Metanol na gasolina: veja como idenficar golpe do combustivel adulterado

O metanol voltou a ser usado como golpe em postos de combustível de todo o Brasil, colocando em risco a integridade de veículos e o bolso dos motoristas. Essa substância altamente tóxica é adicionada de forma ilegal à gasolina, oferecendo lucro rápido para postos desonestos, mas com consequências graves para os proprietários de carros.

O problema não é novo. Já existem registros de operações policiais que desmontaram esquemas de adulteração com metanol, mas a prática ressurgiu e precisa ser encarada com seriedade por quem abastece. Ignorar os sinais pode transformar um pequeno engasgo do motor em um prejuízo financeiro significativo.

Pessoa segurando uma pistola verde de uma bomba de gasolina.
Foto: Pessoa segurando uma pistola verde de uma bomba de gasolina.

Danos ao motor

Quando a gasolina é adulterada com metanol, os efeitos no motor aparecem rapidamente. O carro pode começar a falhar, engasgar ou perder desempenho. Isso acontece porque o metanol ataca componentes essenciais, como velas, bicos injetores, filtros e sensores, comprometendo o funcionamento do motor e aumentando o risco de danos permanentes.

Em muitos casos, os problemas não aparecem imediatamente. A mistura pode danificar o motor de forma silenciosa, causando acúmulo de resíduos de carbono. Esse tipo de dano exige intervenções complexas, que vão desde a limpeza de componentes até a retífica ou substituição de peças caras, elevando o prejuízo total.

Sinais de alerta

Os motoristas precisam ficar atentos a sinais que indicam a presença de combustível adulterado. Falhas no motor, perda de potência, ruídos incomuns ou aumento no consumo são indícios claros de que algo está errado. Quanto mais rápido o problema for identificado, menores serão os danos e os custos de reparo.

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Em situações leves, quando o carro apresenta apenas pequenas falhas, é possível reduzir o impacto da adulteração completando o tanque com combustível de qualidade. A diluição ajuda a minimizar os efeitos do metanol, mas não elimina totalmente o risco.

Ações imediatas

Se houver suspeita de abastecimento com gasolina adulterada, a reação deve ser rápida. Rogério Gonçalves, diretor da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), recomenda algumas medidas essenciais.

O primeiro passo é registrar uma denúncia na distribuidora do posto e, principalmente, na Agência Nacional do Petróleo (ANP). Essas ações ajudam a rastrear o problema e a responsabilizar os envolvidos. Em casos mais graves, quando o carro perde força, é fundamental levar o veículo imediatamente a um mecânico de confiança para esvaziar o tanque e avaliar os danos.

Outro ponto importante é guardar uma amostra do combustível contaminado. Essa prova pode ser usada em processos legais e facilita a comprovação da adulteração.

Prejuízos financeiros

O impacto financeiro da adulteração por metanol pode variar, mas sempre é significativo. Em carros populares, como um Fiat Palio 1.0, a troca de velas pode custar cerca de R$ 50. Já a substituição de bicos injetores em um Hyundai HB20 1.0 pode chegar a R$ 400.

Em veículos de categoria premium, os custos aumentam ainda mais. Um BMW 320i, por exemplo, pode ter um prejuízo superior a R$ 850 apenas com a troca das velas. Casos extremos de adulteração podem levar a danos que exigem retífica ou até a substituição completa do motor, elevando os custos a dezenas de milhares de reais.

Como se proteger

A prevenção é a melhor estratégia contra o golpe do metanol. Evite abastecer em postos sem bandeira ou de procedência duvidosa e desconfie de preços muito abaixo da média. A atenção na hora de escolher onde abastecer é fundamental para manter o carro em boas condições e evitar prejuízos.

Além disso, observe sinais do motor após abastecer. Qualquer falha inesperada deve ser investigada rapidamente. Postos confiáveis sempre oferecem combustíveis certificados e seguem padrões de qualidade que protegem o veículo.

Denúncia é essencial

Registrar denúncias não só ajuda a proteger seu próprio carro, mas também contribui para evitar que outros motoristas sejam vítimas do mesmo golpe. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a polícia têm mecanismos para investigar e punir os responsáveis pela adulteração.

Portanto, se houver suspeita de metanol na gasolina, documente tudo: guarde comprovantes, colete amostras e acione imediatamente as autoridades competentes. Essas ações podem reduzir danos e gerar consequências legais para os postos desonestos.

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Redator online do Agora Motor, antes mesmo de concluir o ensino médio e fazer a carteira, Gabriel já está envolvido no universo automotivo. Produz conteúdos informativos e relevantes, com foco em lançamentos, notícias e tudo que movimenta o setor. Interessado em aprender e crescer na área, acompanha de perto as tendências do mercado e busca tornar a informação acessível a todos os leitores.
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