Descubra como pilotar uma moto sem precisar de CNH no Brasil

Motos elétricas com limite de 25 km/h podem ser usadas sem CNH. Veja os modelos mais buscados e como isso muda o transporte urbano.

A ideia de se deslocar pela cidade em uma moto sem ter habilitação deixou de ser apenas especulação. Com a popularização dos modelos elétricos leves, uma nova categoria de transporte urbano está ganhando espaço nas ruas brasileiras. Esses veículos, que operam com baixa potência e velocidade reduzida, são autorizados a circular mesmo por quem não possui CNH.

O crescimento dessa tendência reflete uma transformação silenciosa, mas significativa, nos hábitos de mobilidade urbana. Práticos, baratos e ecológicos, esses modelos estão alterando o perfil do transporte pessoal em diversas cidades.

O que permite isso

O ponto-chave está nas normas do Código de Trânsito Brasileiro. A legislação define que bicicletas elétricas ou similares com motor de até 350 watts e velocidade máxima de 25 km/h não precisam de habilitação para serem conduzidas. Por não serem consideradas ciclomotores, esses veículos estão isentos também de emplacamento e uso de capacete de motociclista.

Na prática, eles funcionam como uma espécie de “meio-termo” entre a bicicleta e a motocicleta. Essa brecha legal abriu caminho para que diversos modelos surgissem no mercado com a proposta de simplificar a vida de quem quer se locomover sem depender de transporte público ou gastar com habilitação.

Vantagens para o dia a dia

O principal atrativo desses veículos está na praticidade. Com funcionamento silencioso, baixo custo de recarga elétrica e manutenção simples, eles atendem bem quem faz trajetos curtos e quer fugir do trânsito pesado. Por não exigirem documentação, também são uma opção interessante para quem não pode ou não quer passar pelo processo tradicional de tirar CNH. O custo inicial, embora variado, é competitivo quando comparado ao valor de motocicletas convencionais. E mais: os gastos com combustível e impostos são praticamente inexistentes, tornando esses modelos acessíveis mesmo para orçamentos apertados.

Modelos em destaque

Com o aumento da procura, algumas marcas se destacaram e ganharam visibilidade com modelos que seguem à risca os critérios que permitem a condução sem CNH. Entre os mais comentados estão versões com visual clássico, scooters modernas e até modelos com aparência robusta, todos dentro do limite técnico exigido por lei.

Esses veículos têm se tornado aliados de quem busca independência e agilidade, especialmente em ambientes urbanos congestionados.

Bee S1

A Bee S1 é uma das scooters elétricas mais procuradas do momento. Seu motor de 350 watts oferece desempenho eficiente e autonomia de até 60 km, ideal para quem precisa rodar mais durante o dia. Embora possa ultrapassar os 30 km/h, o modelo pode ser limitado eletronicamente para se manter dentro dos parâmetros legais.

Bee S1 na diagonal.
Foto: Divulgação | Bee S1 na diagonal.

Com um design atual e estrutura reforçada, ela atende desde estudantes a trabalhadores que buscam praticidade com um toque de modernidade. Seu porte urbano favorece a condução segura em vias movimentadas, sem exigir habilitação.

Tailg Dyfly

Para quem tem apreço por design clássico, a Tailg Dyfly é uma opção estilosa e eficiente. Inspirada em modelos retrô como a antiga Honda Dream, essa moto elétrica une visual charmoso e motor de 350 watts, com autonomia que gira em torno de 45 km.

Tailg Dyfly na diagonal.
Foto: Divulgação | Tailg Dyfly na diagonal.

Assim como os demais modelos, sua velocidade máxima respeita os 25 km/h exigidos. Por isso, é uma alternativa bastante procurada por quem deseja um transporte elegante, sem complicações legais e com forte apelo sustentável.

Watts W125

Com proposta voltada para o conforto, a Watts W125 se apresenta como uma alternativa robusta entre os modelos elétricos sem exigência de CNH. Ela traz motor de 350 watts, respeita o limite de 25 km/h e entrega cerca de 40 km de autonomia por carga.

Motos que não precisa de CNH
Foto: Divulgação | Watts W125.

Seu desenho ergonômico proporciona uma pilotagem mais estável, sendo indicada para quem valoriza praticidade com um pouco mais de presença visual. É uma boa escolha para quem precisa enfrentar subidas, trechos um pouco mais longos ou até mesmo entregas urbanas.

Caloi Mobylette

Revitalizando um clássico, a Caloi apostou na nostalgia com a versão elétrica da Mobylette. O modelo combina motor de 350 watts com velocidade controlada em 25 km/h e entrega autonomia próxima de 30 km. Visual retrô e estrutura leve são os grandes diferenciais.

Caloi Mobylette
Foto: Divulgação | Caloi Mobylette

Voltada para deslocamentos curtos e regulares, essa opção se tornou popular entre pessoas que valorizam simplicidade, economia e estilo. É uma escolha prática para uso residencial ou pequenas tarefas diárias sem precisar se preocupar com CNH ou taxas.

Questões de segurança

Apesar de estarem liberadas da obrigatoriedade da CNH, essas motos não dispensam atenção. Circular sem habilitação não deve ser sinônimo de descuido. A ausência de formação teórica e prática pode gerar riscos se o condutor não tiver noções mínimas de segurança e convivência no trânsito. Mesmo sem exigência legal, o uso de capacete e outros itens de proteção é fortemente recomendado. A condução em vias compartilhadas com veículos maiores exige cautela e responsabilidade, principalmente para quem está começando a pilotar.

Impacto nas cidades

A disseminação dessas motos elétricas já é percebida em muitas capitais brasileiras. O aumento do número de condutores sem CNH em circulação levanta discussões sobre infraestrutura urbana, sinalização e, claro, fiscalização.

Por outro lado, há ganhos importantes. Menos carros nas ruas, menos poluição sonora e emissões reduzidas são vantagens claras.

A praticidade desses veículos tem feito com que muitos adotem a ideia não apenas por necessidade, mas também como escolha de estilo de vida.

Perspectivas futuras

Com o avanço dessa nova forma de transporte, é provável que em breve haja atualizações na regulamentação. Algumas cidades já estudam a criação de faixas exclusivas e regras específicas para esses modelos. O objetivo é garantir segurança e organização sem barrar a inovação.

O setor ainda é recente, mas mostra sinais de crescimento constante. À medida que os preços se tornam mais acessíveis e a autonomia dos veículos melhora, a adesão tende a aumentar. O desafio estará em equilibrar liberdade e segurança nas vias.

Você já viu uma dessas motos circulando por aí? Compartilhe sua opinião nos comentários e conte se teria uma delas no seu dia a dia. Continue acompanhando nosso site e descubra como a mobilidade urbana está mudando mais rápido do que você imagina.

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Redator online do Agora Motor, antes mesmo de concluir o ensino médio e fazer a carteira, Gabriel já está envolvido no universo automotivo. Produz conteúdos informativos e relevantes, com foco em lançamentos, notícias e tudo que movimenta o setor. Interessado em aprender e crescer na área, acompanha de perto as tendências do mercado e busca tornar a informação acessível a todos os leitores.
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