CNH sem autoescola? Entenda como vai funcionar com as novas regras
Com o novo modelo proposto, tirar a CNH será diferente em 2025; veja como será feito o processo passo a passo
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Fim da autoescola obrigatória
O principal ponto da proposta em análise é o fim da obrigatoriedade de frequentar uma autoescola tradicional. Isso significa que o candidato à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) poderá se preparar por conta própria, fora do modelo institucional. A formação teórica e prática poderá ser feita com maior liberdade, respeitando apenas os requisitos legais mínimos.
O processo ainda exigirá a aprovação nos testes teórico e prático realizados pelo Detran, mas o caminho até a prova será mais flexível. Com isso, o candidato passa a ter mais autonomia sobre como se preparar, podendo optar entre estudar de forma independente ou contratar um instrutor particular para as aulas práticas.
Instrutores independentes
A proposta legaliza e amplia a atuação dos instrutores autônomos. Esses profissionais poderão ser contratados diretamente pelos candidatos, sem vínculo com autoescolas. O instrutor deverá ser credenciado, mas poderá atender de forma independente, oferecendo orientação prática com mais flexibilidade de horários, locais e formatos de aula.
O aluno poderá, por exemplo, marcar suas aulas conforme sua disponibilidade e treinar em seu próprio carro, desde que o veículo atenda aos requisitos mínimos de segurança e documentação. Isso representa uma mudança importante no acesso à formação de condutores, especialmente para quem não tem autoescolas por perto.
Veículo próprio liberado
O candidato poderá utilizar o próprio carro para aprender a dirigir, o que elimina a exigência de veículos fornecidos por autoescolas. Também será possível treinar com um carro pertencente ao instrutor contratado, desde que ambos estejam legalmente autorizados.
Esse veículo poderá ser usado durante o período de aprendizagem, respeitando condições específicas. Para isso, será necessário que o instrutor acompanhe o aluno em vias públicas ou, em alguns casos, apenas supervisione as atividades se o treino ocorrer em áreas privadas.
Aulas em locais fechados
Com a nova regra, a prática de direção poderá ser realizada em ambientes privados, como pátios de condomínios, garagens ou estacionamentos. Nesses locais, o acompanhamento presencial do instrutor não será obrigatório, desde que haja algum tipo de supervisão autorizada.
No entanto, se as aulas ocorrerem em vias públicas, a presença física do instrutor credenciado será indispensável. A proposta busca permitir que os alunos iniciem o aprendizado em locais mais tranquilos, avançando gradualmente para cenários reais do trânsito.

Prova teórica obrigatória
Mesmo com todas essas mudanças no ensino, o teste teórico do Detran continua obrigatório. O conteúdo abordará as mesmas áreas: legislação de trânsito, primeiros socorros, cidadania, direção defensiva e mecânica básica. A única diferença é que a preparação para essa prova não precisará, necessariamente, ocorrer dentro de uma sala de aula.
O candidato poderá estudar de forma autodidata, com materiais digitais, apostilas ou cursos online, e depois se inscrever para a prova teórica no Detran de sua região. A responsabilidade pela preparação será do próprio aluno, o que exige mais comprometimento individual.
Prova prática mantida
A etapa prática também será mantida. O aluno deverá demonstrar habilidades básicas de direção em condições controladas, como estacionamento, baliza, controle de embreagem e condução segura. O exame continuará sendo feito sob supervisão do Detran, com critérios técnicos padronizados.
Mesmo com a liberdade de escolha do modo de aprendizagem, o exame final será decisivo. Quem não apresentar domínio das técnicas de direção, como controle do veículo e atenção às regras de trânsito, não conseguirá a aprovação para receber a CNH.
Supervisão obrigatória
Durante as aulas práticas realizadas em vias públicas, o acompanhamento do instrutor será obrigatório. Ele deve estar presente dentro do veículo, atuando como responsável técnico pelo candidato. Em locais privados, essa exigência poderá ser flexibilizada, mas ainda assim deverá haver algum tipo de supervisão formal.
A supervisão é importante não apenas para garantir a legalidade do processo, mas também para orientar o aluno quanto a boas práticas, evitar vícios de direção e garantir a segurança durante o treinamento.
Registro do processo
Mesmo sem a estrutura tradicional das autoescolas, o processo será formalizado. O vínculo entre aluno e instrutor deverá ser registrado e o histórico de aulas deverá ser documentado. O Detran ainda exigirá comprovação de que o candidato passou pelas etapas necessárias de preparação antes de se inscrever nos exames.
Esse controle pode ser feito por meio de aplicativos ou plataformas integradas aos órgãos de trânsito, que registrarão a jornada de aprendizagem. A ideia é manter a rastreabilidade e a transparência do processo, mesmo com a flexibilização do modelo.
Mudança no perfil do candidato
Com a nova configuração, o candidato à CNH terá mais responsabilidade na organização de sua formação. Ele escolherá seu instrutor, definirá o ritmo de aprendizado, optará pelo local e veículo das aulas, e decidirá como se preparar para a prova teórica. Isso exige planejamento, disciplina e compromisso com a segurança.
Para muitos, essa liberdade representa uma oportunidade de personalizar o processo de habilitação. Para outros, pode ser um desafio maior, já que não haverá mais o suporte sistematizado oferecido pelas autoescolas. A nova dinâmica exigirá maturidade e proatividade por parte dos futuros motoristas.
Credenciamento dos instrutores
O instrutor autônomo, por sua vez, terá que seguir regras específicas para poder atuar. Ele precisará estar credenciado junto ao Detran, possuir curso de formação, manter sua regularidade profissional e dispor de um veículo adequado para o ensino. O carro utilizado deverá ter características compatíveis com a aprendizagem, como comandos adaptados e dupla embreagem, se necessário.
Além disso, o instrutor deverá manter registros das aulas, acompanhar o desempenho dos alunos e garantir a conformidade com as normas do novo modelo. A atuação desses profissionais será fiscalizada, e irregularidades poderão resultar em punições ou cassação da autorização.
Caminho mais acessível
Com o fim da obrigatoriedade das autoescolas e a inclusão de instrutores autônomos, o novo sistema promete reduzir custos e ampliar o acesso à CNH. Pessoas que antes não conseguiam arcar com os valores das autoescolas agora poderão montar seu próprio cronograma, escolher como aprender e com quem.
Essa democratização do processo, no entanto, precisa ser equilibrada com medidas que assegurem a qualidade da formação. A proposta busca criar um modelo menos engessado, mas que ainda prepare o motorista para lidar com os desafios reais do trânsito.
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