Fiat Strada 2026 mais cara: ainda vale a pena comprar?
A Fiat Strada 2026 chega sem mudanças, mas com preços mais altos, deixando dúvidas sobre se ainda vale a pena.
A Fiat Strada sempre foi referência entre as picapes compactas no Brasil. Desde seu lançamento em 1998, o modelo conquistou tanto trabalhadores autônomos quanto famílias que buscavam versatilidade em um veículo robusto e ao mesmo tempo prático para o dia a dia.
Essa estratégia levanta uma questão inevitável: será que ainda vale a pena investir na Strada, mesmo sem novidades significativas? O consumidor precisa avaliar não apenas o histórico de sucesso do modelo, mas também o impacto dos aumentos no bolso e as alternativas oferecidas pela concorrência.
Guia do Conteúdo
Preço atual
Os valores da Strada 2026 chamam atenção porque, pela primeira vez, a picape compacta beira os R$ 150 mil em suas versões topo de linha.
O modelo de entrada, Endurance Cabine Simples 1.3 manual, parte de R$ 111.990, enquanto as opções Ranch e Ultra, ambas com motor 1.0 turbo e câmbio automático, chegam a R$ 149.990.

Com isso, a Strada passa a disputar espaço em faixas de preço onde já existem picapes médias seminovas e até SUVs maiores. Isso pode fazer alguns consumidores repensarem a compra, especialmente quem procura maior espaço interno ou um veículo mais sofisticado em conectividade e conforto.
Equipamentos
A lista de equipamentos da Strada continua a mesma da linha anterior. Entre os itens básicos estão direção elétrica, ar-condicionado, computador de bordo, volante com regulagem de altura e assistente de partida em rampa.
A caçamba conta com protetor, iluminação e ganchos de amarração, pontos valorizados por quem usa o veículo para o trabalho.
Nas versões mais caras, aparecem detalhes como central multimídia com tela sensível ao toque, câmera de ré e rodas de liga leve.
Mesmo assim, quando comparada a rivais como Chevrolet Montana e Renault Oroch, a Strada mostra um pacote mais simples, especialmente no que diz respeito à conectividade e assistentes de condução.
Desempenho
O desempenho das versões de entrada é modesto, mas suficiente para o público que prioriza economia e robustez. O motor 1.3 flex aspirado entrega até 109 cv com etanol e é associado ao câmbio manual de cinco marchas, que garante simplicidade na manutenção e consumo relativamente baixo.
Já nas versões Ranch e Ultra, o motor 1.0 turbo flex eleva a potência para 130 cv e melhora significativamente as retomadas e a dirigibilidade em estrada.
Com câmbio CVT, o conjunto garante mais conforto no uso urbano, embora não tenha perfil esportivo. Ainda assim, é um avanço para quem busca uma picape mais versátil.
Consumo
O consumo é um dos pontos que ajudam a Strada a permanecer no topo de vendas. As versões 1.3 aspiradas conseguem médias próximas de 12 km/l na estrada com gasolina e cerca de 9 km/l com etanol.
Já as 1.0 turbo são ainda mais eficientes, chegando a 13 km/l na estrada e aproximadamente 10 km/l na cidade com gasolina.
Essa eficiência é um diferencial diante de rivais que, embora ofereçam mais potência, acabam consumindo mais combustível. Para frotistas e pequenos empresários, essa economia faz grande diferença no custo operacional.
Conforto
No quesito conforto, a Strada ainda apresenta limitações. As versões cabine simples são voltadas para o trabalho, com interior mais espartano. Já as versões cabine dupla oferecem espaço para cinco ocupantes, mas o banco traseiro ainda é apertado para adultos em viagens longas.
O acerto de suspensão prioriza a robustez e a capacidade de carga, o que significa um rodar mais firme e menos confortável em pisos irregulares. Mesmo assim, a evolução em relação às gerações antigas é notável, com direção mais leve e melhor isolamento acústico.
Concorrência
A principal rival da Strada hoje é a Chevrolet Montana, que aposta em design moderno, central multimídia avançada e maior ênfase em conectividade. Já a Renault Oroch busca atrair clientes pelo espaço interno e pela robustez em uso misto. Ambas oferecem pacotes interessantes, mas ainda ficam atrás da Strada em volume de vendas.
No entanto, a escalada de preços da Fiat pode abrir espaço para que essas concorrentes ganhem relevância. O consumidor que busca tecnologia embarcada ou conforto para a família pode se sentir mais atraído pela Montana, enquanto quem precisa de mais espaço talvez prefira a Oroch.
Manutenção
A manutenção é um dos pontos fortes da Strada. A rede de concessionárias Fiat é ampla no Brasil, e o modelo utiliza motores e componentes já consolidados, o que facilita encontrar peças a preços competitivos. Isso é um diferencial para quem depende do carro no trabalho, reduzindo riscos de paradas longas e custos elevados.
Os intervalos de revisão seguem a média do mercado, e os valores cobrados pela marca são considerados acessíveis quando comparados a picapes maiores. Isso reforça a ideia de que a Strada continua sendo uma escolha racional para uso diário e comercial.
Revenda
A revenda é outro aspecto positivo. A Fiat Strada possui uma das menores desvalorizações do mercado, graças à alta procura e à liquidez garantida pelo histórico de sucesso.
Modelos com poucos anos de uso são facilmente revendidos, muitas vezes mantendo preços competitivos frente a novos aumentos de tabela.
Vale a pena?
Responder se a Fiat Strada 2026 ainda vale a pena depende do perfil do comprador. Para quem busca uma picape compacta confiável, econômica e com grande aceitação no mercado, a resposta é sim.
O modelo continua entregando robustez, baixo custo de manutenção e liquidez na revenda, atributos que justificam a liderança em vendas.
Por outro lado, para quem prioriza espaço interno, conectividade ou deseja evitar pagar valores próximos de R$ 150 mil em uma picape compacta, talvez seja melhor avaliar alternativas.
A Chevrolet Montana e a Renault Oroch oferecem pacotes interessantes, e até SUVs maiores podem ser opções na mesma faixa de preço.
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