O novo SUV da Renault pode mudar tudo em 2026; veja o que vem aí
A Renault inicia um dos movimentos mais ambiciosos de sua história recente no Brasil ao preparar a chegada de um SUV híbrido de porte maior, previsto para 2026. Após anos avaliando segmentos mais altos e buscando se distanciar da antiga associação exclusiva com modelos de entrada, a marca francesa decide consolidar um reposicionamento estratégico. A intenção é clara: competir com mais força entre os utilitários esportivos médios-grandes e oferecer uma experiência mais sofisticada.
Ao longo da última década, a Renault ensaiou trazer um SUV de maior porte ao país. O nome Koleos chegou a circular em eventos, inclusive sendo exposto no Salão do Automóvel de 2016, mas nunca avançou para as concessionárias brasileiras. Agora, com uma nova geração totalmente redesenhada, o cenário muda de maneira definitiva. A Renault aposta na parceria com a chinesa Geely para viabilizar o projeto e finalmente ocupar uma faixa de mercado que há muito tempo observava à distância.
Guia do Conteúdo
Plataforma premium
Um dos pontos mais relevantes do novo SUV da Renault é a adoção da plataforma CMA, desenvolvida pelo Grupo Geely e utilizada em modelos internacionais de alto padrão. Essa mesma base sustenta veículos como o Volvo XC40, o que posiciona o novo Renault em um patamar mais elevado de refinamento técnico. A escolha revela a intenção da marca de entregar um produto com nível de engenharia superior ao de seus utilitários mais populares, criando uma nova referência dentro da gama brasileira.
As dimensões reforçam essa proposta. O SUV da Renault mede 4,77 metros de comprimento, 1,89 m de largura, 1,69 m de altura e conta com entre eixos de 2,84 m. São números que o colocam acima do futuro Boreal, ampliando o espaço interno e aproximando o modelo de rivais de segmentos premium. O porta-malas de 545 litros demonstra o foco na praticidade, enquanto a configuração de cinco lugares privilegia o conforto dos ocupantes, sem a inclusão de uma terceira fileira que poderia comprometer o ambiente interno.

Conjunto híbrido
A mecânica híbrida escolhida pela Renault combina eficiência e desempenho. O modelo utiliza um motor 1.5 turbo a gasolina, com três cilindros e injeção direta, capaz de produzir 150 cv e 22,9 kgfm. Associam-se a ele dois motores elétricos: um atuando como gerador e outro responsável por tracionar o eixo traseiro. Este último entrega 136 cv, conferindo ao SUV da Renault não apenas economia, mas também força adicional em situações de demanda elevada.
A bateria de 1,64 kWh abastece o sistema elétrico, que trabalha com a transmissão DHT. Essa caixa prioriza a tração dianteira, mas pode acionar automaticamente o propulsor traseiro para formar tração integral quando o terreno exige. A Renault aposta nesse arranjo para oferecer versatilidade em diferentes tipos de condução. A integração dos componentes foi pensada para otimizar consumo e reduzir emissões, reforçando o alinhamento da marca com sua estratégia global de eletrificação.
Novo design
O design marca uma ruptura radical em relação aos antigos SUVs da Renault. A dianteira assume um visual mais futurista, destacando uma grande peça sem moldura repleta de elementos geométricos em formato de diamante. Ao centro, o novo logo da Renault aparece integrado à grade, enquanto os faróis horizontais se conectam por uma fina faixa de LED que atua como assinatura luminosa. É uma estética que reforça a nova identidade visual mundial da marca.
Nas laterais, o SUV adota linhas retas e limpas, abandonando volumes exagerados e priorizando proporções equilibradas. As rodas diamantadas de dois tons enfatizam o caráter refinado que a Renault deseja imprimir ao modelo. Na traseira, o conjunto óptico acompanha o tratamento moderno da carroceria, completando a proposta visual que coloca o SUV em sintonia com tendências globais de design automotivo.
Interior digital
A Renault investe fortemente na modernidade do interior, utilizando o sistema openR, já conhecido em alguns modelos europeus. Esse conjunto inclui duas telas de 12,3 polegadas, uma assumindo o papel de painel digital e outra responsável pela central multimídia. A disposição favorece ergonomia e fluxo visual, além de permitir atualizações remotas que mantêm o carro constantemente atualizado.
