Os 12 lançamentos da GWM para 2026 vão mudar o mercado brasileiro

O cenário projetado pela GWM para 2026 mostra uma estratégia ousada e calculada. A marca decidiu acelerar seu crescimento após registrar números expressivos ao longo de 2025, o que reforçou sua confiança no mercado brasileiro. No Salão do Automóvel de São Paulo, a fabricante revelou que está preparando 12 novidades para o próximo ano, entre novos modelos e versões para diferentes segmentos. A proposta é ampliar sua atuação e garantir maior participação em um mercado cada vez mais competitivo.

Esse avanço não acontece por acaso. A empresa chinesa conseguiu quebrar sucessivos recordes de vendas em 2025, com outubro se destacando como um mês histórico. Foram 5.228 unidades emplacadas, resultado impulsionado principalmente pelo desempenho do Haval H6, que se consolidou como o grande líder das operações da marca no país. Modelos como Haval H9, Poer P30 e o recém-chegado Wey 07 também contribuíram para esse salto.

Resultados sólidos

O desempenho em outubro não foi um caso isolado, mas parte de uma sequência de crescimento que marcou o ano. A linha diesel, por exemplo, atraiu grande interesse do público, acumulando uma fila de espera superior a 70 dias. Isso reforça o apelo da gama entre consumidores que procuram robustez e capacidade de carga em um cenário onde o segmento ainda é bastante disputado.

Outro destaque relevante foi o Wey 07, que surpreendeu ao vender mais de 200 unidades em seu primeiro mês. O mais impressionante é que cerca de 90% dessas vendas ocorreram por pagamento à vista, um indicador poderoso do interesse do consumidor e da confiança imediata no produto. Esses resultados se somam aos demais modelos da marca e ajudaram a GWM a atingir metas ainda maiores do que aquelas previstas inicialmente.

Meta superada

Com a soma dos bons resultados, a GWM superou com folga o objetivo de fechar 2025 com 35 mil unidades comercializadas. A marca agora trabalha para encerrar o ano com cerca de 42 mil emplacamentos, um crescimento que demonstra maturidade no mercado local e prepara o terreno para uma expansão ainda mais agressiva.

Esse avanço é parte de um plano estruturado que combina ampliação de portfólio, fortalecimento da imagem da marca e investimentos em produção nacional. Tudo isso constrói a base necessária para que os lançamentos previstos para 2026 não apenas cheguem ao mercado, mas também conquistem espaço diante da concorrência.

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Produção local

A fábrica de Iracemápolis, interior de São Paulo, terá papel decisivo nessa nova fase da GWM. A planta já produz modelos como Haval H6, Poer P30 e Haval H9, mas agora passará por um aumento significativo no ritmo de fabricação. A meta da marca é atingir a produção diária de 80 veículos, número que sustenta o plano de crescimento e atende a demanda proveniente dos resultados atuais.

Para tornar essa meta possível, a empresa vai implementar um segundo turno de trabalho, o que exigirá a contratação de novos funcionários. Com isso, o quadro deve superar a marca de mil colaboradores, reforçando o compromisso da fabricante com a operação local e gerando impacto econômico positivo para a região.

Novidades à vista

O anúncio das 12 novidades programadas para 2026 gerou grande expectativa entre consumidores e especialistas. A GWM não especificou se esse número se refere exclusivamente a novos modelos ou se também inclui versões diferentes dentro da gama. Como exemplo, o próprio Haval H6 conta com múltiplas versões, o que poderia ampliar sua presença dentro da contagem apresentada pela marca.

O que já está confirmado é o lançamento da Poer P500, a variante híbrida plug-in da conhecida Poer P30. Essa versão deve reforçar a presença da marca no segmento de picapes eletrificadas, que cresce rapidamente no país e atrai consumidores interessados em economia e tecnologia. A GWM também estuda a chegada de dois modelos de grande porte: o SUV Tank 700 e a minivan Wey G9 Max, ambos apresentados durante o Salão do Automóvel.

Novos candidatos

Além dos modelos já mencionados, o radar da montadora inclui outras possibilidades que podem fortalecer segmentos estratégicos. A linha Tank, por exemplo, pode trazer ao Brasil o Tank 500 e o Tank 400, SUVs robustos voltados para consumidores que procuram alto desempenho, tecnologia e proposta off-road. Esses modelos expandiriam a atuação da marca em um nicho onde concorrentes tradicionais dominam há anos.

Outro possível lançamento é o Ora 5, um SUV elétrico que ajudaria a GWM a ampliar sua participação no segmento de veículos movidos exclusivamente a bateria. A marca também analisa a possibilidade de novas versões para o Haval H9 e para a própria Poer P30, ampliando o leque de opções disponíveis para perfis variados de consumidores.

Espaço importante

Mesmo com as diversas possibilidades, há um ponto que a marca ainda precisa preencher em seu portfólio: o segmento de SUVs compactos. Embora a GWM possua o Haval Jolion no exterior, o modelo já foi descartado diversas vezes para o mercado brasileiro. A justificativa é que ele é muito próximo do H6 e pertence a uma geração anterior, o que poderia gerar sobreposição de produtos e enfraquecer o posicionamento da marca no país.

Apesar disso, especialistas acreditam que a fabricante pode estar desenvolvendo uma solução específica para esse segmento nos próximos anos, considerando o peso que os SUVs compactos têm no mercado nacional e sua importância dentro das vendas totais de qualquer marca que queira se consolidar por aqui.

Estratégia clara

A combinação entre investimentos em produção nacional, ampliação sólida de portfólio e metas agressivas demonstra que a GWM está determinada a crescer no Brasil em um ritmo mais acelerado do que o observado em 2025. O ano que se aproxima tem potencial para ser transformador, especialmente com um calendário repleto de lançamentos e a expectativa de novos públicos sendo atraídos pela marca.

A estratégia da montadora é clara: fortalecer sua presença, diversificar produtos e consolidar a produção local para suprir uma demanda crescente. Se os números recentes servirem de referência, a marca tem plenas condições de atingir — e possivelmente ultrapassar — as metas previstas para 2026.

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