Combustível irá sofrer novos reajustes de preço de novo!
Após mais de dois meses sem alterações, a Petrobras informou que haverá reajustes nos preços da gasolina e do diesel nas refinarias a partir deste sábado, 21.
O objetivo é reduzir a defasagem em relação ao mercado internacional, uma vez que o preço do petróleo tem apresentado sinais de tensão devido à guerra entre Israel e Hamas, ultrapassando a marca de US$ 90 o barril.
A estatal tomou essa decisão em um momento em que a gasolina voltava a ficar mais barata no mercado interno do que no exterior, enquanto o diesel continuava com um aumento gradual de preço, influenciado pelas incertezas causadas pela guerra.

A defasagem do diesel em relação ao mercado externo já registrava dois dígitos desde setembro, e o aumento era esperado pelo mercado. Já a gasolina, que impacta diretamente o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), apresentava leves variações em comparação com o mercado brasileiro, com expectativa de queda.
De acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), no fechamento da quinta-feira, 20, a gasolina estava 5% mais barata no Brasil do que no exterior. Mesmo assim, a Petrobras decidiu reduzir o preço em 4% a partir do sábado, como parte de sua estratégia de evitar importar a volatilidade do mercado internacional para o mercado interno e praticar preços competitivos nas negociações com seus clientes.
O Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie) estima que, no fechamento de quarta-feira, a gasolina estava 4,5% mais barata no Brasil, após ter se mantido acima do preço internacional durante vários dias em outubro. Na Bahia, onde está localizada a refinaria de Mataripe, única refinaria privada relevante no país, a gasolina também estava 5% mais barata do que no Golfo do México, que serve como parâmetro para os importadores.
Em relação ao diesel, a Petrobras aumentará o preço em 6,6%, refletindo a escalada dos preços causada pelo início do tempo frio no Hemisfério Norte, pela redução dos descontos no diesel russo e pela expectativa de aumento das tensões no Oriente Médio, uma região produtora de petróleo.
Segundo a Abicom, o diesel estava sendo negociado nas refinarias brasileiras com um valor 15% abaixo do preço externo na quinta-feira. Já o Cbie estima que essa diferença era de 12,5%. Durante o mês de outubro, o combustível chegou a apresentar taxas próximas a 20%.
Na Refinaria de Mataripe, a Acelen realiza reajustes semanais nos preços dos combustíveis. Na quinta-feira, o preço do diesel estava 4% mais barato do que no mercado internacional. Esses ajustes têm como objetivo acompanhar as variações do mercado e garantir preços competitivos aos consumidores.