CEO da Dodge revela que não se importa se clientes chamam a Ram de Dodge
Muita gente ainda chama as picapes Ram de Dodge Ram, mesmo após a separação das marcas, que aconteceu há 16 anos. Oficialmente, a Dodge deixou de fabricar caminhonetes em 2009, uma marca com foco exclusivo em picapes e caminhonetes. A separação aconteceu com a intenção de segmentar os produtos e facilitar o posicionamento das marcas no mercado. Contudo, o nome Dodge continua sendo fortemente associado às picapes da Ram, o que gerou uma curiosa situação no mercado. Mesmo com a mudança oficial de nome e marca, a montadora não vê grandes problemas com essa associação contínua.

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CEO da Dodge fala sobre o impacto da confusão entre as marcas
Recentemente, durante um evento importante, o CEO da Dodge, Matt McAlear, foi questionado sobre como a empresa vê a continuidade da associação das picapes com o nome Dodge. A pergunta fazia referência ao fato de muitas pessoas ainda se referirem às caminhonetes da Ram como “Dodge Ram”, mesmo após tantos anos. O CEO surpreendeu a todos ao responder de forma positiva sobre o tema:
“A maior fonte de leads da Ram é o site da Dodge.”
Isso significa que, apesar da separação das marcas, o nome Dodge ainda atrai muitos consumidores em busca de picapes, o que acaba gerando mais interesse e, consequentemente, mais vendas para a Ram. Se as pessoas associam as picapes da Ram ao nome Dodge, isso pode ser visto como algo vantajoso para ambas as marcas, já que ambas se beneficiam de uma maior visibilidade e um maior engajamento do público. A confusão, longe de ser um obstáculo, se tornou uma ferramenta que contribui positivamente para as vendas e para o fortalecimento da imagem das marcas.
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A possibilidade de reunir Dodge e Ram novamente: faz sentido?
A separação das marcas foi uma decisão estratégica importante, que possibilitou à Dodge concentrar-se no desenvolvimento de carros esportivos e modelos de alto desempenho, como os famosos muscle cars. A Ram, por sua vez, se especializou no mercado de picapes e caminhonetes. Essa divisão permitiu que cada marca focasse em seu nicho específico, e o crescimento de ambas as marcas nos seus respectivos segmentos foi significativo. No entanto, a pergunta que fica no ar é: faria sentido unir as duas marcas novamente?
O CEO Matt McAlear não tem certeza se uma fusão das duas marcas seria a melhor opção neste momento. Durante uma declaração, ele comentou:
“O valor da Ram cresceu muito desde 2009. Isso nos deu liberdade para fazer da Dodge uma marca completamente insana, fora dos padrões.”
A Ram, ao se tornar independente, conseguiu se estabelecer como uma marca sólida e referência no segmento de picapes. Da mesma forma, a Dodge conseguiu reinventar sua imagem, focando em veículos de alto desempenho, e hoje a marca é vista como uma líder no segmento de carros esportivos e muscle cars. Para McAlear, a separação permitiu que as duas marcas crescessem de maneiras distintas, cada uma com seu próprio foco e identidade. Para ele, a independência das marcas foi positiva e uma fusão agora poderia enfraquecer essa força conquistada ao longo dos anos.
A confusão não atrapalha e persiste até no setor de seguros

Enquanto a Dodge e a Ram seguem caminhos separados e com identidades bem definidas, a situação é muito diferente da estratégia adotada pela Jeep, que fez questão de manter a linha Wagoneer como uma marca independente. No caso da Dodge e da Ram, a fusão de identidades não parece ser um problema. Como McAlear conclui, com um toque de humor:
“Até as seguradoras ainda chamam de Dodge Ram.”
Essa declaração é uma prova de que a confusão entre as marcas não prejudica o entendimento do consumidor sobre os modelos que elas representam. A própria indústria de seguros, que tem uma noção clara das marcas e dos modelos dos veículos, ainda se refere às picapes como “Dodge Ram”. Isso indica que, mesmo com a separação oficial das marcas, o consumidor continua a fazer a associação entre a Dodge e as picapes Ram, e isso não causa confusão no mercado.