Governo planeja aumentar a proporção de etanol na gasolina como uma medida para o combustível do futuro
Durante o seminário “ANFAVEA – Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil“, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, divulgou que o Projeto de Lei, conhecido como “Combustível do Futuro”, está em fase final de aprovação na Casa Civil e será enviado ao Congresso Nacional na próxima semana.
O objetivo do projeto é aumentar o uso de combustíveis sustentáveis no país, como o etanol, que possuem baixa emissão de carbono.
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Fontes de energia limpa no Brasil: o Combustível do Futuro
Entre as possíveis mudanças no Projeto de Lei, uma das mais esperadas e discutidas é a possibilidade de aumentar o nível de etanol na gasolina para fazer o combustível do futuro. Além disso, o governo também deve criar incentivos fiscais para investimentos em fontes de energia limpa.

O ministro responsável pelas mudanças não deu muitos detalhes, mas prometeu que o texto garantirá mais previsibilidade para o setor. Essas mudanças podem trazer benefícios para o meio ambiente e para a economia do país, mas ainda há muita discussão e debate sobre o assunto.
Brasil se destaca na matriz energética limpa
Segundo Alexandre Silveira, o Brasil se destaca como uma das grandes economias mundiais com a matriz energética mais limpa, e os biocombustíveis são parte importante da estratégia nacional para atingir as metas do Acordo de Paris.
Além disso, o país já possui uma solução tecnológica altamente competitiva e eficiente para reduzir o impacto ambiental do transporte: os veículos híbridos flex fuel movidos a etanol. Com isso, o Brasil se posiciona como referência no uso de energias renováveis e na busca por um desenvolvimento sustentável.
Criação do Combustível do Futuro
O ministro disse que o novo Projeto de Lei vai integrar a Rota 2030 e o Acordo de Paris para que o Brasil tenha, do poço à roda, uma emissão de carbono muito menor.

“Além de incentivos e investimentos, na medida em que a descarbonização vai acontecendo, vai acontecer também a desoneração de setores pontuais. Nós temos ali toda uma integração em um único Projeto de Lei que vai permitir mais clareza para o mundo e mais segurança jurídica para que essa descarbonização aconteça aqui”, afirma o ministro, que diz ter certeza de que o Brasil será protagonista da descarbonização no mundo e criação do combustível do futuro.
O ministro afirmou que o novo Projeto de Lei irá unir a Rota 2030 e o Acordo de Paris, com o objetivo de reduzir significativamente as emissões de carbono do Brasil, desde a extração do petróleo até o uso dos veículos nas estradas. Segundo ele, haverá incentivos e investimentos para a descarbonização, bem como a desoneração de setores específicos.
Com a integração dessas medidas em um único Projeto de Lei, o ministro acredita que haverá mais clareza para o mundo e segurança jurídica para a descarbonização no país. Ele ainda ressaltou que o Brasil será um protagonista importante nesse processo de descarbonização global.
Mandatário defende elevação do nível de etanol na gasolina como parte de transição para economia verde
O mandatário da pasta aborda a elevação do nível de etanol na gasolina como algo natural e inevitável.
“A política clara do nosso governo, que já foi anunciada por mim, é aumentar a mistura do etanol na gasolina. Nós temos que descarbonizar e vamos conseguir isso com o tempo. O país tem terra, tem clima, tem energia, tem água. Então temos que fazer uma transição segura. Temos um caminho a trilhar até chegar aonde queremos: uma economia completamente verde e limpa”, afirma.
Anfavea aguarda estudos sobre o Combustível do Futuro
Quando questionado sobre as negociações com o governo para aumentar a quantidade de etanol na gasolina, que atualmente está em 27%, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, afirmou que a associação tem participado das discussões com especialistas, mas não é possível determinar qual será o novo percentual, que pode variar de 30% a 40%, pois ainda está em fase de estudo.
Quanto ao Projeto de Lei, Leite disse que o setor busca previsibilidade e incentivos para pesquisa e desenvolvimento do carro elétrico, não apenas incentivos fiscais.
Ele explica que, embora haja um modelo em vigor para veículos elétricos que oferece uma taxa de importação de 0%, sabe-se que isso está em estudo para a transição. No entanto, a falta de clareza prejudica o investimento e o mercado precisa de previsibilidade.
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