Em algumas configurações internacionais, o SUV da Renault recebe ainda uma terceira tela voltada ao passageiro dianteiro. Ela permanece invisível ao motorista, evitando distrações. Essa solução tecnológica reforça a intenção da Renault de aproximar o modelo de concorrentes de categorias superiores. A cabine foi projetada para transmitir sensação de amplitude, com acabamento mais elaborado e uso de materiais que refletem a nova fase da marca no país.
Confira também: Descontos gigantes no Tracker 2025 revelam queda das vendas do SUV
Foco no conforto
A Renault prepara o SUV com recursos de conforto que deixam clara a ambição do projeto. O modelo pode trazer teto panorâmico com abertura elétrica, bancos dianteiros com ventilação e aquecimento e até bancos traseiros aquecidos, algo ainda incomum no mercado brasileiro. A climatização foi pensada para oferecer conforto homogêneo em todas as posições, reforçando a experiência de viagem que a Renault quer proporcionar.
O SUV também oferecerá cinco modos de condução: Eco, Comfort, Sport, Snow e AI. Cada configuração altera respostas do conjunto híbrido e ajustes do sistema de direção, permitindo que o motorista personalize o comportamento de acordo com as condições da estrada. A Renault inclui ainda funcionalidades como controle por gestos, câmeras com visão periférica em tempo real e atualizações de software via internet, reforçando o pacote tecnológico.
Segurança ampliada
Na segunda fileira, a Renault mantém a atenção ao conforto com saídas de ventilação dedicadas, encostos reclináveis e portas USB-C. O espaço generoso é um dos diferenciais do SUV, pensado para acomodar adultos com liberdade de movimento. Em mercados estrangeiros, o modelo traz sete airbags de série e um extenso pacote de segurança ativa.
A Renault afirma que o SUV pode integrar até 29 sistemas ADAS, incluindo monitoramento de ponto cego, frenagem autônoma dianteira e traseira, assistente de permanência em faixa e controle de cruzeiro adaptativo. Esses recursos permitem condução semiautônoma de nível 2 em determinadas situações, colocando o modelo em um nível de proteção superior dentro de sua categoria.
Caminho à produção
O futuro do SUV da Renault no Brasil pode incluir produção nacional. A joint venture Renault Geely do Brasil anunciou, em novembro, um investimento de 3,8 bilhões de reais no Complexo Ayrton Senna, no Paraná. Esse aporte permitirá a fabricação da plataforma Geely GEA a partir de 2026, base para modelos híbridos e elétricos que ampliarão o portfólio nacional.
A Renault já confirmou que o primeiro produto dessa nova fase será o EX5 híbrido. Além disso, o investimento incluirá a renovação do Kwid, possivelmente incorporando o visual da versão elétrica E-Tech. A marca também lançará um novo veículo totalmente elétrico em 2027. Com a fábrica sendo preparada ao longo de 2025, a possibilidade de nacionalização do novo SUV da Renault se torna cada vez mais plausível.
Salão 2025
O Salão do Automóvel retorna após sete anos e promete movimentar a indústria. Marcado para 22 a 30 de novembro de 2025, no Distrito Anhembi, em São Paulo, o evento terá mais de 300 veículos expostos, áreas de test drive e cinco pavilhões climatizados. A Renault está entre as marcas confirmadas, ao lado de nomes como BYD, Jeep, Toyota, Hyundai e Fiat.
O evento funcionará das 12h às 21h nos dias úteis e das 10h às 21h nos finais de semana, consolidando-se novamente como o maior encontro automotivo da região. A Renault deve aproveitar o espaço para reforçar sua nova estratégia e ampliar expectativas sobre os lançamentos que estão por vir.
Fique atento às próximas atualizações em nosso site, onde acompanhamos cada avanço da Renault e as principais novidades do setor automotivo. Continue seguindo nossos conteúdos para não perder análises, lançamentos e tudo o que molda o futuro da mobilidade no Brasil.
