Nova Ram Dakota tem preços revelados e detalhe oculto surpreende o mercado
A volta da Dakota sempre foi motivo de expectativa entre os consumidores que viveram o auge das picapes da Dodge no Brasil entre o fim dos anos 1990 e o início dos anos 2000. Mesmo após sua saída de linha, o nome permaneceu com força no imaginário dos entusiastas. Agora, após duas décadas, a marca retorna ao segmento das médias com uma nova proposta e posicionamento, trazendo de volta um modelo que carrega nostalgia e modernização em uma mesma construção. A reestreia acontece com produção na Argentina e um conjunto que promete disputar espaço entre as líderes do mercado.
A nova Dakota chega ao país com medidas generosas e proporções alinhadas ao padrão atual das concorrentes. Com 5,35 metros de comprimento e entre-eixos de 3,18 metros, a picape aposta em robustez e usabilidade, ressaltada pela caçamba com 1.210 litros de capacidade volumétrica e até 1.020 kg de carga útil. Essas proporções já colocam o modelo na zona das médias mais completas da categoria, reforçando a intenção da marca em recuperar protagonismo.
Guia do Conteúdo
História retomada
A antiga Dakota, fabricada no Paraná, marcou época com versões que iam desde configurações básicas até opções equipadas com motores V6 e V8. A linha começou com propulsores 2.5 de 121 cv e 3.9 V6 de 177 cv e terminou com a potente versão R/T com motor 5.2 V8 de 232 cv. Mesmo diante do fim da produção em Campo Largo no início dos anos 2000, a picape ganhou uma rara opção Quad-Cab pouco antes do encerramento. Esse histórico reforça o peso do nome que agora retorna ao catálogo da Ram.
Com a nova geração, a marca tenta unir o passado emocional ao presente tecnológico. Produzida em Córdoba, a Dakota compartilha arquitetura com a Fiat Titano e integra a ampla família de modelos dentro da Stellantis, aproveitando tecnologias e componentes já conhecidos em outros veículos do grupo. Essa estratégia permite reduzir custos e acelerar a produção, garantindo competitividade diante das rivais.
Primeira exibição
A Dakota será uma das principais atrações da Ram no Salão do Automóvel, realizado entre 22 e 30 de novembro, no Distrito Anhembi. A aparição pública servirá como prévia do modelo que só desembarcará oficialmente nas lojas no ano que vem. A marca prepara uma estratégia de lançamento gradual, mas já definiu versões, conjunto mecânico e parte do posicionamento comercial que acompanhará a chegada da picape no país.
Mesmo antes da apresentação oficial, as informações sobre preços chegaram aos bastidores do setor, revelando a estratégia da Ram para posicionar a Dakota de forma agressiva em relação às concorrentes tradicionais. Além disso, descobriu-se um detalhe extra que pode ampliar ainda mais o alcance do modelo no futuro próximo.

Preços confirmados
A Ram Dakota será equipada com o motor 2.2 turbodiesel de 200 cv e 45,9 kgfm, configuração já utilizada em diversos modelos da Stellantis, como Jeep Commander, Fiat Toro, Fiat Titano e a própria Rampage. Esse conjunto mecânico coloca o modelo em uma posição sólida para enfrentar Chevrolet S10, Toyota Hilux e Ford Ranger, unindo eficiência, durabilidade e torque elevado.
Serão duas versões na largada: Laramie e Warlock. A Laramie, mais voltada ao refinamento, chegará ao mercado com preço próximo de R$ 330.000. Com isso, fica alinhada à Chevrolet S10 High Country, mas abaixo das versões mais caras da Hilux e da Ranger. Já a Warlock, com uma proposta mais visualmente esportiva, será ofertada por aproximadamente R$ 310.000. Esse valor a coloca diretamente contra a S10 Z71, Ranger XLT e Hilux SR, posicionando-se como alternativa competitiva dentro do segmento.
Posição na linha
A Dakota ocupa um espaço estratégico entre dois modelos da marca. De um lado está a Rampage, mais compacta, com preços entre R$ 226.990 e R$ 269.990. De outro, a robusta Ram 1500, com valores acima de R$ 580.000. A nova picape surge como um elo entre esses extremos, oferecendo tamanho e desempenho superiores à Rampage, mas sem alcançar o patamar luxuoso da 1500.
A versão Warlock segue uma linha visual parecida com a proposta Rebel da 1500 e da Rampage, porém sem adotar para-choques pretos sem pintura. O foco está nos detalhes escurecidos e no santantônio tubular, com rodas de 17 polegadas. A Laramie aposta no brilho e na aparência mais clássica, com grade cromada, rodas de 18 polegadas e acabamento que reforça o visual tradicionalmente associado à Ram.
Equipamentos principais
Em termos de segurança e tecnologia, a nova Dakota chega completa. Tanto a Warlock quanto a Laramie oferecem seis airbags, alerta de tráfego cruzado, piloto automático adaptativo e assistente de permanência em faixa. Há também câmeras 360 graus com função de visão transparente do veículo, recurso útil em manobras e trilhas. A frenagem traseira a disco contribui para a eficiência em situações de emergência.
O pacote ainda inclui uma lista ampla de itens de conveniência, como carregador por indução para smartphones, faróis full-LED com acendimento automático, lâmpadas de neblina em LED, amortecedor na tampa da caçamba, assistente de descida e bloqueio do diferencial traseiro. A caçamba vem equipada com capota marítima e protetor, reforçando a vocação utilitária da picape.
Expansão futura
Além das duas versões que chegam primeiro, a Ram prepara uma terceira configuração para ampliar o alcance da Dakota no mercado brasileiro. A variante Big Horn está prevista para desembarcar futuramente e deverá atuar como opção de entrada da linha. De acordo com projeções internas, essa novidade será posicionada na faixa dos R$ 290.000, aproximando-se de modelos como Ford Ranger XLS Diesel, Toyota Hilux STD Power Pack e Chevrolet S10 WT.
A Big Horn deve vir com acabamento e equipamentos mais simples em relação às demais versões, mas com o mesmo conjunto mecânico que reforça a proposta da picape no segmento das médias. Essa estratégia deve aproximar a Dakota de consumidores que desejam um modelo robusto, mas ainda buscam opções abaixo dos R$ 300.000, área onde existe grande volume de vendas.
Leque competitivo
A chegada da Dakota também intensifica a disputa entre as picapes médias. O modelo entra em um setor já consolidado, com marcas tradicionais e consumidores muito exigentes. Ao combinar motor conhecido, equipamentos tecnológicos e duas propostas de acabamento distintas, a Ram tenta atingir tanto perfis que valorizam estilo quanto aqueles que priorizam capacidade e robustez.
Os preços revelados reforçam que a marca adotou uma estratégia agressiva para disputar espaço nas versões intermediárias e topo de gama. A possível chegada da Big Horn amplia essa dinâmica ao inserir o modelo em uma faixa altamente competitiva, onde estão algumas das versões mais vendidas de Hilux, S10, Ranger e Triton.
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