Carros fazem até 700 km/l no campeonato Shell Eco-Marathon!
A Shell Eco-Marathon, uma das maiores competições de eficiência energética do mundo, teve início na quarta-feira (30). O evento reúne estudantes de todo o Brasil e de países da América Latina, como México, Bolívia e Peru, em uma disputa para determinar qual protótipo é o mais econômico.
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Shell Eco-Marathon Brasil traz carros que fazem 700 km/l
Os veículos desenvolvidos pelas equipes competem em duas categorias: protótipos e conceitos urbanos. A categoria de protótipos consiste em carros pequenos, nos quais os pilotos ficam praticamente deitados. Já os conceitos tentam se assemelhar aos carros comuns que vemos nas ruas.
Além da diferença na carroceria, os carros também se dividem de acordo com a motorização. Neste sexto ano da competição no Brasil – o Eco-Marathon começou em 1985 e teve sua primeira edição nacional em 2016 -, além das categorias com motores a combustão (ICE) e elétricos a bateria, há também a estreante categoria de carros movidos a hidrogênio, representada por duas equipes, uma do México e outra da Bolívia.

A maratona começa já no transporte dos carros até o local da competição, que este ano acontece no Pier Mauá, na cidade do Rio de Janeiro. Para muitas equipes, esse é o primeiro desafio, pois elas devem arcar com os custos de hospedagem e transporte tanto dos integrantes quanto dos veículos.
Nos dois primeiros dias, cada equipe deve montar seu carro para passar por uma rigorosa inspeção de segurança realizada pela Shell. Os carros são avaliados em 11 quesitos, incluindo inspeção de entrada, controle do motorista, peso, dimensões, cintos e barras de segurança, freios, visibilidade, saída, design mecânico, design elétrico e verificação de energia. Após serem aprovados em todas as etapas da inspeção, os carros ainda passam por uma última checagem.
As equipes têm tentativas ilimitadas para cumprir as 10 voltas no percurso, que equivalem a cerca de 8,5 km. O vencedor não é determinado pelo tempo mais rápido, mas sim pelo menor consumo de combustível ou energia no caso dos carros elétricos a bateria. O cálculo da eficiência máxima é feito após a conclusão da prova.
Os resultados alcançados pelas equipes são impressionantes. Na categoria de carros a combustão, a equipe Pato a Jato da Universidade Tecnológica Federal do Paraná é a atual tetracampeã. Em 2018, eles alcançaram sua melhor marca ao fazer 702 km/l com um motor a etanol. Entre os carros elétricos, a bicampeã Milhagem da UFMG obteve a maior marca até o momento em 2022, fazendo 321,13 km/kWh.
Para alcançar esses números impressionantes, as equipes trabalham arduamente na elaboração dos carros. A redução do peso é um fator crucial e muitos veículos são feitos com partes em fibra de carbono. Algumas equipes contam com patrocínios para custear a construção dos carros.
No entanto, a competição não se resume apenas a ter um carro leve. Os estudantes também dedicam tempo e esforço para programar os sistemas dos veículos e torná-los ainda mais eficientes. As modificações no motor elétrico e a habilidade do piloto durante as provas também são fatores determinantes para o desempenho dos carros.
A Shell Eco-Marathon continua até sexta-feira (1). Nesta quinta-feira, termina o prazo para inspeção e as equipes que passarem poderão realizar os primeiros testes na pista. Na sexta-feira, a competição começará oficialmente e conheceremos os campeões de todas as categorias.
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