City 2025 fica mais caro em agosto, mas ainda vale o investimento?

Honda City 2025 fica mais caro em agosto e levanta dúvidas sobre custo-benefício.

Mesmo com o aumento nos preços em agosto, o desempenho comercial do Honda City continua positivo. A linha fechou julho com 1.565 unidades vendidas, um crescimento em relação às 1.453 de junho. O ritmo não é o mesmo de rivais como o Onix Plus ou o Virtus, mas mostra consistência para um modelo que disputa espaço entre os sedãs compactos e hatches premium.

No acumulado de 2025, o City soma 9.927 unidades emplacadas. Ainda distante dos líderes do segmento, o modelo parece ter encontrado um público fiel que prioriza conforto, confiabilidade mecânica e pós-venda forte. Isso pode explicar por que, mesmo com os aumentos, as vendas não estagnaram.

Agosto trouxe uma nova rodada de reajustes na tabela da linha Honda City. Os aumentos variam entre R$ 1.400 e R$ 1.600, afetando quase todas as versões hatch e sedã, com exceção das opções de entrada LX, que continuam custando R$ 117.500. As demais subiram de forma escalonada e agora se aproximam dos R$ 150 mil nas versões Touring.

O objetivo da Honda é claro: posicionar o City como uma alternativa mais refinada dentro do segmento de compactos. O modelo passa a mirar um público disposto a pagar um pouco mais por qualidade de construção, confiabilidade mecânica e boa revenda.

Honda City 2025 na diagonal.
Foto: Divulgação | Honda

Novos valores

Veja como ficaram os preços em agosto:

  • City Hatch LX: R$ 117.500 (sem alteração)
  • City Hatch EX: R$ 134.000 (+R$ 1.400)
  • City Hatch EXL: R$ 141.300 (+R$ 1.500)
  • City Hatch Touring: R$ 149.800 (+R$ 1.600)
  • City Sedan LX: R$ 117.500 (sem alteração)
  • City Sedan EX: R$ 135.000 (+R$ 1.400)
  • City Sedan EXL: R$ 142.300 (+R$ 1.500)
  • City Sedan Touring: R$ 150.800 (+R$ 1.600)

Os reajustes seguem a mesma lógica em ambos os estilos de carroceria. Na prática, o modelo mais caro da linha agora beira os R$ 151 mil, colocando o City em um território mais competitivo e exigente.

Motorização mantida

Apesar das mudanças nos preços, o conjunto mecânico do Honda City 2025 segue sem alterações. Todas as versões utilizam o mesmo motor 1.5 aspirado, capaz de entregar até 126 cv com etanol.

O torque chega a 15,8 kgfm também com etanol, e 15,5 kgfm com gasolina, sempre associado ao câmbio automático CVT.

Esse conjunto é conhecido por priorizar o conforto ao dirigir e a economia de combustível, mesmo que deixe a desejar em desempenho em algumas situações. Para quem roda muito na cidade ou valoriza suavidade ao volante, trata-se de uma combinação eficiente.

Equipamentos de série

O City sempre foi bem equipado, e isso não mudou. A versão EX já oferece central multimídia com conectividade para Android Auto e Apple CarPlay, ar-condicionado digital e câmera de ré. A EXL adiciona mais refinamento, com bancos em couro, painel digital e sensores adicionais.

Na versão Touring, o pacote de itens inclui faróis full LED, pacote de segurança Honda Sensing com assistente de permanência em faixa e frenagem autônoma de emergência, além de acabamento interno mais sofisticado. Tudo isso reforça a ideia de um carro mais completo, mesmo em uma categoria com forte concorrência.

Como ele se posiciona

Com os preços mais altos, o City passa a disputar atenção com carros de categorias superiores ou com modelos turbinados, como o Virtus e o Onix Plus, que já oferecem desempenho melhor com valores semelhantes.

A escolha, portanto, passa a depender mais das prioridades do comprador do que apenas do custo.

Se o foco for desempenho e espaço interno, outras opções podem parecer mais atraentes. No entanto, se o comprador prioriza economia de combustível, conforto ao dirigir, baixo custo de manutenção e confiabilidade mecânica, o City ainda entrega uma proposta muito coerente.

Vale o investimento?

A resposta vai depender do perfil do comprador. Para quem procura um carro confiável, econômico e confortável para o uso urbano, o Honda City 2025 continua sendo uma excelente escolha. As versões intermediárias, como a EX e EXL, ainda oferecem um bom equilíbrio entre preço, equipamentos e motorização.

Por outro lado, para quem espera mais potência ou procura algo mais espaçoso na mesma faixa de preço, há concorrentes mais competitivos. A versão Touring, que ultrapassa os R$ 150 mil, já entra no território de modelos maiores, com motores turbo e tecnologias similares.

Interna do Honda City 2025.
Foto: Divulgação | Honda

Concorrência acirrada

A nova faixa de preços coloca o City frente a frente com rivais mais potentes e modernos. O Volkswagen Virtus, por exemplo, tem motor 1.0 turbo em praticamente todas as versões, além de bom espaço interno e pacote tecnológico similar.

O Chevrolet Onix Plus, por sua vez, entrega desempenho superior em algumas versões e uma lista de equipamentos que acompanha bem o ritmo do City.

A vantagem da Honda está na tradição de confiabilidade, na valorização do modelo no mercado de usados e no custo de manutenção. Esses pontos, para muitos compradores, ainda pesam mais do que a potência do motor ou o tamanho da tela multimídia.

Estratégia da Honda

Os aumentos de preço fazem parte de um reposicionamento da marca. Em vez de brigar por volume de vendas com descontos agressivos, a Honda aposta em valor agregado. Isso significa investir em acabamento, tecnologia embarcada e durabilidade, e cobrar por isso.

Essa estratégia pode não agradar quem busca o melhor custo por equipamento, mas atrai quem prefere fazer um investimento a longo prazo. Para esse público, o City ainda representa um bom negócio, mesmo com os reajustes mais recentes.

O Honda City 2025 está mais caro, mas também mais bem posicionado no mercado. A marca japonesa reforça sua aposta em um público que valoriza durabilidade, conforto e segurança, mesmo que isso custe mais. O modelo não é o mais potente nem o mais barato do segmento, mas continua sendo uma escolha racional e equilibrada.

Se você está pensando em comprar um City, vale a pena fazer as contas e avaliar o que pesa mais na sua decisão: economia, revenda, desempenho ou equipamentos. Com os preços atualizados, o modelo continua sendo uma boa opção — desde que esteja alinhado às suas expectativas.

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Redator online do Agora Motor, antes mesmo de concluir o ensino médio e fazer a carteira, Gabriel já está envolvido no universo automotivo. Produz conteúdos informativos e relevantes, com foco em lançamentos, notícias e tudo que movimenta o setor. Interessado em aprender e crescer na área, acompanha de perto as tendências do mercado e busca tornar a informação acessível a todos os leitores.
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