Etanol (álcool) brasileiro será combustível para o mundo algum dia?
Etanol brasileiro pode ter espaço em países em desenvolvimento, mas não será combustível para a Europa, entenda muito mais sobre a seguir!
Uma análise sobre as matrizes de energia para o futuro dos automóveis apontou que, embora o carro elétrico seja a aposta de muitas montadoras, outros tipos de automóveis, incluindo os alimentados por combustíveis sintéticos, podem dividir espaço com os carros elétricos. Nesse contexto, o Brasil poderia ser um importante jogador, já que temos uma grande oportunidade para sermos uma referência tecnológica e polo exportador.
No entanto, na prática isso não deve acontecer. O etanol, um combustível cuja versão nacional é derivada da cana-de-açúcar, pode ser considerado uma boa alternativa para um dos gigantes do mercado automotivo mundial: os Estados Unidos. No entanto, na Europa a história é diferente. O continente carece de áreas cultiváveis e seria dependente de outros países para obter matéria-prima – da mesma maneira que hoje é dependente do petróleo obtido em território externo.

A União Europeia aposta alto no carro elétrico como solução para o futuro por diversos motivos. Mais do que reduzir o impacto dos veículos no meio ambiente, há o plano de eliminar a dependência energética. Ainda assim, a União Europeia voltou atrás na decisão de proibir a venda de carros a combustão a partir de 2035 e agora esses carros poderão continuar sendo oferecidos por montadoras desde que sejam alimentados por combustíveis sintéticos.
Guia do Conteúdo
Carros a combustão na Europa
Se as montadoras decidirem continuar apostando no carro a combustão no mercado europeu, o mais provável é que o mercado opte pela gasolina sintética. Ela pode ser obtida a partir da reação com produtos que não necessitam de áreas cultiváveis, como o hidrogênio.
Enquanto isso, outros países, especialmente os em desenvolvimento, podem ser alvos para o etanol brasileiro. Um dos exemplos é a Índia, onde existe conversas entre o país e o Brasil para exportação da tecnologia do etanol. A Índia é um dos maiores mercados automotivos do mundo e outros alvos podem ser países do sudeste asiático e até mesmo da América do Sul.
No entanto, há alguns problemas internos relacionados à produção de etanol no Brasil. A produção não é suficiente porque o combustível divide a safra de cana com o açúcar – que acaba sendo prioridade dos produtores. Além disso, há a questão do preço, que torna o produto desvantajoso na maior parte dos Estados do país.
Em resumo, embora o etanol tenha algumas vantagens em relação aos carros elétricos e seja uma boa alternativa para os Estados Unidos e outros países em desenvolvimento, ele não parece ser uma alternativa viável para a Europa devido à falta de áreas cultiváveis. No entanto, as mudanças nas normas de 2035 indicam que ainda há espaço para carros a combustão alimentados por combustíveis sintéticos nesse mercado.
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