GM deve recontratar mais de 800 funcionários demitidos!
Mais de 800 funcionários da General Motors (GM) serão reintegrados à empresa após decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região. A demissão dos trabalhadores por e-mail gerou pressão e protestos, levando o sindicato a acionar a justiça.
O desembargador João Alberto Alves Machado acatou o pedido de liminar encaminhado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, determinando a pronta reinserção dos funcionários na folha de pagamentos.
A decisão judicial representa uma vitória para os trabalhadores que entraram em greve logo após o anúncio das demissões. Além da reintegração, a GM também terá que pagar multa diária de R$ 1.000,00 por trabalhador dispensado ou não reintegrado, caso não acate a determinação.

O sindicato argumentou que a GM violou o acordo coletivo ao demitir os funcionários, uma vez que havia se comprometido a manter a estabilidade dos empregos até o fim do layoff. Os metalúrgicos já haviam recebido os valores referentes às indenizações pelo desligamento, mas agora poderão retornar ao trabalho com todos os direitos e condições vigentes antes das demissões.
A General Motors ainda não se manifestou sobre a liminar ou a decisão do TRT. A empresa e os sindicatos estavam em um acordo desde junho deste ano, quando foi estabelecido um layoff para 1,2 mil trabalhadores da fábrica de São José dos Campos. Durante esse período de afastamento para qualificação, os funcionários mantinham os benefícios e a estabilidade no emprego. No entanto, a montadora descumpriu o acordo ao demitir os 800 funcionários, o que levou à greve dos trabalhadores.
Além disso, a GM também foi acusada de não cumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal, que determinava a negociação com o sindicato antes de qualquer desligamento coletivo. O sindicato afirmou que a empresa não buscou alternativas ou se reuniu com os representantes dos trabalhadores antes das demissões.
Enquanto aguardam a reintegração, o sindicato decidiu manter a greve como forma de pressionar a GM a cumprir a determinação judicial. A expectativa é que os mais de 800 funcionários voltem ao trabalho em breve e que a empresa reveja suas práticas de demissão.