defendem que o peso dos veículos passe a ser um critério na hora de taxar a venda de automóveis, incentivando as pessoas a optarem por carros mais leves, que consomem menos combustível e têm menor impacto ambiental. Esse tipo de política poderia ser uma solução eficaz para reduzir as emissões causadas pelos SUVs, especialmente em um cenário de crescente urbanização e de aumento da venda de veículos de grande porte.

O Futuro dos SUVs

O futuro dos SUVs no mercado global é, sem dúvida, incerto. Embora o design robusto e a sensação de segurança oferecida por esses veículos os tornem atraentes para muitos consumidores, os impactos ambientais são uma preocupação crescente. O aumento do peso, o consumo elevado de combustível e as altas emissões de CO2 são desafios difíceis de superar, mesmo com a introdução de modelos elétricos.

Nissan Magnite laranja na estrada.

A eletrificação é uma solução importante, mas não resolve todos os problemas, especialmente em relação ao peso e à extração de metais raros. Políticas governamentais, como a taxação baseada no peso, podem ajudar a mitigar os efeitos negativos dos SUVs, mas a verdadeira mudança dependerá da conscientização dos consumidores e de um esforço conjunto para buscar alternativas mais sustentáveis no setor automotivo. As cidades, como Paris, já começaram a agir, e outras poderão seguir o exemplo, transformando a indústria automotiva em direção a um futuro mais verde e sustentável.

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Um jovem que está iniciando sua vida no mundo automobilístico, carregando uma enorme paixão sobre o assunto. Se formou no Ensino Médio e pretende se ingressar em uma faculdade. Um jovem que nos tempos vagos, se interessa em fazer atividades familiares e passar mais tempo com a família.
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