Ram Dakota surpreende e chega custando mais que Hilux e S10
A Stellantis decidiu apostar alto na chegada da Ram Dakota ao mercado brasileiro. Posicionada acima da Fiat Titano, a nova caminhonete chega em três versões e promete balançar o segmento das médias.
O preço inicial começa em R$ 294 mil na versão Big Horn, já a mais equipada parte de R$ 334 mil, reforçando sua proposta de veículo premium.
Essa faixa de valor coloca a Dakota acima de tradicionais rivais, como Toyota Hilux, Chevrolet S10 e Ford Ranger. Enquanto a japonesa tem preço de entrada em R$ 278.790, a S10 começa em R$ 276.990 e a Ranger em R$ 238.900. Já a Titano, sua “irmã de grupo”, vai de R$ 233.990 até R$ 285.990, criando uma diferença clara dentro da própria Stellantis.
Guia do Conteúdo
Estratégia da marca
Embora a Dakota seja mais cara que concorrentes em suas versões básicas, a estratégia da Stellantis não é disputar com essas opções de entrada.
A proposta da marca é oferecer um modelo que dialogue com clientes interessados em caminhonetes médias sofisticadas, bem equipadas e voltadas para o uso urbano e rodoviário.
Nesse sentido, a Titano segue sendo a representante do trabalho pesado, enquanto a Dakota assume a posição de veículo com perfil mais refinado, ideal para quem busca tecnologia, conforto e status sem abrir mão da robustez. A Stellantis deixa claro que pretende ocupar diferentes nichos dentro do segmento de picapes.
Versão intermediária
Além da Big Horn de entrada, a linha trará também a versão Laramie, que deve custar em torno de R$ 315 mil. Essa opção surge como equilíbrio entre preço e equipamentos, mirando consumidores que desejam um modelo avançado, mas sem pagar pelo topo de linha.
Existe ainda a possibilidade de uma versão R/T equipada com motor 2.0 turbo a gasolina, ampliando a gama para atrair diferentes perfis de clientes. No entanto, no primeiro momento, todas as variantes confirmadas serão movidas pelo mesmo conjunto a diesel.
Topo de linha
A versão mais cara será a Limited, tabelada em aproximadamente R$ 334 mil. Esse modelo traz um pacote mais completo de tecnologia, acabamento e itens de conforto, posicionando-se como a alternativa premium da gama.
Mesmo nesse patamar, a Dakota consegue ser mais barata que algumas rivais em seus topos de linha. A Toyota Hilux SRX Plus, por exemplo, custa R$ 353.290, a Ford Ranger Limited V6 chega a R$ 346.600 e a Chevrolet S10 High Country fica em R$ 339.190. A diferença, embora pequena, reforça o objetivo da Stellantis de competir diretamente no segmento de maior valor agregado.
Motorização
O motor escolhido para a Ram Dakota no Brasil é o mesmo utilizado pela Fiat Titano 2026: um 2.2 turbo diesel de quatro cilindros. Ele entrega 200 cv de potência e 45,9 kgfm de torque, garantindo desempenho consistente tanto no asfalto quanto fora dele.
O câmbio automático de oito marchas é exclusivo, diferente da transmissão usada na Ram Rampage. Além disso, todas as versões virão com tração 4×4 de série, evidenciando o caráter robusto da caminhonete.
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A Stellantis descartou de vez opções com câmbio manual ou tração 4×2 para o modelo, reforçando seu perfil sofisticado.
Comparativo com rivais
O grande diferencial da Dakota está no posicionamento. Enquanto as concorrentes oferecem preços mais baixos nas versões de entrada, esses valores só são alcançados porque contam com modelos mais simples e, muitas vezes, com câmbio manual. Já a Dakota chega direto para disputar espaço das versões intermediárias para cima.
Essa estratégia coloca a caminhonete da Ram em uma categoria própria dentro do mercado, mirando consumidores que buscam um produto mais refinado, sem se preocupar em pagar a mais por um pacote de conforto, desempenho e estilo.
Público-alvo
A Ram Dakota chega para atrair compradores que desejam exclusividade dentro do segmento de picapes médias. Com preços que começam mais altos, mas se tornam competitivos nas versões mais completas, o modelo se coloca como alternativa diferenciada frente a Hilux, S10 e Ranger.
O público-alvo são consumidores que buscam uma caminhonete com postura de veículo premium, mas sem abrir mão da tradição de robustez da marca Ram.
A ideia é criar um elo entre desempenho, design moderno e status, entregando uma opção mais sofisticada no segmento.
Expectativas
A chegada da Dakota promete movimentar o mercado brasileiro de caminhonetes. Sua estratégia de atuar em faixas de preço mais altas deve gerar curiosidade entre os compradores e pressionar rivais a revisarem suas ofertas de equipamentos.
Com o peso da marca Ram e o apoio da Stellantis, o modelo tem potencial para conquistar espaço rapidamente entre os consumidores que já estão acostumados a pagar mais caro por diferenciais de tecnologia, segurança e conforto em suas caminhonetes.
A Ram Dakota representa um passo ousado da Stellantis no Brasil, trazendo uma picape média que foge do lugar-comum e se posiciona entre as mais sofisticadas do segmento. Com isso, promete ser uma das novidades mais comentadas do mercado automotivo nos próximos meses.
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