Brasil registra frota mais antiga dos últimos 25 anos: idade média de 10 anos e 3 meses
De acordo com o mais recente relatório anual do Sindipeças sobre a frota em circulação, são 46.581.912 automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus no Brasil em 2021. O crescimento em 2020 é de apenas 0,7%, a mesma variação percentual do período 2019/2020.
A frota pode enfrentar sua primeira contração em décadas, com base nas vendas de 2022. A idade média dos modelos em 2013 foi de 8 anos e 5 meses, subindo para 10 anos e 3 meses em 2021, tornando-se a frota mais antiga dos últimos 25 anos.
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Frota mais antiga
Esses números são preocupantes tanto do ponto de vista da segurança quanto do meio ambiente. Nos últimos 10 anos, os requisitos introduzidos pelas leis de emissões e segurança ativa e passiva continuaram a evoluir.
A frota representa quase 80% do total, mas cresceu apenas 0,2% entre 2021 e 2020. Veículos comerciais leves (picapes e vans) e caminhões tiveram melhor desempenho no mesmo período: alta de 3,5% e 2,9%, respectivamente. Os ônibus em circulação diminuíram 0,9%.
Elias Mufarej é diretor do Sindicato Nacional da Indústria de Autopeças (Sindipeças), entidade responsável pelo estudo, que é atualizado anualmente.
Segundo ele, se o número de novos modelos que entram no mercado diminuir, a idade média da frota aumentará. A pandemia de coronavírus levou a uma queda de 28,6% nas vendas de veículos novos no ano passado. Excluindo fatalidades (perda total ou carros sucateados), o número total de carros em circulação foi de 38,1 milhões, um aumento de apenas 0,5% em relação a 2019.
Essa é a menor taxa de crescimento desde o início dos anos 2000, quando o Sindipeças passou a divulgar o indicador no Relatório Frota Brasil. “Sem a devida manutenção, os carros mais velhos têm maior probabilidade de apresentar defeitos e causar acidentes, lentidão no trânsito e emissão de mais poluentes”, afirmou Mufarej.
Olhando para trás nos anos desde 1995, o Brasil entrou em uma era de rejuvenescimento de sua frota, com idade média de 8,6 anos em 2013. Desde então, com a crise econômica do país, o envelhecimento voltou, e a frota voltou aos níveis de 25 anos novamente.
O envelhecimento se intensificou no ano passado, pois o mercado fechou quase completamente em 2020. Além disso, com o aumento do desemprego e a incerteza sobre o futuro – em grande parte devido à falta de vacinações rápidas – a confiança do consumidor na compra de carros novos diminuiu.
A frota continua envelhecendo, com muitos consumidores se recusando a tomar decisões de compra sem previsões de melhora na saúde e na economia do país. Outro fator que contribui é o aumento das vendas de produtos usados e usados, principalmente pela necessidade de evitar o transporte de massa devido ao Covid-19.

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