Não Caia Nessas: 5 Ofertas do Frentista Que Podem Danificar Seu Carro!
Parar no posto de combustível faz parte da rotina de todo motorista. Mas você já parou para pensar que algumas ofertas feitas durante o abastecimento podem prejudicar seu carro — e ainda pesar no seu bolso?
Frentistas muitas vezes oferecem serviços extras com um sorriso no rosto e ar de utilidade, mas nem sempre o que parece ajuda de verdade é benéfico para o seu veículo. Neste guia, vamos te mostrar cinco “armadilhas” comuns nos postos de gasolina que você deve aprender a evitar. E não, não é paranoia: algumas dessas práticas já causaram danos reais a muitos carros por aí.
Guia do Conteúdo
1. “Vamos completar o óleo do motor?” – Nem sempre é uma boa ideia
Essa é uma das perguntas mais comuns ao parar para abastecer. O frentista se oferece para medir o nível do óleo com a vareta e diz que está abaixo do normal. Parece um cuidado gentil, certo? Errado.

O que muitos motoristas não sabem é que o motor quente pode falsear a leitura do nível de óleo. Como o lubrificante ainda não voltou completamente para o cárter, o nível parece baixo. Ao aceitar a sugestão de “completar o óleo”, o motorista pode acabar colocando quantidade além do necessário.
Esse excesso é perigoso: o óleo a mais pode gerar pressão interna, forçar o virabrequim e outros componentes mecânicos, além de criar espuma no óleo. Isso dificulta a lubrificação adequada e pode superaquecer partes internas, reduzindo a vida útil do motor.
Como evitar o erro?
Espere o motor esfriar. O ideal é verificar o óleo com o carro desligado, em piso plano e após pelo menos 10 minutos de repouso. E nunca use qualquer óleo: siga a especificação recomendada no manual do veículo. Misturar óleos com composições diferentes também pode comprometer o desempenho do motor.
2. “Posso colocar um aditivo no combustível?” – Um gasto desnecessário na maioria das vezes
Outro “oferecimento” clássico: aditivos no tanque. Os frentistas garantem que vai limpar o motor, melhorar o desempenho ou economizar combustível.
No entanto, a verdade é que os combustíveis já vêm com os aditivos necessários para proteger o motor. As gasolinas e etanóis comercializados legalmente no Brasil seguem exigências de qualidade definidas pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).

Adicionar aditivos extras — que muitas vezes nem sabemos a procedência — pode desequilibrar essa fórmula e causar danos, especialmente em sistemas mais sensíveis como o de injeção eletrônica.
Se quiser mesmo abastecer com algo a mais, opte diretamente por combustíveis “aditivados” de bandeira confiável. Eles já têm a formulação balanceada e segura para o motor.
3. “Vamos dar uma olhadinha no fluido de freio?” – Pode parecer inofensivo, mas é arriscado
O fluido de freio deve ser verificado e trocado periodicamente. Mas fazer isso no posto não é uma boa ideia. Por quê?
Esse fluido é altamente higroscópico, ou seja, absorve umidade do ambiente com facilidade. Um simples respingo de água ou até mesmo o contato com o ar úmido pode comprometer sua eficiência. Com a presença de água, o fluido ferve mais rapidamente, perdendo a capacidade de transmissão de força — e isso reduz drasticamente o desempenho dos freios.

Além disso, abrir o reservatório sem os devidos cuidados pode permitir a entrada de ar no sistema, formando bolhas que prejudicam a frenagem. Isso torna o pedal do freio “borrachudo” e aumenta o risco de acidentes.
Dica importante: se o nível estiver muito abaixo do mínimo, leve o carro a uma oficina especializada. A simples reposição no posto pode mascarar problemas maiores como vazamentos ou desgaste das pastilhas.
4. “Seu radiador precisa de aditivo, quer colocar?” – Cuidado com o improviso
O sistema de arrefecimento é fundamental para manter o motor na temperatura correta. E embora o frentista pareça prestativo ao checar o líquido do radiador, a adição de aditivos aleatórios pode ser uma cilada.

Cada carro exige um tipo específico de fluido de arrefecimento, com propriedades químicas adequadas à sua engenharia. Misturar produtos genéricos ou fora da especificação pode causar corrosão, entupimento das mangueiras e até danificar o cabeçote do motor.
Se for necessário completar no posto por emergência, use apenas água desmineralizada (nunca água da torneira, que tem sais minerais e cloro). E, na primeira oportunidade, vá até um mecânico para revisar todo o sistema e aplicar o fluido correto.
5. “Essas palhetas estão ruins, quer trocar?” – Nem sempre precisa
Por último, uma das vendas mais tentadoras: trocar as palhetas do limpador de para-brisa. Afinal, segurança em dias de chuva é prioridade. Mas será que é mesmo necessário?

Na maioria das vezes, o problema é apenas sujeira acumulada. Uma simples limpeza com água pode devolver o bom funcionamento às palhetas. Se o som de “chiar” ou a falha na limpeza persistirem, aí sim é hora de considerar a troca.
Mas cuidado: palhetas vendidas em postos costumam ser de marcas genéricas, com baixa durabilidade e encaixe duvidoso. Algumas até podem arranhar o para-brisa ou soltar durante o uso.
Vale a pena vender o seu veículo no Feirão de carros usados?
O ideal é comprar peças originais ou de marcas reconhecidas em lojas especializadas. Você pode economizar e ainda garantir melhor desempenho.
Resumo Rápido: o que recusar no posto
| Oferta do Frentista | Por que evitar? |
|---|---|
| Completar o óleo | Pode causar excesso e danificar o motor |
| Aditivo no combustível | Geralmente desnecessário e pode prejudicar |
| Checar fluido de freio | Risco de contaminação e entrada de ar |
| Colocar aditivo no radiador | Mistura errada pode corroer o sistema |
| Trocar palhetas do limpador | Às vezes é só sujeira; peças genéricas são ruins |
