Na Argentina faltam até pneus: empresas não conseguem dólares para pagar fornecedores internacionais!
A falta de pneus na Argentina é um problema gravíssimo, que afeta tanto a Bridgestone, Pirelli e a Fate, quanto as empresas que dependem delas, como por exemplo a Toyota. Confira mais sobre essa crise na nossa notícia.
A indústria automotiva brasileira está aos poucos engrenando fortes ritmos crescentes de produção, isso ocorre devido ao “fim” da crise de semicondutores, mesmo que ainda esteja levemente presente sobre alguns pontos no Brasil, como é o caso da Honda, porém esse não é o ponto, o fato é de que o nosso mercado se recuperou e está finalmente caminhando para frente.
Entretanto, a nossa vizinha Argentina está passando por mais uma enorme complicação logística, onde várias disputas sindicais estão ameaçando as linhas de fabricação na Argentina. O problema central por lá hoje, é o fornecimento de pneus, seguido de problemas com a dificuldade para as fabricantes argentinas consegui dólares para assim pagar os fornecedores internacionais.
Primeiramente foi visto a gigante Bridgestone fechar as portas de suas operações na Argentina, e logo em seguida as prestigiadas Fate e Pirelli, todas elas suspenderam as suas operações, além é claro da Toyota que acabou de anunciar a suspensão de produção em Zárate, ela irá parar hoje mesmo (28), sendo que lá são produzidas a Hilux a SW4 que são negociadas aqui no Brasil.

Algumas outras empresas gigantes do mercado como a Ford e a Renault também estão passando por sucessivas reduções de produção nestas últimas semanas. A Toyota prestou o seguinte comunicado para seus fornecedores. “Em referência ao conflito entre o sindicado dos pneus e nossos fornecedores, informamos que a Toyota Argentina interromperá a produção de sua fábrica Zárate a partir do primeiro turno amanhã dia (28), até que o fornecimento dessas peças possa ser restaurado.”
E é aqui que vem a bomba, a montadora japonesa Toyota, gera 7.500 empregos diretos no complexo de Zárate, trabalha com 65 fornecedores locais de peças e outros 1200 fornecedores indiretos, gerando assim um total de 35.000 pontos de trabalho diretos e indiretos. E isso é um grande para todo o cenário social e econômico do País que vem descendo uma enorme ladeira.
Todos os itens produzidos na Argentina dependem totalmente dos pneus produzidos no próprio país, uma vez que as medidas para atender a fábrica, não são executas no Brasil nem no México, que são os parceiros tradicionais do País. Algumas opções chinesas foram estipuladas, porém a homologação poderia levar de 6 a 8 meses.
Fazendo uma forte oposição a decisão tomada pela Toyota, consta Maximiliano Bronzuoli, secretário sindical do SUTNA, que acusou os empresários de serem muito “intransigentes” e do fato de não terem se sentado seriamente para fechar um acordo com o sindicato dez meses atrás.
O clima presente no cenário Argentino é crítico, de um lado os empresários sofrem com o cansaço da má gestão do governo, enquanto o governo apenas observa a evolução do conflito, em um aspecto global, podemos afirmar o crescimento de frustração de todas as matrizes com a resolução da questão na Argentina ainda em aberto.
Acesse o nosso portal Agora Motor! E fique por dentro de tudo o que acontece dentro do mercado automobilístico. Veja notícias, artigos, novidades, lançamentos e muito mais em um só lugar!
