Acidentes de trânsito com vítimas fatais voltam a crescer no Brasil
O Brasil registrou um aumento no número de mortes por acidentes de trânsito em 2021, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. De acordo com o relatório, cerca de 33.813 pessoas perderam a vida em decorrência de acidentes automobilísticos, o que representa um aumento de 3,4% em relação ao ano anterior e supera os números de 2019. Isso indica uma reversão na tendência de queda que o país vinha apresentando desde 2014. O aumento é mais preocupante entre pedestres, ciclistas e motociclistas.
A categoria mais afetada pelos acidentes são os motociclistas, com 11.942 mortes relatadas. Em seguida, aparecem os ocupantes de carros (7.029) e os pedestres (5.349). A faixa etária mais vulnerável são pessoas entre 20 e 59 anos de idade, e a maioria das mortes ocorreu na Região Sudeste do país.
O Dr. Flávio Emir Adura, médico especialista em tráfego e diretor científico da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), ressalta que embora o total de óbitos por sinistros no trânsito tenha caído entre 2015 e 2019, a taxa de mortalidade ainda permaneceu elevada, indicando que o problema ainda está longe de ser resolvido.

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Motociclistas são os mais afetados
O aumento no número de mortes envolvendo motociclistas é preocupante, especialmente após a pandemia. Com novos hábitos, as motocicletas tornaram-se mais populares para aqueles que buscam deslocamentos rápidos e com um custo acessível. Infelizmente, o resultado foi um aumento na mortalidade desses indivíduos, devido a comportamentos de risco como condução em alta velocidade e ultrapassagens perigosas.
Outro fator importante que está contribuindo para o aumento da mortalidade no trânsito brasileiro é o uso de telefones celulares e dispositivos de mensagens durante a condução de veículos automotores. Esse comportamento pode levar à Falta de Atenção ao Conduzir (FAC) e é uma das causas mais comuns de sinistros no trânsito.
É importante ressaltar que as pessoas com idades entre 40 e 79 anos são as mais afetadas pelos atropelamentos nas ruas brasileiras. Para o Dr. Adura, essa faixa etária tem sido afetada pelo aumento da proporção de idosos no país, que estão expostos a maior risco tanto como motoristas quanto como pedestres.
Eliane Pietsak, pedagoga especializada em trânsito, reforça que medidas preventivas devem ser tomadas para reduzir o número de mortes no trânsito, especialmente entre idosos. Isso inclui a melhoria da sinalização nas ruas, a criação de mais áreas de pedestres e ciclistas, além da conscientização das pessoas sobre os perigos do uso de telefones celulares enquanto dirigem.
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