Furtos de cabo de cobre causam ‘apagão’ de semáforos: mudanças que devemos ter pela frente
A onda de furtos de cabos de cobre se alastra por grandes cidades brasileiras, incluindo São Paulo. Os criminosos têm como objetivo abastecer o mercado ilegal desse material, que teve significativo aumento de preço desde o início da pandemia e, especialmente, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Em São Paulo, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) tem registrado quase 20 chamados diários para furto de cabos de semáforos. De janeiro a março deste ano, foram registrados 2.018 casos de furto de cabos. A gravidade da situação levou diversas prefeituras a trocar os cabos de cobre por cabos de alumínio – menos eficientes na condução de eletricidade, mas mais baratos.

A concessionária responsável pela manutenção dos semáforos em São Paulo, a Ilumina SP, está estudando alternativas ao fio de cobre e esclarece que o custo das reposições em razão dos furtos não gera custos adicionais à administração municipal.
Em abril, a Câmara dos Vereadores da cidade aprovou a instalação de uma CPI para investigar a onda de furtos. A comissão busca soluções para conter essa epidemia criminosa, com a colaboração da própria CET e do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), da Polícia Civil.
A SSP-SP informa que ações da Polícia Civil em ferros-velhos contra a receptação de fios de cobre resultaram na prisão de 20 criminosos e na apreensão de 16.179 quilos do material em 2023. O Deic afirma ter prendido três homens por furto qualificado enquanto invadiam uma galeria subterrânea para levar duas toneladas de cabos telefônicos, no último dia 28, na Praça Silva Mafra, na Freguesia do Ó, na Zona Norte da Capital.
A situação é tão preocupante que diversas prefeituras substituem os cabos de cobre da rede elétrica por cabos de alumínio, que são menos eficientes na condução de eletricidade, mas mais baratos. A CEE Equatorial, concessionária local de energia elétrica no Rio Grande do Sul, substituiu cerca de 150 km de cabos de cobre por fios de alumínio apenas no Litoral do Estado.
O furto desses cabos prejudica serviços essenciais como fornecimento de energia elétrica, telefonia e transporte ferroviário. Os valores cobrados pelo cobre mais do que quintuplicaram desde o início de 2020, o que consome mais tempo e trabalho das empresas responsáveis pelos serviços públicos na instalação dos novos cabos após furto.
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