Renault Duster: O Último Carro de Passeio com Câmbio Manual Acoplado a Motor Acima de 1.0!
O mercado automobilístico está passando por mudanças significativas e, com isso, o câmbio automático está se tornando cada vez mais popular entre os consumidores. Nos dias atuais, poucas opções ainda oferecem câmbio manual acoplado a motores maiores que 1.0, com destaque para o Renault Duster, que permanece sendo o único carro de passeio no Brasil a oferecer essa configuração com o motor 1.6 SCe.
Mudança nas Preferências do Consumidor e a Extinção do Câmbio Manual
Nos últimos anos, a preferência por câmbios automáticos tem sido crescente, impulsionada pela praticidade e conforto no trânsito urbano. A demanda por um câmbio manual tem diminuído, especialmente em carros de passeio. Mesmo com esse cenário, alguns modelos comerciais ainda preservam o câmbio manual, e o Renault Duster se destaca como uma das últimas opções para quem busca essa configuração em um carro de passeio.

Com o câmbio manual de cinco marchas acoplado ao motor 1.6 SCe, o Duster ainda é uma escolha robusta e funcional para quem prefere um controle mais direto sobre a troca de marchas, algo cada vez mais raro em veículos de sua categoria. O Duster não é o único carro da Renault a seguir esse padrão. A Renault Oroch e o Kangoo, dois comerciais leves da marca, também utilizam o motor 1.6 SCe combinado a um câmbio manual de cinco marchas. Essas opções são indicadas para consumidores que buscam veículos com mais capacidade de carga e um desempenho sólido, mas ainda preferem o câmbio manual pela sensação de controle.
A Gradual Desaparição do Câmbio Manual nas Marcas Generalistas
O Renault Duster é uma exceção, mas cada vez mais marcas generalistas estão deixando de oferecer a opção de câmbio manual em seus carros de passeio com motores superiores a 1.0. Por exemplo, até o final de 2024, a Fiat ainda oferecia o câmbio manual de cinco marchas nos modelos Argo, Cronos e Pulse com o motor 1.3 Firefly. No entanto, a partir da linha 2025/2025, esses modelos passaram a ser vendidos exclusivamente com câmbio CVT, uma transição que se tornou mais comum à medida que as marcas buscam entregar mais conforto ao motorista.
Agora, os modelos da Fiat, como Argo, Cronos e Mobi, só oferecem câmbio manual de cinco marchas em versões com o motor 1.0 Firefly. Essa tendência de abandonar o câmbio manual em carros de passeio de motores maiores que 1.0 é claramente visível em várias marcas do mercado brasileiro. Por exemplo, a Peugeot e a Citroën seguem a mesma linha, oferecendo câmbio manual apenas em versões com o motor 1.0 Firefly. Já a Volkswagen mantém o câmbio manual no Polo 2026 e no Virtus nas versões de entrada, sempre com motor 1.0.
A Popularidade do Câmbio Manual em Comerciais Leves
Enquanto as versões de passeio das marcas mencionadas estão gradualmente abrindo mão do câmbio manual em motores acima de 1.0, os comerciais leves ainda mantêm essa configuração em diversos modelos. A Volkswagen Saveiro, a Fiat Fiorino e a Fiat Strada são exemplos de comerciais leves que preservam o câmbio manual de cinco marchas, geralmente acoplado ao motor 1.6.
Mesmo nas marcas mais populares como Chevrolet, o câmbio manual só está disponível para motores 1.0, seja aspirado ou turbo, em modelos como Onix e Onix Plus. A Montana, no entanto, se destaca por oferecer o câmbio manual de seis marchas combinado com o motor 1.2 Turbo flex, e essa configuração é oferecida em duas versões. No entanto, é importante notar que o câmbio manual está se tornando cada vez mais limitado a essas opções mais voltadas para a carga e uso comercial.

O Impacto do Trânsito nas Preferências do Consumidor
Uma das principais razões pela qual o câmbio automático tem se tornado mais atraente para o consumidor brasileiro é o aumento do tráfego nas grandes cidades. O anda e para constante nos centros urbanos torna o câmbio manual uma opção menos prática e confortável, o que tem levado os motoristas a optarem cada vez mais por câmbios automáticos ou semiautomáticos.
Com a crescente urbanização e a busca por maior conforto, o câmbio automático tem ganhado popularidade, principalmente entre aqueles que não têm necessidade de um controle manual das marchas, mas que buscam o conforto no dia a dia. Por isso, a transição das marcas para o câmbio automático nas versões de passeio está cada vez mais evidente, deixando o câmbio manual para modelos comerciais e para alguns veículos esportivos, onde a experiência de dirigir com um câmbio manual ainda tem seu apelo.
Exceções Esportivas: O Caso do Ford Mustang GT
Embora o câmbio manual esteja desaparecendo das opções de veículos de passeio com motores acima de 1.0, ainda há uma exceção. O Ford Mustang GT, por exemplo, estará disponível em 2025 com motor 5.0 V8 e câmbio manual. Este tipo de configuração, típica de esportivos de alta performance, ainda atrai motoristas que buscam uma experiência de direção mais envolvente e com maior controle do carro.
Esse tipo de exceção é raro e tende a ser voltado para um público específico, que ainda prefere o câmbio manual, seja pela emoção de dirigir ou pelo controle que ele oferece, especialmente em carros de desempenho elevado. No entanto, mesmo em veículos esportivos, o câmbio automático tem sido cada vez mais presente, já que oferece vantagens como a troca de marchas mais rápida e a adaptação às condições de trânsito.
O Futuro do Câmbio Manual: Rumo à Extinção?
O futuro do câmbio manual em carros de passeio parece cada vez mais distante. A maior parte dos modelos de marcas generalistas, como Fiat, Volkswagen, Peugeot, Renault e Citroën, está migrando para câmbios automáticos ou CVT em carros de passeio com motores acima de 1.0. O câmbio manual, apesar de ainda ter um apelo em determinados nichos, como os comerciais leves, está sendo progressivamente eliminado das opções de carros de passeio.
A evolução das transmissões automáticas e semiautomáticas, além das preferências dos consumidores por maior conforto e praticidade, são fatores que tornam cada vez mais difícil para as montadoras justificarem a oferta do câmbio manual em veículos de uso diário. O câmbio automático, que era visto como um luxo no passado, tornou-se uma exigência em muitos segmentos, e o câmbio manual está se tornando uma raridade.
O Legado do Renault Duster e o Futuro das Transmissões
O Renault Duster continua a ser uma das últimas opções de veículos de passeio com câmbio manual acoplado a um motor acima de 1.0 no Brasil. Com o motor 1.6 SCe e a transmissão manual de cinco marchas, o Duster mantém viva uma tradição que está desaparecendo no mercado, já que a maioria dos modelos está migrando para câmbios automáticos para atender à demanda por maior conforto.
No entanto, com as normas mais rígidas de emissão e a busca constante por eficiência no consumo de combustível, é provável que o futuro do câmbio manual se restrinja a nichos específicos, como os veículos esportivos e comerciais leves. Resta saber se o Renault Duster, com seu câmbio manual e motor 1.6 SCe, será um dos últimos exemplos dessa configuração, ou se outras montadoras ainda oferecerão opções semelhantes em seus carros de passeio.

A tendência, porém, é que o câmbio manual, especialmente em motores acima de 1.0, se torne cada vez mais raro, com o futuro do mercado automobilístico se voltando para a tecnologia dos câmbios automáticos e semiautomáticos. A mudança já está em curso, e a adaptação dos consumidores a esses novos sistemas será a chave para o futuro da indústria automobilística.
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