Ford prepara novo ataque à Hilux com Ranger renovada — e o que vem aí vai surpreender
A guerra das picapes médias está longe de terminar, e a Ford parece estar se armando até os dentes para enfrentar a todo-poderosa Toyota Hilux. A próxima jogada da marca americana é uma reestilização completa da Ranger — e não estamos falando apenas de retoques estéticos. A nova versão promete mexer com o mercado, com atualizações que vão desde o visual até tecnologias de condução autônoma. E se você acha que já viu tudo o que uma picape pode oferecer, é bom se preparar para o que está por vir.
A Ranger reestilizada já está em estágio avançado de desenvolvimento e será o novo trunfo da Ford para subir degraus importantes na disputa das líderes de vendas. A previsão é que o modelo renovado desembarque primeiro em mercados da Ásia e Oceania em 2026 e chegue ao restante do mundo — incluindo o Brasil — em 2027. A seguir, você confere todos os detalhes do que já se sabe sobre essa nova fase da Ranger e por que ela pode se tornar o maior pesadelo da Hilux nos próximos anos.

Guia do Conteúdo
Visual de respeito: a Ford quer chamar atenção nas ruas
O primeiro impacto será visual. Doug Field, chefe global de design e digital da Ford, confirmou que a picape passará por mudanças expressivas na dianteira. Esqueça apenas novos faróis e grade: o conjunto frontal será completamente reformulado. A proposta é conferir mais imponência e identidade ao modelo, apostando em linhas mais marcantes, com novo para-choque, grade redesenhada e iluminação atualizada.
Nas laterais, novas rodas darão um toque de novidade, enquanto a traseira manterá a essência da geração atual, mas com pequenas reformulações como lanternas em novo formato e ajustes no design da tampa da caçamba. A ideia é manter o DNA da Ranger atual — que já agrada — mas com elementos que a coloquem um degrau acima em sofisticação.
Cabine com cérebro novo: a era da Ford Digital Experience
Se por fora a Ranger vai atrair olhares, por dentro ela quer conquistar o coração (e o toque) do motorista. A grande estrela do interior será o novo sistema operacional batizado de Ford Digital Experience, desenvolvido em parceria com o Google. Ele aposentará o conhecido Sync 4, substituindo o cérebro eletrônico por um sistema mais inteligente, rápido e conectado.
Essa nova interface já está presente em SUVs como Explorer e Expedition nos Estados Unidos, e agora chega à picape para trazer um salto de experiência digital. Ainda há dúvidas se esse novo sistema será compatível com as telas atuais — de 10,1 polegadas nas versões mais simples e 12” nas mais caras — ou se haverá também novidades nas centrais multimídia.
O Ford Digital Experience é voltado para oferecer atualizações over-the-air, maior integração com apps, personalização de perfis de usuário e comandos de voz mais naturais. Com isso, a Ranger se aproxima ainda mais da experiência de um carro premium — algo que muitos usuários de picape já exigem atualmente.
Tecnologia semiautônoma avança com o Ford BlueCruise
Outro ponto que promete causar impacto no segmento é a inclusão do pacote de condução semiautônoma Ford BlueCruise, herdado do SUV elétrico Mustang Mach-E. Esse sistema é classificado como ADAS nível 2 e permite, entre outras funções, que a picape se mantenha sozinha em faixas bem demarcadas e ajuste a velocidade automaticamente com base no tráfego.
Na prática, o motorista poderá soltar o volante por alguns trechos da estrada — especialmente em rodovias bem sinalizadas — enquanto o carro faz todo o trabalho. O sistema une controle de cruzeiro adaptativo com assistente de permanência em faixa e alerta de colisão. Isso coloca a Ranger em um novo patamar de conforto e segurança para longas viagens.

A tecnologia está em linha com uma tendência que ganha força: a de transformar caminhonetes em plataformas cada vez mais tecnológicas e conectadas, sem abrir mão de sua robustez.
Motorização: pode mudar, mas por enquanto permanece
Na parte mecânica, a Ford ainda não revelou se haverá alterações, mas há indícios de que o conjunto atual seguirá sem grandes mudanças — ao menos até o lançamento da nova geração. Atualmente, a Ranger é vendida no Brasil com dois motores a diesel:
- O motor 2.0 turbo, que entrega 170 cv e pode ser combinado com câmbio manual de 6 marchas ou automático de 6 velocidades.
- O propulsor 3.0 V6 turbodiesel, com 250 cv, que atua exclusivamente com a transmissão automática de 10 marchas.
Essa configuração já é bastante competitiva, especialmente com o V6 nas versões topo de linha, oferecendo torque elevado e desempenho acima da média no segmento.
Mas olhando para frente, a Ford já sinaliza que a próxima geração, prevista entre 2030 e 2031, poderá contar com opções eletrificadas, incluindo versões híbridas ou até 100% elétricas, dependendo da evolução do mercado global e das regulamentações ambientais.
Mais equipamentos, mais valor: lista de série será reforçada
A Ranger reestilizada também deve trazer novidades em sua lista de equipamentos de série, com destaque para:
- Direção elétrica recalibrada, mais leve em baixa velocidade e firme em alta;
- Freio de estacionamento eletrônico;
- Assistente de descida em versões com tração 4×4;
- Novas câmeras de visão 360° e sensores de proximidade mais sensíveis;
- Atualizações de software via internet, sem a necessidade de ir à concessionária.
Esses recursos posicionam a Ranger como uma picape que une força bruta com inteligência embarcada — uma tendência irreversível no mercado automotivo moderno.
Hilux na mira: Ford aposta no custo-benefício e na inovação
Com tudo isso, a Ford deixa claro que quer incomodar a Toyota Hilux, líder de mercado há anos. A estratégia é clara: oferecer mais tecnologia e refinamento sem sacrificar a robustez que o público espera de uma picape média.
Embora a Hilux continue sendo sinônimo de confiança e resistência, sua plataforma já mostra sinais de envelhecimento frente a rivais que vêm inovando com mais rapidez. Nesse cenário, a nova Ranger pode aproveitar a oportunidade para se destacar — especialmente se a Ford conseguir equilibrar bem a relação custo-benefício e manter um pós-venda competitivo.
E o futuro? Plataforma nova e eletrificação à vista
Mesmo com a reestilização prevista para os próximos anos, a Ford já pensa no passo seguinte: a nova geração da Ranger deve surgir na próxima década com um projeto totalmente novo. Segundo rumores, ela poderá compartilhar base com a gigante F-150 e vir equipada com motorizações híbridas ou elétricas, em resposta às novas demandas ambientais e à eletrificação crescente do setor automotivo.
Essa mudança pode ser disruptiva, colocando a Ranger à frente no movimento de eletrificação no segmento de picapes — especialmente em mercados como o europeu e o norte-americano, onde as exigências de emissão estão mais rigorosas.
A próxima Ranger pode mudar o jogo
O lançamento da Ranger reestilizada promete agitar o mercado e elevar o padrão das picapes médias no Brasil e no mundo. Com visual atualizado, sistemas inteligentes de condução, conectividade avançada e melhorias significativas na dirigibilidade, a Ford parece pronta para desafiar de igual para igual as líderes de mercado — e talvez até ultrapassá-las.

Para quem está pensando em comprar uma picape nos próximos anos, vale a pena ficar de olho nessa nova fase da Ranger. Afinal, o que vem aí não é apenas uma reestilização: é um aviso claro de que a Ford está voltando com força total para dominar as trilhas, as estradas — e as garagens.