Por lucro de cada carro, assinatura para desbloquear recursos estão se aproximando de carros usados
Os carros conectados estão chegando ao mercado de segunda mão e com isso, as suas taxas de assinatura também estão sendo repassadas aos novos proprietários. Esse fato levanta questionamentos sobre a posse dos recursos dos veículos e se a montadora deve controlar suas funcionalidades depois que o carro é vendido para outra pessoa. As empresas automotivas enxergam nesse modelo uma enorme fonte de lucro no futuro.

Embora seja conhecido que as assinaturas estavam chegando aos carros novos, as montadoras querem cobrar dos compradores para desbloquear recursos extras, como potência adicional, navegação, recursos de direção semiautônoma, bancos aquecidos e outras funcionalidades. Apesar do fato de que dados sugerem que a maioria dos compradores não gosta de recursos pelos quais precisam pagar extra, isso não impediu a indústria de tentar expandir para carros usados também.
Isso tem feito muitos questionarem se o cliente realmente possui esses recursos ou até mesmo o carro em questão. Alguns estados estão tentando encontrar uma maneira de proibir o modelo de assinatura embarcada nos automóveis. No centro da questão, as montadoras simplesmente querem obter mais lucro com cada carro vendido. Os carros conectados tornam isso mais fácil porque agora há uma linha direta de comunicação entre o proprietário e a marca.
Guia do Conteúdo
Lucro bilionário
Para Gary Silberg, chefe do setor automotivo global da empresa KPMG, “a comunicação está mudando de um contato ocasional em concessionárias em momentos de compra, manutenção ou reparos para um contato direto contínuo com o cliente durante todo o período de propriedade”. Essa mudança provavelmente significará bilhões em lucro para as montadoras muito depois de venderem o carro inicial.
Essa ideia é respaldada por uma série de evidências, incluindo a campanha lançada pela Ford em 2021 chamada “Sempre Ligado”, um esforço para interagir “regularmente” com seus clientes. No verão passado, o CEO da Ford, Jim Farley, disse que esperava ganhar “dezenas de milhares de dólares” em taxas de assinatura no futuro.
A CEO da General Motors fez uma declaração ainda maior em dezembro de 2021, dizendo que esperava gerar US$ 25 bilhões anualmente até 2030 baseados em assinaturas. A Stellantis também entrou na onda das declarações públicas, afirmando que planejava obter cerca de US$ 23 bilhões em receita anual por assinatura até aquele mesmo ano, com informações do Car Scoops.
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