Esses 5 carros vão nascer com “DNA brasileiro” em 2025 – o 3º da lista vai te surpreender
Enquanto a diversidade cultural do Brasil já foi até usada de forma polêmica para ocultar identidades — como revelado por reportagens internacionais que citam o uso de passaportes brasileiros por espiões — agora é a indústria automotiva que faz bom uso desse “passaporte”. Em 2025, cinco modelos de carros vão, oficialmente e com total legalidade, receber um passaporte brasileiro, ou seja: serão produzidos em fábricas instaladas no país.
Esse movimento de nacionalização da produção traz uma série de vantagens: isenção ou redução de impostos, geração de empregos locais, maior controle sobre a distribuição e até preços mais competitivos. As montadoras já perceberam que, se quiserem ganhar terreno no mercado brasileiro, precisam “falar português” — e de preferência com sotaque local.
A seguir, conheça os cinco modelos que passam a ser oficialmente “brasileiros” em 2025. E fique atento: alguns deles podem mudar o jogo no mercado nacional de SUVs e elétricos.
Guia do Conteúdo
1. GWM Haval H6: o SUV chinês que caiu no gosto do brasileiro
A Great Wall Motors (GWM) foi uma das primeiras fabricantes chinesas da nova geração a anunciar investimentos pesados no Brasil. Em 2021, a empresa surpreendeu o setor ao adquirir a fábrica da Mercedes-Benz em Iracemápolis, interior de São Paulo — uma planta moderna, mas subutilizada pela marca alemã.

A princípio, o plano era nacionalizar a produção da Poer, sua caminhonete robusta. No entanto, mudanças nas regras tributárias que voltaram a taxar veículos híbridos e elétricos importados alteraram a estratégia. A prioridade passou a ser o Haval H6, SUV médio que combina design futurista, tecnologia embarcada e motorização eletrificada.
Atualmente oferecido em três versões no Brasil — híbrida tradicional e híbridas plug-in com diferentes níveis de autonomia — o H6 já tem um público fiel. A nacionalização deve ampliar esse alcance, inclusive com a introdução de uma versão flex, específica para o consumidor brasileiro.
Com a produção local, a expectativa é que o modelo fique mais acessível e ganhe ainda mais competitividade frente a rivais como Jeep Compass, Toyota Corolla Cross e o futuro VW Tarek.
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2. BYD Dolphin Mini: o elétrico popular que pode ficar ainda mais barato
A BYD (Build Your Dreams), gigante chinesa do setor automotivo e energético, já possui presença industrial no Brasil há mais de uma década, mas até então se limitava à fabricação de painéis solares e chassis de ônibus.

Com a compra da antiga fábrica da Ford em Camaçari (BA), a marca finalmente ingressa de vez no território dos carros de passeio. E o primeiro modelo a sair da linha de produção será um velho conhecido dos brasileiros: o Dolphin Mini.
Esse hatch 100% elétrico é o modelo mais vendido do segmento no Brasil atualmente, graças ao seu preço competitivo e conjunto moderno. Com motor de 75 cv, autonomia de até 280 km e visual simpático, ele conquistou o público urbano que busca uma solução elétrica acessível.
A produção local permitirá que o modelo escape das recentes altas de impostos sobre veículos importados e, melhor ainda, pode baixar ainda mais o preço de venda. Isso fortalece a posição da BYD como a principal marca elétrica no país — e abre caminho para a fabricação de outros modelos no futuro, como o Dolphin “convencional” e o SUV Yuan Plus.
3. Jeep Avenger: o “mini Renegade” com sotaque fluminense
A Jeep, marca que pertence ao grupo Stellantis, quer repetir o sucesso do Renegade e do Compass com um novo SUV compacto: o Avenger. Menor que o Renegade e com proposta mais urbana, ele chega para disputar espaço com modelos como Fiat Pulse, Renault Kardian e o próprio Citroën C3 Aircross.

