4 carros com correia dentada banhada a óleo que exigem cuidado antes da compra
Antes de comprar um carro usado, conhecer os riscos de cada modelo é essencial. Alguns veículos populares no Brasil adotam a polêmica correia dentada banhada a óleo, prometendo durabilidade e baixo ruído, mas trazendo dores de cabeça quando a manutenção falha. Entender como funciona esse sistema e os cuidados necessários pode evitar prejuízos de milhares de reais.
Carros afetados:
- Ford Ka
- Chevrolet Onix Hatch
- Chevrolet Onix Sedan / Onix Plus
- Chevrolet Tracker
Esses quatro modelos se destacam no mercado brasileiro e exigem atenção redobrada, principalmente para quem compra usado. Abaixo, detalhamos cada um deles, os riscos e dicas para manter a saúde do motor.

Guia do Conteúdo
Chevrolet Onix Hatch
O Onix Hatch, especialmente a partir da segunda geração lançada em 2020, utiliza motores da família CSS com correia dentada banhada a óleo. A GM prometeu durabilidade elevada, mas relatos de falhas prematuras aparecem com frequência.
A principal causa é o uso inadequado do óleo ou combustível adulterado, que degrada a correia. Há casos de desgaste antes dos 60.000 km. A recomendação é seguir rigorosamente o manual, optando sempre por manutenção em concessionárias autorizadas.
Ford Ka
O Ford Ka com motores 1.0 e 1.5 da família Dragon foi um dos primeiros carros brasileiros a receber o sistema BIO. Apesar da promessa de alta durabilidade, muitos Ka usados enfrentam problemas devido à manutenção inadequada, especialmente em veículos de frota e locadoras.
O risco maior é o uso do óleo errado, que acelera o desgaste da correia e pode danificar a bomba de óleo. A dica para quem compra um Ka usado é inspecionar a correia e considerar a troca preventiva, mesmo antes da quilometragem indicada pelo fabricante.
Chevrolet Tracker
O SUV compacto da GM também usa os motores 1.0 Turbo e 1.2 Turbo com correia banhada a óleo. Apesar de menos popular que o Onix, a falha da correia pode ser tão grave quanto: se ela se romper, há risco de fusão do motor.
O segredo para evitar problemas é simples: manter a manutenção em dia e usar apenas o lubrificante recomendado. Para o proprietário, qualquer economia usando óleo de baixa qualidade ou improvisando substituições pode gerar reparos caros.
Chevrolet Onix Sedan / Onix Plus
O Onix Plus compartilha a mesma base mecânica do hatch e enfrenta os mesmos problemas. A alta popularidade em frotas contribui para relatos de desgaste prematuro, tornando a manutenção preventiva um ponto crítico.
A GM passou a oferecer peças mais resistentes para modelos recentes, mas o sucesso depende da manutenção correta. Trocas fora da rede autorizada ou uso de óleo inadequado podem reduzir significativamente a vida útil da correia, gerando custos que ultrapassam R$ 5.000.
O que é BIO
O sistema BIO combina características das correntes de comando e das correias de borracha. Ele promete baixo ruído e intervalos longos de troca, de até 240.000 km. Na teoria, une o melhor dos dois mundos, mas na prática depende totalmente da manutenção correta.
A má utilização do lubrificante é a principal vilã. O óleo de baixa qualidade faz a correia esfarelar, entupir a bomba e os dutos de óleo, podendo levar à quebra do motor. Por isso, mesmo carros com histórico de confiabilidade podem se tornar problemáticos se o dono anterior não seguiu as recomendações.
Cuidados ao comprar
Antes de adquirir qualquer modelo com correia banhada a óleo, é fundamental checar o histórico de manutenção e a procedência do carro. Verificar se as revisões foram feitas em concessionárias, se o óleo correto foi usado e se houve troca preventiva da correia reduz significativamente os riscos.
Para carros usados, atenção redobrada é necessária. Carros de frota, de aplicativo ou alugados têm mais chance de terem recebido cuidados inadequados. Não é apenas uma questão de mecânica, mas de planejamento financeiro: o barato pode sair extremamente caro.
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