Surpresa nas Bombas: Veja Por Que a Gasolina Subiu e o Gasóleo Caiu Esta Semana!
A nova semana trouxe novidades para os condutores portugueses — e não exatamente o que muitos esperavam. Enquanto encher o depósito com gasolina vai ficar ligeiramente mais caro, os utilizadores de gasóleo terão algum alívio no bolso. A oscilação dos preços dos combustíveis, que já se tornou uma constante no dia a dia dos consumidores, volta a fazer manchetes com uma movimentação curiosa: a subida da gasolina simples 95 e a descida do gasóleo simples.
Estas alterações, verificadas já na madrugada desta segunda-feira, 12 de maio, refletem as mais recentes estratégias das principais operadoras do setor em Portugal — Galp, Repsol e BP — e continuam a deixar os consumidores a fazer contas e a repensar os seus hábitos de abastecimento.
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Guia do Conteúdo
Gasolina sobe, gasóleo desce: o que está a acontecer?
De acordo com os dados do portal especializado “Mais Gasolina”, as grandes operadoras começaram a semana com ajustes nos preços de venda ao público, afetando os valores médios dos combustíveis nas estações de serviço espalhadas por todo o país.
Na Galp, a gasolina simples 95 teve um aumento de meio cêntimo por litro, passando para €1,774. Em contrapartida, o gasóleo simples sofreu uma queda de meio cêntimo, situando-se agora nos €1,624 por litro. Trata-se de uma pequena diferença, mas que, somada ao longo de abastecimentos frequentes, pode ter impacto no orçamento mensal de muitos automobilistas.
Já na Repsol, a variação foi um pouco mais acentuada: a gasolina subiu 1 cêntimo, com o litro a ser vendido agora a uma média de €1,769. O gasóleo, por outro lado, desceu na mesma proporção — 1 cêntimo a menos, com o preço médio a fixar-se nos €1,619 por litro.
A BP seguiu a mesma lógica da Galp: aumentou meio cêntimo no preço da gasolina simples 95, para os €1,784, enquanto o gasóleo registou igualmente uma descida de meio cêntimo, colocando o litro a um valor médio de €1,644.
Uma dança de cêntimos que vale mais do que parece
À primeira vista, mudanças de meio ou um cêntimo podem parecer irrelevantes, mas quando se olha para a realidade de quem enche o depósito com regularidade, especialmente em frotas empresariais ou em veículos de trabalho, essas oscilações representam valores consideráveis no final do mês.
Por exemplo, num depósito de 50 litros, um aumento de 1 cêntimo por litro significa mais 50 cêntimos por abastecimento. Parece pouco? Multiplique isso por quatro abastecimentos mensais ou por uma frota de 10 viaturas. Em poucos meses, essa diferença torna-se significativa.
E, ao contrário do que muitos pensam, essas pequenas variações não são arbitrárias — estão frequentemente ligadas a fatores como:
- Cotação internacional do petróleo
- Taxas de câmbio
- Custos logísticos
- Estratégias comerciais das empresas petrolíferas
- Políticas fiscais e ambientais
Combustíveis: uma questão de estratégia
Importa referir que os preços agora divulgados são médias indicativas, ou seja, não representam necessariamente o valor praticado em todas as estações de serviço. Cada posto de abastecimento tem liberdade para definir os seus preços, de acordo com a sua localização, concorrência local, estratégia comercial e outros fatores específicos.

Por isso, é sempre aconselhável que os condutores verifiquem os valores atualizados nos portais e aplicações móveis disponíveis — como o “Mais Gasolina”, o site da DGEG ou apps como “Waze” e “Google Maps”, que indicam os preços em tempo real com base na localização.
Variações refletem tendências globais
As alterações registadas esta semana não surgem isoladamente. O comportamento do mercado energético global continua a ter influência direta nos preços praticados em Portugal. A oscilação dos barris de Brent (referência para o mercado europeu), as tensões geopolíticas, as decisões da OPEP+, bem como a procura global por combustíveis fósseis, influenciam os preços que chegam às bombas nacionais.
Além disso, em países como Portugal — onde os combustíveis estão entre os mais caros da Europa devido à carga fiscal —, mesmo pequenas flutuações no preço-base têm um impacto amplificado no bolso dos consumidores.
Evolução dos preços nos últimos meses
Nos últimos meses, os combustíveis têm alternado entre subidas e descidas, muitas vezes semana a semana. Em março e abril, por exemplo, verificaram-se várias semanas consecutivas de aumentos, especialmente devido à subida da cotação do petróleo nos mercados internacionais. Em maio, começa-se a assistir a alguma estabilização, ainda que com variações divergentes entre gasolina e gasóleo.
Isto pode ser explicado, em parte, por mudanças na procura global. Com a chegada da primavera e o aumento das temperaturas, o consumo de gasolina tende a subir — sobretudo em países do hemisfério norte, com maior volume de deslocações. Já o gasóleo, que também serve o setor agrícola e os transportes, pode ver uma ligeira queda na procura sazonal.
Quem usa o quê? Um retrato do consumo em Portugal
Em Portugal, o gasóleo é o combustível mais utilizado, especialmente por frotas, veículos pesados, transportes de mercadorias e também muitos automóveis particulares. A descida do preço do gasóleo, portanto, representa um alívio mais significativo para a maioria dos condutores.
A gasolina, embora com menor penetração, ainda é amplamente usada, especialmente em veículos mais recentes, híbridos, ou em carros de uso urbano. O aumento no preço da gasolina pode pressionar os condutores a ponderar alternativas mais económicas — como os modelos híbridos ou mesmo elétricos, cuja procura tem vindo a aumentar.
O impacto psicológico das variações nos preços
Mais do que os números em si, o impacto psicológico das alterações nos combustíveis é real. A perceção de que os preços estão a subir (mesmo que apenas ligeiramente) pode levar muitos consumidores a abastecer “antes que aumente mais”, o que cria uma antecipação de consumo e, muitas vezes, uma maior procura momentânea.
Por outro lado, quando há uma queda, especialmente no gasóleo, muitos encaram como uma oportunidade de “aproveitar” o preço mais baixo, ainda que a diferença prática no imediato seja mínima.
O que esperar nas próximas semanas?
Embora seja impossível prever com total certeza a evolução dos preços dos combustíveis, analistas indicam que o mercado pode continuar volátil nas próximas semanas. Fatores como a evolução do conflito no Médio Oriente, decisões de produção da OPEP+ e o comportamento das economias mundiais serão determinantes.

Para os condutores portugueses, o melhor conselho é continuar atentos, comparar preços e, sempre que possível, planear os abastecimentos com alguma antecedência, aproveitando os dias e locais com menor custo por litro.
Informação é economia
A subida da gasolina e a descida do gasóleo esta semana é mais um reflexo das dinâmicas complexas que regem o mercado energético. Embora as diferenças sejam pequenas, os seus efeitos acumulados não devem ser subestimados — especialmente para quem depende do carro no dia a dia.
Mais do que nunca, estar informado faz a diferença. Acompanhar os preços com regularidade, escolher o posto mais vantajoso e, se possível, adotar hábitos de condução mais eficientes, são medidas simples que podem representar uma poupança significativa a longo prazo.
Curioso para saber se compensa mudar de combustível ou até investir num carro híbrido? Fique atento às próximas atualizações e dicas que vamos partilhar.
