BYD Dolphin Mini quebra recorde global de 1 milhão de vendas em 2 anos!
O setor automotivo testemunha, mais uma vez, uma revolução liderada pela China. Em apenas 25 meses de mercado, o compacto elétrico Dolphin Mini, da gigante BYD, superou a impressionante marca de 1 milhão de unidades vendidas globalmente.
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O anúncio, feito no início de junho durante o lançamento do novo sedã elétrico da marca, o Seal 06, veio para reforçar a estratégia ousada da fabricante de expandir sua liderança não só na Ásia, mas também em mercados ocidentais — incluindo o Brasil.

Guia do Conteúdo
A fórmula do sucesso: como o Dolphin Mini dominou a China
Quando a BYD lançou o Dolphin Mini, em abril de 2023, o objetivo era claro: criar um carro elétrico de entrada que fosse, ao mesmo tempo, acessível, eficiente e desejável. Para isso, a montadora apostou em um design moderno e simpático, aliado a uma engenharia focada no uso urbano. Com pouco menos de 3,80 metros de comprimento, o modelo é fácil de manobrar, cabe em qualquer vaga e tem bom espaço interno para um carro da sua categoria.
Mas não foi apenas o tamanho que chamou atenção. A grande sacada da BYD foi oferecer o Dolphin Mini com duas opções de bateria do tipo Blade LFP: uma de 30,1 kWh, com autonomia de até 305 km, e outra de 38,9 kWh, que alcança 405 km no ciclo chinês CLTC. Mesmo com um motor modesto de 55 kW (75 cv), o desempenho urbano do carro é mais que suficiente para atender às demandas diárias — e, o mais importante, com um custo de operação baixíssimo.
Tecnologia acessível: um pacote surpreendente por um preço justo
Além do preço competitivo, o Dolphin Mini surpreende pela tecnologia embarcada. A versão 2025 do modelo na China passou a contar com o sistema de condução semiautônoma “God’s Eye”, equipado com chip Nvidia Orin — e o melhor: sem custo adicional. Esse pacote inclui recursos como frenagem automática de emergência, assistente de permanência em faixa e controle adaptativo de velocidade, itens raros em carros tão baratos.
Essas adições reforçaram ainda mais o apelo do Dolphin Mini, sobretudo entre os jovens e motoristas urbanos que buscam tecnologia, mas não estão dispostos a pagar caro por ela. Para muitos consumidores, ele se tornou o primeiro carro da vida — e, para outros, a porta de entrada definitiva para o universo dos elétricos.
Expansão global: de Seagull a Dolphin Mini e Surf
Para conquistar o mundo, a BYD precisou fazer algumas adaptações. Enquanto na China o modelo é chamado de Seagull, nos mercados internacionais ele foi batizado como Dolphin Mini — e, em algumas regiões da Europa, como Dolphin Surf. Essas versões trazem algumas diferenças em relação ao modelo original.
Na Europa Continental e no Reino Unido, por exemplo, o Dolphin Surf é ligeiramente maior, mais potente e com autonomia superior. A versão Boost, uma das mais completas, pode alcançar até 507 km no ciclo WLTP — um dos maiores alcances da categoria. Os preços por lá começam em 18.650 libras (cerca de R$ 137 mil), o que ainda o posiciona como um dos modelos elétricos mais acessíveis do Velho Continente.

O impacto no Brasil: líder entre os elétricos em tempo recorde
No Brasil, o Dolphin Mini chegou oficialmente em 2024 e, em pouco tempo, se tornou um verdadeiro sucesso de vendas. Mesmo custando cerca de R$ 125 mil por aqui — devido a impostos, frete e adaptações para o mercado nacional —, o modelo caiu no gosto do público por aliar economia, praticidade e estilo.
Segundo dados da Fenabrave, em maio de 2025, o Dolphin Mini ficou em 13º lugar no ranking geral de vendas no varejo, com 2.444 unidades emplacadas. Isso o coloca lado a lado com o Hyundai HB20, um dos modelos mais vendidos do Brasil há anos. Mais do que isso: o elétrico chinês se tornou o carro 100% elétrico mais vendido do país, superando concorrentes como o Renault Kwid E-Tech, o GWM Ora 03 e até modelos híbridos como o Corolla Cross.
O que o Dolphin Mini ensina sobre o futuro da mobilidade
Mais do que um caso de sucesso pontual, o Dolphin Mini representa uma virada de chave no setor automotivo. Pela primeira vez, um carro elétrico de verdade — com boa autonomia, tecnologia de ponta e visual moderno — alcança um volume de vendas comparável ao de carros populares a combustão. E isso em tempo recorde.
A combinação de baixo custo de produção, engenharia inteligente e escala global permitiu à BYD fazer o que muitas montadoras tradicionais ainda não conseguiram: tornar o carro elétrico acessível para as massas. E o resultado está aí: 1 milhão de unidades vendidas em apenas 25 meses.
Para onde vai a BYD a partir daqui?
O sucesso do Dolphin Mini é apenas uma peça do quebra-cabeça da BYD. A marca já é a maior fabricante de veículos elétricos do mundo em volume, superando até a Tesla em vendas totais nos últimos trimestres. E seu portfólio só cresce: modelos como o BYD Han, Tang, Song Plus e o novíssimo Seal 06 mostram que a montadora está disposta a competir em todos os segmentos — dos compactos aos sedãs premium.
Com a ampliação de fábricas no Brasil e novos investimentos na América Latina, a expectativa é de que os preços fiquem ainda mais competitivos nos próximos anos. A marca também deve lançar novas versões do Dolphin Mini, incluindo uma opção com maior alcance e, possivelmente, versões com mais potência voltadas ao público jovem.
Enquanto isso, o mercado observa com atenção. O que antes parecia uma promessa distante — carros elétricos acessíveis e populares — está se tornando realidade, e a BYD está na dianteira desse movimento.
Um marco que pode mudar tudo
O BYD Dolphin Mini não é apenas um sucesso de vendas. Ele é um marco na história recente da indústria automotiva. Em um mundo cada vez mais atento à sustentabilidade, à economia de energia e ao custo de vida nas grandes cidades, o modelo simboliza uma nova forma de pensar o automóvel: mais leve, mais limpo, mais acessível e muito mais eficiente.

Para os consumidores, ele representa uma chance concreta de entrar no universo dos elétricos sem precisar desembolsar fortunas. Para as concorrentes, é um alerta claro: o futuro chegou — e veio da China.
Se o ritmo de crescimento continuar, é provável que vejamos outros modelos da BYD repetindo o sucesso do Dolphin Mini em diferentes categorias. Mas, por ora, o subcompacto urbano segue como o protagonista absoluto de uma história que está longe de terminar.