Mas o Avenger traz um diferencial importante: será produzido no Brasil. A montagem acontecerá na fábrica de Porto Real (RJ), que até então fabricava apenas modelos da Citroën. Essa planta, inclusive, é a única no Brasil capaz de montar veículos da plataforma CMP, a mesma usada pelo Avenger na Europa.
Na prática, isso reduz custos, facilita a logística de produção e viabiliza uma oferta mais competitiva. O Jeep Avenger ainda não teve todas as especificações confirmadas para o Brasil, mas na Europa ele já é vendido com motorização elétrica e a combustão.
Por aqui, tudo indica que chegará inicialmente com motor 1.0 turbo flex, o mesmo utilizado nos modelos da Stellantis como o Fiat Pulse Abarth e o Peugeot 208 Turbo.
4. Honda WR-V: o retorno com identidade própria
O nome WR-V já é conhecido do público brasileiro, mas o modelo que retorna ao mercado em 2025 será completamente novo. A primeira geração era, basicamente, um Honda Fit com suspensão elevada e visual aventureiro. Agora, o novo WR-V será um SUV de verdade, com carroceria exclusiva e design inspirado nos padrões globais da marca.

A produção será feita na planta da Honda em Itirapina (SP), que já responde por outros modelos da marca. O novo WR-V terá o mesmo motor 1.5 aspirado flex usado no City, com câmbio CVT e potência de cerca de 126 cv. Duas versões estão previstas para o lançamento inicial, mirando o público que busca um SUV acessível e funcional.
Com porte semelhante ao do HR-V, o novo WR-V será mais simples em acabamento e equipamentos, o que o posiciona entre os compactos de entrada. A proposta é clara: recuperar o espaço deixado pelo Fit e enfrentar diretamente modelos como Hyundai HB20X, Chevrolet Tracker e Renault Kardian.
5. Toyota Yaris Cross: o híbrido flex que pode popularizar o segmento
Fechando a lista, temos a Toyota — marca que dispensa apresentações e que já se consolidou como referência em carros híbridos no Brasil com o Corolla e o Corolla Cross.

Em 2025, a montadora japonesa nacionaliza mais um modelo eletrificado: o Yaris Cross. Produzido na fábrica de Sorocaba (SP), ele estreia por aqui com um conjunto híbrido flex semelhante ao do Corolla, mas com motor 1.5 ao invés do 1.8. Isso significa um SUV compacto mais econômico e acessível, sem abrir mão da confiabilidade.
O Yaris Cross será um novo pilar da marca no Brasil, mirando um público que ainda vê os híbridos como caros demais. A expectativa é que o preço fique abaixo de R$ 140 mil, tornando-o uma opção direta a SUVs como Fiat Pulse, Volkswagen T-Cross e Hyundai Creta.
Além disso, a produção nacional reforça o compromisso da Toyota com a sustentabilidade e o mercado local, reduzindo a dependência de importações e fortalecendo sua rede de fornecedores no país.
Produção nacional: o que muda para o consumidor?
Quando um carro começa a ser produzido no Brasil, diversos impactos positivos são sentidos:
- Redução de preços: A nacionalização corta custos logísticos e impostos de importação.
- Mais peças e suporte técnico: A reposição de componentes fica mais fácil e rápida.
- Acesso ao carro com menor tempo de espera: Os prazos de entrega reduzem.
- Possibilidade de personalização local: Versões e motorizações exclusivas para o mercado brasileiro.
Além disso, a produção local gera empregos diretos e indiretos, fortalece a cadeia automotiva nacional e aumenta a competitividade entre marcas — o que costuma beneficiar o consumidor final com mais opções e melhores preços.
Um novo ciclo da indústria nacional
Com essas cinco novidades em 2025, o Brasil volta a se destacar como polo estratégico de produção automotiva. As marcas não estão apenas montando carros aqui: estão adaptando modelos globais ao gosto e às necessidades do público brasileiro.
GWM, BYD, Jeep, Honda e Toyota mostram que ainda vale a pena investir na fabricação local — especialmente em tempos de novas regulamentações sobre emissões, eletrificação e incentivos fiscais.
A era dos “carros com passaporte brasileiro” está só começando, e os próximos anos prometem trazer ainda mais modelos com identidade nacional.
