Motoristas surpresos! O erro ao abastecer que pode prejudicar seu carro flex

Desde a popularização dos carros flex no Brasil, muitos motoristas ainda se questionam sobre a necessidade de alternar entre gasolina e etanol.

Embora seja possível abastecer com qualquer um dos combustíveis a qualquer momento, algumas montadoras recomendam um abastecimento periódico com gasolina para manter o bom funcionamento do motor.

Mas qual o motivo dessa recomendação? Descubra agora!

Gol vermelho Flex sendo abastecido.
Gol vermelho Flex sendo abastecido Foto: Divulgação

Motores flex: liberdade para escolher, mas com ressalvas

Os motores flex chegaram ao mercado brasileiro com a promessa de liberdade para o consumidor, permitindo abastecer o carro tanto com etanol quanto com gasolina em qualquer proporção. O gerenciamento eletrônico do motor ajusta automaticamente a queima do combustível, garantindo a melhor eficiência possível.

Porém, nos últimos anos, tem se tornado comum a recomendação de algumas montadoras para que os motoristas abasteçam com pelo menos um tanque de gasolina a cada 10 mil km rodados exclusivamente com etanol. Mas será que isso é realmente necessário?

A origem dessa recomendação

A necessidade de alternar os combustíveis começou a ser mencionada oficialmente nos manuais de alguns veículos equipados com injeção direta. Modelos que utilizam essa tecnologia podem apresentar um acúmulo de resíduos ao longo do tempo, algo que a gasolina ajudaria a minimizar.

Os primeiros veículos flex que trouxeram essa recomendação foram alguns modelos fabricados há mais de uma década. Com o avanço da tecnologia de injeção, a prática se tornou comum entre determinadas montadoras, enquanto outras mantêm seus motores sem essa exigência.

Montadoras que recomendam alternar combustíveis

Volkswagen

Os motores turbinados da Volkswagen são alguns dos que exigem essa atenção especial. Modelos equipados com as motorizações 1.0 e 1.4 TSI possuem a recomendação explícita em seus manuais. Segundo a marca, a gasolina ajuda a evitar o acúmulo de resíduos do etanol no sistema de injeção, o que pode comprometer o desempenho do motor.

Fiat, Jeep, Peugeot e Citroën

Os motores 1.0 e 1.3 turbo, amplamente utilizados pelos carros dessas marcas, também trazem essa recomendação. Seja nos SUVs ou nos compactos, o uso periódico da gasolina é indicado para manter o sistema limpo e eficiente.

Chevrolet

A Chevrolet passou a incluir essa recomendação para os modelos equipados com injeção direta em 2025. Modelos como Tracker e Montana, que utilizam os motores 1.0 e 1.2 turbo, devem rodar com gasolina periodicamente para evitar depósitos de resíduos nos bicos injetores.

Montadoras que não fazem essa recomendação

Enquanto algumas marcas incluem essa exigência em seus manuais, outras não fazem nenhuma menção à necessidade de alternar os combustíveis. Entre elas, estão Hyundai, Honda, Renault e Toyota.

Por que alternar entre etanol e gasolina?

Embora o etanol seja um combustível mais limpo em termos de emissão de carbono, ele pode gerar depósitos nos bicos injetores ao longo do tempo. Esse resíduo pode afetar a pulverização do combustível, comprometendo a eficiência do motor.

A gasolina, por sua vez, contém aditivos detergentes que ajudam a limpar esses depósitos. Quando utilizada periodicamente, pode prolongar a vida útil do sistema de injeção e manter o motor operando de forma eficiente.

Onix vermelho Flex na diagonal.
Onix vermelho Flex na diagonal Foto: Divulgação

O impacto da injeção direta nos motores flex

A evolução dos motores flex trouxe consigo a tecnologia de injeção direta, que melhora o desempenho e reduz o consumo de combustível. No entanto, essa inovação também trouxe desafios, especialmente no uso prolongado do etanol.

Nos motores de injeção multiponto convencionais, os bicos injetores são posicionados antes das válvulas de admissão. Isso permite que o combustível ajude a limpar as válvulas, evitando acúmulo de sujeira.

Já na injeção direta, os bicos injetores ficam posicionados dentro da câmara de combustão, e isso pode facilitar a formação de depósitos indesejáveis ao longo do tempo.

O que acontece se você ignorar essa recomendação?

Se o motorista optar por rodar exclusivamente com etanol sem fazer essa troca periódica, o acúmulo de resíduos pode gerar problemas a longo prazo. Os principais impactos incluem:

  • Dificuldade na partida: resíduos nos bicos injetores podem comprometer a pulverização do combustível, tornando mais difícil a ignição do motor.
  • Perda de desempenho: a queima irregular pode reduzir a potência do carro.
  • Aumento do consumo: o motor pode precisar de mais combustível para manter o mesmo desempenho.
  • Falhas e engasgos: depósitos excessivos podem prejudicar a injeção do combustível e causar falhas na aceleração.

Como evitar problemas sem precisar alternar combustíveis?

Caso o motorista prefira não abastecer periodicamente com gasolina, há algumas alternativas para evitar problemas no sistema de injeção:

  1. Utilizar etanol aditivado: esse tipo de combustível contém detergentes que ajudam a reduzir o acúmulo de resíduos.
  2. Adicionar aditivos ao tanque: produtos específicos podem ser adicionados periodicamente para manter os bicos injetores limpos.
  3. Realizar manutenções preventivas: revisar o sistema de injeção em intervalos recomendados pode evitar problemas futuros.

O futuro dos motores flex no Brasil

Com o avanço das tecnologias automotivas, os motores flex estão cada vez mais sofisticados. A tendência é que, no futuro, novos sistemas de injeção e combustíveis mais limpos reduzam ainda mais a necessidade de recomendações específicas como essa.

A eletrificação também pode mudar o cenário, com veículos híbridos flex se tornando cada vez mais comuns no mercado brasileiro. Isso pode alterar a forma como os combustíveis são utilizados, minimizando a dependência de recomendações como essa.

Carro prata Flex abastecendo.
Carro prata Flex abastecendo Foto: Divulgação

Vale a pena seguir essa recomendação?

A alternância entre gasolina e etanol não é uma exigência para todos os veículos flex, mas pode ser uma boa prática para evitar problemas a longo prazo, especialmente em modelos com injeção direta.

Se você tem um carro que traz essa recomendação no manual, vale a pena segui-la para garantir que o sistema de injeção continue operando de forma eficiente. Já se seu carro não menciona essa necessidade, rodar apenas com etanol não deve trazer grandes problemas, desde que a manutenção esteja em dia.

E você, costuma alternar entre gasolina e etanol ou usa sempre o mesmo combustível? Compartilhe sua experiência nos comentários!

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Redator online do Agora Motor, antes mesmo de concluir o ensino médio e fazer a carteira, Gabriel já está envolvido no universo automotivo. Produz conteúdos informativos e relevantes, com foco em lançamentos, notícias e tudo que movimenta o setor. Interessado em aprender e crescer na área, acompanha de perto as tendências do mercado e busca tornar a informação acessível a todos os leitores.
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