Ele Ainda Vale a Pena? Jeep Renegade 2026 Surpreende em Novo Teste Ponto a Ponto!
O Jeep Renegade chegou ao mercado há uma década, e mesmo sendo o veterano entre os SUVs compactos, ele continua resistindo com força no segmento. O modelo 2026 não apenas mantém o estilo aventureiro que o consagrou, como também entrega um pacote mecânico e de equipamentos que ainda faz frente à concorrência — mesmo sem ter passado por uma mudança de geração. Mas será que vale os mais de R$ 150 mil? Neste artigo, destrinchamos a versão Sport Altitude T270, que tenta manter o fôlego da linha com visual robusto e motor potente.
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Guia do Conteúdo
Visual ainda chama atenção
Lançado em 2015, o Renegade sempre se destacou pelo seu design marcante, inspirado nos jipes tradicionais da Jeep. Em vez de apostar nas curvas suaves que dominam o mercado, ele foi na contramão com formas quadradas e robustas. A versão Sport Altitude mantém esse estilo, com para-choques parrudos, faróis em LED com assinatura em “X” e rodas de liga leve aro 17 com desenho exclusivo.

Essa versão específica, que se posiciona acima da configuração de entrada, traz acabamento escurecido em detalhes como o rack de teto, rodas e molduras, dando um toque mais esportivo e urbano ao visual. A Jeep oferece três opções de cores: Preto Carbon (sem custo), Cinza Granite (metálica, por R$ 2.220) e Branco Polar (perolizada, por R$ 2.500), sempre com teto contrastante em preto.
Medidas e espaço interno
Apesar do porte compacto, o Renegade não passa despercebido. Ele mede 4,26 metros de comprimento, 1,80 m de largura, 1,70 m de altura e tem um entre-eixos de 2,57 m. Esse último número, aliás, denuncia sua idade: o espaço traseiro não é dos mais generosos, especialmente para as pernas dos ocupantes. Ainda assim, quatro adultos viajam com conforto razoável.
O porta-malas é outro ponto que denuncia a origem mais antiga do projeto: são 320 litros de capacidade, ficando atrás de rivais como o VW T-Cross (410 L) e o Chery Tiggo 5X (340 L). Para o uso urbano ou pequenas viagens, é funcional, mas está longe de ser o destaque do carro.
Mecânica: motor forte, mas com consumo mediano
A grande vantagem do Renegade Sport Altitude T270 está debaixo do capô. Ele é equipado com o motor 1.3 turbo da família GSE da Stellantis, o mesmo usado em modelos como Fiat Toro, Fastback e até nos Jeep Compass e Commander. Esse propulsor entrega agora 176 cv de potência e 27,5 kgfm de torque, tanto com gasolina quanto com etanol.
Na prática, isso significa aceleração consistente e retomadas eficientes, garantindo um desempenho superior ao dos concorrentes com motores 1.0 turbo. O câmbio é automático de seis marchas, com trocas suaves e bem escalonadas. A tração é dianteira (4×2), mas isso não tira o mérito da pegada firme que o modelo oferece, graças à boa calibração da suspensão.
De acordo com os dados do Inmetro, o consumo do Renegade com esse motor é de:
- Etanol: 7,8 km/l na cidade e 8,9 km/l na estrada
- Gasolina: 11,1 km/l na cidade e 12,4 km/l na estrada
Não são números ruins para um SUV turbo, mas estão atrás de alguns concorrentes que priorizam eficiência energética.
Equipamentos de destaque
A lista de equipamentos do Renegade Sport Altitude é bastante coerente com a faixa de preço — que começa em R$ 152.990 e pode chegar aos R$ 159.990 com o pacote opcional Work II. Este pacote adicional inclui estepe do tipo integral, protetor de cárter e tapetes exclusivos, reforçando a proposta de SUV urbano com pegada fora de estrada.

Entre os principais equipamentos de série, estão:
- Faróis e lanternas em LED com DRL integrado
- Rodas de liga leve aro 17″
- Frenagem autônoma de emergência
- Alerta de mudança involuntária de faixa
- Detector de fadiga do motorista
- Rack de teto funcional
- Câmera de ré
- Painel digital de 7” no quadro de instrumentos
- Central multimídia com tela de 8,4” e conectividade sem fio com Android Auto e Apple CarPlay
- Freio de estacionamento eletrônico
- Ar-condicionado digital
- Direção elétrica com ajuste de profundidade e altura
No quesito segurança, o Renegade segue competitivo: traz controle de estabilidade, controle de tração, assistente de partida em rampas e seis airbags.
Rodando com ele: como é na prática?
O comportamento dinâmico do Renegade é um de seus pontos fortes. Apesar do visual “pesado”, ele entrega boa dirigibilidade no uso urbano e firmeza em velocidades maiores. O ajuste da suspensão é levemente rígido, o que melhora a estabilidade em curvas, mas pode penalizar um pouco o conforto ao passar por buracos ou imperfeições no asfalto.
A direção elétrica tem boa progressividade, facilitando manobras e oferecendo boa resposta na estrada. O isolamento acústico poderia ser melhor em altas rotações, mas dentro do padrão da categoria.
Na cidade, o Renegade se mostra competente para o dia a dia. A posição de dirigir elevada dá sensação de segurança e domínio do trânsito. A visibilidade também é boa, com espelhos grandes e posição de assento bem ajustável.
Conectividade e tecnologia
O sistema multimídia da Jeep tem funcionamento rápido e interface intuitiva. Com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, ele dispensa o uso de cabos e permite acesso rápido a mapas, música e chamadas. O quadro de instrumentos com tela de 7” também entrega informações úteis e configuráveis, facilitando o controle de consumo, velocidade média, autonomia e outros dados.
A ausência de sensor de ponto cego ou piloto automático adaptativo pode incomodar alguns consumidores mais exigentes, mas são recursos geralmente reservados às versões topo de linha.
Vale o que custa?
Com o valor partindo de R$ 152.990, o Jeep Renegade Sport Altitude T270 2026 se posiciona acima dos concorrentes com motores 1.0 turbo, e isso é justificável pelo desempenho superior. O visual continua sendo um diferencial, e o pacote de equipamentos, embora não seja o mais completo do segmento, é coerente com o que se espera de um SUV nessa faixa de preço.
Rivais como VW T-Cross, Hyundai Creta, Chevrolet Tracker e até o Chery Tiggo 5X oferecem propostas parecidas, mas com motores menores e, em muitos casos, menos robustez mecânica.
Se o seu foco é desempenho, estilo e um SUV com sensação de carro “mais encorpado”, o Renegade ainda tem fôlego. Mas é bom lembrar: ele já está no fim do ciclo, e uma nova geração foi confirmada para 2027.

Pontos fortes:
- Motor 1.3 turbo com excelente desempenho
- Visual robusto e exclusivo
- Segurança e tecnologia bem equilibrados
- Conforto na condução urbana e estabilidade em rodovia
Pontos fracos:
- Porta-malas pequeno
- Consumo apenas mediano
- Espaço traseiro limitado
- Falta de algumas tecnologias mais modernas
