Qual carro desvaloriza mais rápido? Elétrico ou a combustão
Os carros elétricos estão desvalorizando mais rápido que os modelos a combustão no Brasil. De acordo com o Índice Webmotors de setembro de 2025, os elétricos zero quilômetro tiveram queda média de -0,492%, enquanto os a combustão recuaram apenas -0,150%.
Entre os usados, a diferença é ainda maior. Os elétricos registraram -0,818% de desvalorização, contra -0,477% dos modelos a gasolina ou flex. Isso mostra que, embora cresçam em popularidade, os elétricos ainda sofrem mais perda de valor no mercado.
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Por que isso acontece
O principal motivo é a rápida evolução tecnológica. Novos modelos com baterias mais modernas e maior autonomia são lançados constantemente, o que torna versões anteriores menos atrativas e reduz seu valor de revenda.
Além disso, o medo da desatualização tecnológica e o alto custo de manutenção da bateria pesam na decisão do comprador. Essa combinação faz os elétricos perderem valor mais depressa do que os carros tradicionais.
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Efeito dos preços novos
O aumento da concorrência, principalmente de marcas chinesas, vem forçando uma queda nos preços dos elétricos novos. Isso gera um efeito direto no valor dos usados, que passam a valer menos.
Outro fator é a variação nas políticas de importação e impostos, que muda o preço de fábrica e impacta toda a cadeia de revenda. O resultado é um mercado ainda instável e em fase de adaptação.

Bateria influencia muito
A bateria é o item mais caro de um carro elétrico e também o que mais preocupa o comprador. O desgaste natural ao longo do tempo e o custo alto de substituição afastam parte dos consumidores do mercado de usados.
Mesmo com garantias estendidas de algumas montadoras, a incerteza sobre a durabilidade da bateria continua sendo o principal fator de desvalorização dos elétricos no Brasil.
Híbridos ficam no meio
Os carros híbridos, que combinam motor elétrico e a combustão, mostram uma estabilidade maior. Em setembro, os híbridos novos desvalorizaram -0,149%, praticamente igual aos a combustão, enquanto os usados caíram -1,019%.
Por terem um motor tradicional que garante autonomia mesmo sem recarga, os híbridos geram mais confiança entre os compradores e perdem valor de forma mais equilibrada.
Mercado em transição
Segundo o CEO da Webmotors, Eduardo Jurcevic, essa diferença é comum em mercados que estão começando a adotar a eletrificação. Ele explica que, à medida que os preços dos elétricos se ajustam e a infraestrutura melhora, o ritmo de desvalorização deve diminuir.
Com o avanço das baterias e o crescimento da rede de recarga, a tendência é que o valor de revenda dos elétricos se aproxime do dos veículos a combustão.
O que esperar do futuro
Especialistas afirmam que os elétricos vão se valorizar mais à medida que o Brasil expande sua rede de recarga e a produção local cresce. O aumento da confiança do consumidor também deve ajudar a estabilizar o mercado.
Por outro lado, quem busca um carro elétrico usado pode encontrar boas oportunidades agora, já que muitos modelos recentes estão com preços reduzidos e pouca quilometragem.
Conclusão
Hoje, os carros elétricos desvalorizam mais rápido que os a combustão. O avanço tecnológico, os preços instáveis e as dúvidas sobre as baterias são as principais causas.
Com o amadurecimento do mercado e a popularização da tecnologia, essa diferença deve diminuir. Por enquanto, quem busca menor perda de valor encontra mais segurança nos carros a combustão.
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