Gasolina em queda após 6 meses: descubra onde abastecer certo pode aliviar seu bolso!
Depois de seis meses de uma verdadeira montanha-russa nos postos de combustíveis — mais subida do que descida —, finalmente uma boa notícia para os motoristas brasileiros: a gasolina teve sua primeira queda de preço em meio ano. Isso mesmo. O combustível derivado do petróleo, que vinha apresentando estabilidade e aumentos desde setembro do ano passado, começa a recuar. E, como se não bastasse, o etanol também está mais barato em vários pontos do país.
Mas a pergunta que fica no ar é: qual compensa mais? Etanol ou gasolina? A resposta não é tão simples, porque depende de onde você está, do tipo de carro que você dirige e de como ele consome cada combustível. Neste texto, vamos analisar os principais fatores e mostrar em quais estados o etanol vale mais a pena — e onde a gasolina ainda é imbatível.

Guia do Conteúdo
Por que a gasolina caiu agora?
Segundo especialistas, esse recuo nos preços é um reflexo direto das discussões recentes sobre o custo dos combustíveis para o consumidor final. Após meses de pressão, tanto da população quanto de entidades ligadas ao transporte, começaram a surgir medidas para tentar amenizar os impactos dos preços elevados.
Além disso, mudanças no mercado internacional, variações no dólar e discussões sobre a política de preços da Petrobras também estão influenciando. Não se trata ainda de uma queda drástica, mas de um sinal de alívio, especialmente importante num país onde milhões de pessoas dependem do carro todos os dias — seja para trabalhar, estudar ou simplesmente se locomover.
E o etanol, caiu junto?
Sim! O etanol também apresentou recuos no valor por litro em diversas regiões. Isso reacendeu a velha dúvida que muitos motoristas têm na hora de abastecer: vale mais a pena colocar etanol ou gasolina?
O que determina a vantagem econômica de um ou outro não é só o preço por litro, mas sim o custo por quilômetro rodado. Isso porque o etanol, apesar de mais barato, tem um rendimento inferior: um carro abastecido com etanol percorre em média 30% menos distância que com gasolina.
Ou seja, o etanol só compensa se custar até 70% do valor da gasolina. E é aí que entra o cálculo que pode mudar o quanto você gasta todo mês.
Como é feito o cálculo?
Vamos simplificar: o levantamento feito por especialistas em mobilidade considera os seguintes fatores:

- Consumo médio de gasolina: 11,5 km/l
- Consumo médio de etanol: 8,5 km/l
- Custo por km rodado = preço do litro ÷ consumo médio
- Com base nisso, se o custo por km com etanol for menor, ele compensa. Se for maior, a gasolina ainda é a melhor escolha.
Esse cálculo leva em conta uma média, que pode variar de veículo para veículo, claro. Mas ele serve como parâmetro para que você decida com base em números reais e não só na percepção de “o etanol está mais barato hoje”.
Onde o etanol é mais vantajoso?
De acordo com os dados mais recentes (referentes a abril de 2025), em 12 estados o etanol é mais vantajoso do que a gasolina, entre eles:
- São Paulo: onde o litro custa R$ 4,25 contra R$ 6,25 da gasolina, com custo por km de R$ 0,50 no etanol e R$ 0,54 na gasolina.
- Goiás: com etanol a R$ 4,30 e gasolina a R$ 6,33.
- Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, que também possuem produção de cana-de-açúcar e mantêm o etanol com preços competitivos.
Em estados com produção local, o acesso mais direto à matéria-prima reduz os custos e torna o etanol uma escolha mais racional.
E onde a gasolina ainda é rainha?
Em 14 estados, a gasolina continua sendo a opção mais vantajosa, mesmo com a leve queda de preço. Isso acontece em lugares onde:
- O etanol tem alto custo logístico;
- A produção local é baixa;
- O consumo elevado do etanol pesa mais no bolso.
Estados como Alagoas, Ceará, Pará, Amazonas e Rio Grande do Sul entram nessa lista. Nesses locais, o litro do etanol custa tanto quanto o da gasolina, mas com desempenho inferior, o que torna a gasolina mais eficiente por quilômetro rodado.
A gasolina mais barata e a mais cara do Brasil
De acordo com os dados disponíveis:
- A gasolina mais barata do Brasil está em Coronel Bicaco (RS), com preço médio de R$ 5,70.
- Já a mais cara é encontrada em Alto Boa Vista (MT), com valores que chegam a R$ 7,70 o litro.
Essa variação absurda mostra como a geografia, a logística e os impostos estaduais influenciam fortemente o valor final pago pelo consumidor.
Qual é o impacto no seu bolso?
Para quem roda cerca de 1000 km por mês, a escolha do combustível certo pode significar uma economia de até R$ 50 ou mais mensais — o que, ao longo de um ano, representa R$ 600 que podem ser usados para manutenção, documentação, ou até mesmo lazer.
É por isso que não basta abastecer no impulso. Fazer as contas, usar aplicativos de comparação de preços e conhecer o consumo do seu carro são atitudes que podem transformar sua rotina financeira.
Dicas rápidas para escolher melhor na hora de abastecer
- Compare o custo por quilômetro rodado, não só o preço por litro.
- Use apps de preço de combustível para ver qual posto vale mais a pena na sua cidade.
- Verifique a procedência do combustível – um etanol de má qualidade pode prejudicar o motor.
- Considere o tipo de uso do carro: para quem faz muitos trajetos urbanos curtos, o consumo pode mudar bastante.
- Revise o carro periodicamente, pois motor mal regulado consome mais.
No fim das contas, o que isso tudo significa?
Significa que vale a pena estar atento. Essa é uma fase de mudanças e, se o movimento de queda continuar, mais motoristas podem ser beneficiados. Por enquanto, a gasolina continua sendo o combustível mais eficiente em muitos estados, mas o etanol recupera espaço — principalmente nas regiões produtoras.

E mesmo que essa queda pareça pequena, é um sinal positivo num momento em que todo gasto conta. A expectativa é que, com políticas públicas mais focadas e maior transparência na formação de preços, os combustíveis se tornem menos voláteis e mais justos para os consumidores.
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O poder está no seu cálculo
Se você ainda abastece só com base no que “parece mais barato”, talvez esteja gastando mais do que deveria. A escolha entre etanol e gasolina precisa ser baseada em consumo, custo por quilômetro, tipo de uso e, claro, na realidade da sua cidade.
A boa notícia é que agora há uma tendência de queda — e, quem sabe, o início de uma fase com preços mais amigáveis nos postos. Aproveite para rever seus hábitos de consumo, reavaliar o rendimento do seu carro e abastecer com inteligência.

 
							 
							 
							 
							