Novo duelo nos SUVs: Nissan Kait surpreende rivais turbinados
O Nissan Kait estreia com a missão de assumir o posto de SUV de entrada da marca e ocupar o espaço deixado pelo antigo Kicks de primeira geração. Apesar de manter o conhecido motor 1.6 aspirado, o modelo apresenta um visual renovado, plataforma modernizada e equipamentos de segurança que o colocam diretamente no centro da disputa dos SUVs subcompactos. Com preços entre R$ 117.990 e R$ 152.990, ele se posiciona na mesma faixa dos concorrentes mais vendidos da categoria.
Essa combinação de estilo novo, pacote mais completo e preço competitivo tornou o Kait um dos lançamentos mais comentados do ano. No entanto, o grande questionamento permanece: será que ele consegue enfrentar rivais equipados com motores turbo e consumo mais eficiente? Para responder a isso, comparamos o novo Nissan com Volkswagen Tera, Fiat Pulse e Renault Kardian, três dos principais nomes do segmento no momento.
Guia do Conteúdo
Espaço interno
Se existe um ponto em que o Nissan Kait começa a disputa em vantagem clara, esse ponto é o tamanho. Com 4,30 metros de comprimento, ele se mostra consideravelmente maior que Tera, Pulse e Kardian, que variam entre 4,09 m e 4,15 m. Esse ganho em comprimento se traduz diretamente em mais espaço interno, especialmente no porta-malas, que acomoda generosos 432 litros.
A largura também favorece o Kait, garantindo cabine mais confortável para todos os ocupantes. Além disso, o entre-eixos de 2,62 metros supera até mesmo modelos de categorias superiores e deixa para trás os concorrentes diretos, que variam entre 2,53 m e 2,60 m. Para famílias ou motoristas que priorizam conforto e amplitude, o novo SUV da Nissan entrega uma experiência mais próxima de SUVs médios do que de subcompactos.

Medidas comparadas
O porta-malas reforça essa liderança de maneira ainda mais evidente. Enquanto o Tera oferece 350 litros, o Pulse fica nos 320 litros e o Kardian chega a 358 litros, o Kait se destaca como o mais espaçoso. Para quem viaja com frequência, transporta bagagens volumosas ou simplesmente não abre mão de um bom volume de carga, o novo Nissan se torna automaticamente o mais atrativo.
Esse conjunto de medidas explica como o modelo consegue unir porte maior com preços equivalentes aos dos seus rivais menores. É nesse ponto que o Kait chama mais atenção: ele custa praticamente o mesmo que Pulse, Kardian e Tera, porém entrega um nível de espaço incomum entre SUVs pequenos.
Motorização
Mas é exatamente nesse momento que a disputa muda de direção. O Nissan Kait, apesar da evolução no visual e no interior, mantém o motor 1.6 aspirado de 113 cv e 15,2 kgfm. É um conjunto conhecido pela durabilidade, porém distante em desempenho dos motores turbo empregados por seus principais concorrentes.
No uso real, essa diferença é notável. O Tera extrai até 116 cv e 16,8 kgfm, mas o destaque maior fica por conta do Pulse, que combina motor 1.0 turbo e sistema semi-híbrido para alcançar 130 cv e 20,4 kgfm. O Kardian segue a mesma linha e entrega até 22,4 kgfm, o maior torque entre os quatro modelos avaliados. Isso garante arrancadas mais fortes e maior agilidade no trânsito urbano.
Entrega de força
Mais do que números, o comportamento dos motores turbo ajuda na percepção de desempenho. O torque chega muito cedo, entre 1.750 e 2.000 rpm, deixando Pulse e Kardian sempre prontos para acelerar com leveza. Já o Kait exige rotações mais altas para mostrar força, o que resulta em respostas mais lentas, especialmente com o veículo carregado.
Esse contraste se acentua em manobras como ultrapassagens ou retomadas em vias rápidas. Enquanto os rivais turbinados reagem rapidamente, o SUV da Nissan precisa elevar o giro e trabalhar mais para entregar o mesmo nível de desempenho. Para quem prioriza agilidade, não há dúvida de que os concorrentes têm vantagem técnica significativa.
Consumo de combustível
O rendimento segue a mesma lógica do desempenho. Utilizando os dados do Inmetro referentes ao Kicks Play como referência, o Nissan Kait deve registrar cerca de 11,3 km/l na cidade e 13,7 km/l na estrada. Comparando com os rivais, o modelo aparece como o menos eficiente entre os quatro.
O Tera faz 12,2 km/l e 14,5 km/l, enquanto o Pulse atinge 13,4 km/l e 14,4 km/l. O Kardian fica na faixa de 12,8 km/l e 13,9 km/l. A diferença, dependendo do cenário urbano, pode chegar a cerca de 15% em favor dos rivais. Isso significa menos economia no dia a dia e abastecimentos mais frequentes para quem escolhe o modelo da Nissan.
Autonomia
Outro ponto que interfere diretamente na praticidade é o tamanho do tanque. O Nissan Kait leva apenas 41 litros, o que coloca o modelo em desvantagem quando comparado a Tera (49 litros), Pulse (45 litros) e Kardian (50 litros). A autonomia menor, combinada com consumo mais alto, reduz o alcance entre abastecimentos.
Para quem roda bastante ou depende do carro para longas viagens, essa característica pode pesar na decisão final. Mesmo com desempenho previsível e confiável, o conjunto formado pelo motor aspirado e o tanque menor deixa o Kait atrás dos concorrentes em capacidade de rodagem.
Segurança
Apesar das limitações em motor e eficiência, o Nissan Kait contra-ataca oferecendo um dos pacotes de segurança mais completos entre os SUVs subcompactos. O modelo inclui piloto automático adaptativo com stop & go, frenagem autônoma, alerta de ponto cego, detecção de tráfego cruzado, visão 360 graus, monitoramento de atenção do motorista e assistente de permanência em faixa com atuação nos freios.
Esse conjunto supera com folga os sistemas disponíveis nas versões mais completas de Tera e Pulse. O Kardian também oferece equipamentos avançados, mas ainda assim o SUV da Nissan se destaca pelo equilíbrio entre tecnologia, prevenção de acidentes e recursos de condução semiautônoma.
Preços
O preço coloca o Nissan Kait em linha com os principais rivais. A versão topo de linha Exclusive custa R$ 152.990, valor que o coloca diante de Tera High (R$ 141.890), Pulse Impetus (R$ 147.990) e Kardian Iconic (R$ 149.990). Apesar de ser um dos mais caros, o modelo da Nissan compensa oferecendo mais espaço e um pacote de segurança superior.
Esse posicionamento mostra a estratégia da Nissan: convencer o consumidor não pelo motor, mas pela soma de espaço, equipamentos e conforto. Para quem prioriza tamanho e tecnologia, o preço faz sentido. Para quem valoriza desempenho e economia, a vantagem dos rivais turbo permanece.
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