Caminhoneiros ameaçam parar mais uma vez. Onde vamos parar?
Na última sexta feira dia 11/03 os caminhoneiros iniciaram mais uma ameaça de greve, para protestar sobre o aumento do preço do combustível que aconteceu. O aumento foi anunciado pela Petrobras e a justificativa para tal, é que ficou inviável segurar o preço com o aumento do preço do petróleo.
Com orientação aos motoristas de terminar as entregas e que retorne de imediato ao ponto base de sua transportadora. Marlon Maués, assessor executivo do presidente da Federação Nacional de Veículos Autônomos (CNTA), disse que foi uma paralisação técnica sem bloqueios. “O aumento fez com que o sistema falhasse.”
Wagner Jones Almeida, outro consultor da CNTA e empresário do setor de transporte de combustíveis, também confirmou a paralisação em sua área. “Os fretes foram adiados de 24% para 25%. O novo aumento inviabiliza os custos porque as empresas não estão mais aceitando reavaliações”, disse. “Está ficando pior agora.”
Na quinta-feira o anúncio da Petrobras é que o Diesel subiu 25% e a Gasolina 19%. A principal alegação por conta da refinaria são os conflitos geopolíticos recentes. Segundo ela, não foi possível segurar o preço do combustível em meio ao cenário atual.
“O que temos de ter em mente é que não parou por aí. Daqui a pouco vem mais 11% de reajuste”, disse o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim. “Como ocorreu em 2013, com as passagens de ônibus, chegou a hora de toda população protestar, pois isso vai acabar no bolso de todo consumidor.”

Wallace explica que se este aumento foi repassado ao frete, todos os itens de supermercado, farmácia e demais suprimentos irão sofrer alta. Sobre a paralisação dos motoristas, o mesmo afirma que ela está ocorrendo de forma natural, visto que nada tenha sido premeditado e organizado de alguma maneira. “Ou seja, com o aumento dos custos, muitas viagens podem se tornar inviáveis economicamente. Ninguém vai trabalhar no prejuízo.”
Esta paralisação se assemelha à de 2018 onde grande parte da categoria aderiu ao protesto como forma de contrariar os aumentos dos preços dos combustíveis. Porém, o representante da CNTA afirma que esta paralisação não deve ser apenas dos caminhoneiros e sim de todos os consumidores de combustível, como colheitadeiras, máquinas e afins. E finaliza dizendo que a categoria dos caminhoneiros não deve ser usada com massa de manobra.
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