Nissan Kicks usado: os defeitos que mais preocupam os compradores
Antes de decidir pela compra de um SUV compacto, muitos consumidores acabam olhando para o Nissan Kicks, modelo que conquistou espaço desde 2016 no Brasil.
O carro ganhou pontos pelo design moderno, pelo baixo consumo de combustível e por oferecer bom espaço interno. Porém, a primeira geração também acumula uma lista de problemas que geraram insatisfação entre proprietários e críticas em plataformas como o Reclame Aqui.
Se você está cogitando comprar o Kicks usado, é essencial conhecer os principais relatos de falhas, que vão desde questões de segurança até problemas de durabilidade.
Guia do Conteúdo
Eixo traseiro
Casos de trinca e até quebra do eixo traseiro também marcaram a trajetória da primeira geração do Kicks. Apesar de não serem extremamente frequentes, esses episódios tiveram grande repercussão nas redes sociais e geraram uma imagem negativa em relação à durabilidade do SUV.
Os proprietários que enfrentaram o problema relataram gastos altos com reparos e, em alguns casos, dificuldades para conseguir cobertura pela garantia. O episódio reforçou a percepção de que o projeto apresentava fragilidades estruturais.

Ar-condicionado
O ar-condicionado também é motivo de insatisfação. Vazamentos na caixa evaporadora, perda de gás e necessidade de recargas constantes apareceram em diferentes relatos de proprietários.
O detalhe que chama atenção é que mesmo em modelos mais recentes da primeira geração, os defeitos continuaram sendo registrados.
Esse tipo de falha, embora não comprometa a segurança, afeta o conforto e gera despesas recorrentes. Além disso, as peças do sistema de climatização não estão entre as mais baratas, o que aumenta a preocupação com os custos de manutenção.
Direção ruidosa
Outro ponto crítico está na caixa de direção. Há registros de ruídos estranhos e até trepidações no volante em veículos com baixa quilometragem.
Embora seja menos comum que os defeitos no ABS, esse problema gera desconforto e insegurança, pois afeta diretamente a dirigibilidade.
Para quem está de olho em um Kicks usado, a recomendação é fazer um test-drive detalhado, prestando atenção a ruídos no volante, especialmente em pisos irregulares. Isso ajuda a identificar possíveis desgastes antes de assinar o contrato de compra.
Alternador e motor
Outro ponto levantado por alguns motoristas envolve o alternador e o próprio motor. Casos de superaquecimento foram relatados, e em situações mais graves houve até fundição prematura do bloco.
As falhas elétricas que levam a esse tipo de problema podem ter diferentes origens, mas o custo de reparo costuma ser elevado.
Para quem pretende investir em um Kicks usado, é fundamental verificar registros de troca do alternador e avaliar o histórico de revisões.
Freios ABS
Um dos pontos mais comentados pelos motoristas foi o sistema ABS. Vários donos relataram falhas nos freios e alertas no painel que indicavam defeito. Além disso, o custo elevado dos reparos se tornou um fator de reclamação constante.
Muitos questionaram a ausência de recall, já que o problema pode comprometer a segurança. Em fóruns automotivos, o tema gerou longas discussões, chegando até a processos judiciais movidos contra a fabricante.
A preocupação com os freios é compreensível, já que falhas no ABS reduzem a eficiência em situações de emergência. Por isso, potenciais compradores devem verificar o histórico de manutenção antes de fechar negócio.
Manutenção cara
Mesmo defeitos mais simples acabam custando caro no Kicks. Um exemplo relatado é a substituição de uma grelha de saída do ar-condicionado, que chegou a custar quase R$ 1.000 em concessionária. Isso mostra que, além dos problemas recorrentes, o custo das peças originais pode pesar no bolso do proprietário.
Quem considera o SUV precisa colocar na ponta do lápis não apenas o valor de compra, mas também as despesas futuras de manutenção e eventuais reparos.
Relatos recentes
Apesar de a primeira geração já estar há anos no mercado, ainda em 2024 e 2025 surgiram reclamações de proprietários sobre falhas pontuais.
Não se trata de uma onda de problemas como no início, mas os registros mostram que o histórico de defeitos ainda acompanha o modelo no mercado de usados.
Isso reforça a importância de uma vistoria completa antes da compra, preferencialmente em oficinas de confiança ou até mesmo em concessionária.
Nova geração
A Nissan buscou corrigir essa imagem com a nova geração do Kicks, que passou a adotar a plataforma CMF. Essa base traz avanços em rigidez estrutural e promete reduzir os riscos de falhas mecânicas e de durabilidade.
O novo modelo também recebeu reforços tecnológicos e melhorias na qualidade de construção, o que tende a atrair consumidores que desejam mais confiança mecânica.
Vale a pena?
O Nissan Kicks de primeira geração ainda aparece como uma opção interessante pelo custo-benefício, sobretudo em versões mais acessíveis e em programas de isenção para PCD. No entanto, os relatos de falhas não podem ser ignorados. Quem optar pelo modelo precisa avaliar cuidadosamente o histórico de manutenção e preparar uma reserva para eventuais reparos.
Já para quem busca tranquilidade e menor risco de dor de cabeça, a nova geração se mostra mais indicada. A evolução da plataforma e as melhorias estruturais oferecem maior segurança e confiabilidade.
Conclusão
O Kicks de primeira geração deixou uma boa impressão em design, espaço e consumo, mas carregou problemas mecânicos e estruturais que afetaram sua reputação. Para os interessados em adquirir o SUV usado, a chave é a cautela: pesquisar bem, revisar documentos e realizar vistorias técnicas antes de fechar negócio.
Já a nova geração surge como um passo à frente, com promessas de durabilidade superior e menor incidência de falhas. No fim das contas, a escolha depende do perfil do comprador e da disposição em assumir ou evitar o risco de conviver com os defeitos já conhecidos.
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