As motos que estão bombando (ou caindo) nas vendas em 2025: veja o top 10

Se você está pensando em comprar uma moto em 2025, vale a pena conferir quais modelos estão dominando (ou perdendo espaço) nas ruas e estradas do Brasil. O mês de junho trouxe algumas movimentações interessantes no ranking das motos mais vendidas, com a Honda mantendo sua liderança absoluta, mas com uma leve queda nas vendas em relação a maio. Outras marcas como Yamaha, Shineray e Mottu também aparecem na disputa por espaço, mostrando que o consumidor brasileiro está começando a diversificar suas escolhas.

Com mais de 90% do top 5 ocupado por motos da Honda, o mercado de duas rodas segue sendo dominado pela marca japonesa. Mas há nuances importantes nesse cenário que indicam mudanças sutis no comportamento de compra do brasileiro. E não é apenas pelo preço. Itens como durabilidade, economia de combustível e até mesmo o uso voltado para trabalho têm pesado cada vez mais na decisão de quem vai às lojas ou busca uma moto no mercado de usados.

As mais vendidas de junho de 2025: Honda reina, mas sente a pressão

Mesmo com a liderança intacta, a Honda viu uma leve retração em suas vendas. Confira os modelos mais vendidos no último mês:

• Honda CG 160: 29.225 unidades (-8,3% em relação a maio)
• Honda Biz: 17.292 unidades (-0,5% em relação a maio)
• Honda Pop 110i: 14.787 unidades (-5,4% em relação a maio)
• Honda NXR 160: 12.696 unidades (-5,9% em relação a maio)
• Mottu Sport 110i: 6.619 unidades (-19% em relação a maio)

A CG 160 se mantém como a moto mais vendida do Brasil, um feito que demonstra o quanto os consumidores confiam na robustez e praticidade desse modelo. Já a Biz, que tem longa história entre os brasileiros, continua sendo preferência principalmente entre quem busca uma moto econômica e fácil de pilotar, inclusive no uso diário urbano. A Pop 110i e a NXR 160 seguem como escolhas populares para quem precisa de um modelo simples, confiável e com manutenção barata.

Por outro lado, a Mottu Sport 110i teve a maior queda entre as líderes, com uma redução de 19% nas vendas. Mesmo assim, o modelo ainda permanece bem posicionado no ranking, o que mostra que motos de marcas menos tradicionais continuam atraindo consumidores com preços competitivos e propostas voltadas para o dia a dia.

Por que a Honda continua no topo do mercado de motos

A razão por trás da hegemonia da Honda vai além de sua fama. A marca construiu, ao longo de décadas, uma rede sólida de concessionárias, assistência técnica confiável e um pós-venda eficiente. Tudo isso fideliza o consumidor e torna o processo de compra mais seguro para quem não quer correr riscos. Soma-se a isso o histórico de modelos consagrados, com motores que raramente dão problema e peças com bom custo-benefício.

A Honda também é mestre em atender perfis distintos: tem motos urbanas, para estrada, off-road e até modelos mais premium, todos com variações que cabem em diferentes bolsos. A estratégia de manter atualizações frequentes, sem abrir mão da simplicidade mecânica, é outro fator que ajuda a segurar sua fatia generosa do mercado.

Yamaha e Shineray começam a aparecer, mas comedidamente

Apesar do domínio da Honda, outras marcas também estão tentando conquistar seu espaço, ainda que de forma tímida. A Yamaha, por exemplo, tem a YBR 150 entre as mais vendidas, com 4.190 unidades em junho (queda de 7,9% em relação a maio). O modelo é conhecido por seu equilíbrio entre desempenho e economia, sendo uma alternativa direta à CG 160.

Outro nome que aparece é o da Shineray, com a XY 125, que registrou 2.530 unidades vendidas no mês, uma queda de 17,7%. Mesmo assim, é uma marca que vem se posicionando como uma opção de entrada para quem precisa de um transporte individual de baixo custo — especialmente em cidades menores e regiões com menos acesso às grandes marcas.

Além disso, a Honda CB 300F, com 3.459 unidades vendidas, também merece destaque. Apesar da queda de quase 18% em relação a maio, o modelo é um exemplo da tentativa da marca de oferecer motos mais potentes sem perder o apelo popular. Voltada para quem busca um pouco mais de desempenho, a CB 300F mostra que há espaço também para motos acima das 150 cilindradas no gosto do consumidor brasileiro.

Queda geral nas vendas de junho: o que está acontecendo?

É impossível ignorar que todos os modelos do ranking registraram queda em junho, mesmo os mais populares. Esse fenômeno pode estar relacionado a vários fatores: instabilidade econômica, juros altos, crédito restrito e até o fim de incentivos para financiamento de motos. Outro ponto importante é o aumento do custo de vida, que tem feito muitos brasileiros adiarem ou até desistirem da compra de um novo veículo.

Mesmo assim, o mercado de motos segue sendo um dos mais dinâmicos do setor automotivo nacional. Por oferecerem uma alternativa mais econômica ao carro — seja em consumo de combustível, manutenção ou preço de aquisição —, as motos continuam atraindo consumidores que precisam de mobilidade eficiente em meio ao trânsito das grandes cidades ou como ferramenta de trabalho em entregas e deslocamentos curtos.

A importância das motos no Brasil atual

Hoje, mais do que nunca, as motos representam uma solução de mobilidade prática e acessível para milhões de brasileiros. Seja para fugir dos engarrafamentos, economizar no dia a dia ou trabalhar como entregador, motoboy ou motorista de app, esses veículos se tornaram essenciais para o funcionamento das cidades.

O crescimento das plataformas de entrega, como iFood, Rappi e Uber Eats, também influenciou a popularidade das motos. E marcas como a Mottu, que focam em modelos voltados justamente para esse público, têm ganhado atenção, mesmo com oscilações nas vendas.

O que esperar para os próximos meses

Com a chegada do segundo semestre de 2025, o mercado de motos deve continuar aquecido, mas sujeito a novas variações. Muito dependerá das condições macroeconômicas, da liberação de crédito para financiamentos e da renovação do portfólio das marcas. Novos lançamentos, inclusive modelos elétricos, também podem mexer nesse cenário, ainda que o Brasil esteja avançando a passos lentos na adoção de veículos de duas rodas movidos a eletricidade.

Enquanto isso, a Honda deve continuar reinando, mas com atenção redobrada às movimentações da concorrência e às preferências do consumidor. Afinal, o brasileiro está cada vez mais exigente e conectado — e escolher a próxima moto vai além do nome da marca.

Um mercado em constante movimento

O ranking de motos mais vendidas em junho de 2025 mostra que, embora a Honda ainda seja soberana no segmento, o cenário está longe de ser estático. A concorrência começa a se mover, novas opções ganham espaço e o consumidor está mais atento a custo-benefício, durabilidade e, claro, às condições do financiamento. Comprar uma moto em 2025 exige pesquisa e atenção às tendências, mas uma coisa é certa: elas continuam sendo as grandes aliadas de quem quer economia e agilidade nas ruas do Brasil.

Se você está pensando em comprar a sua, agora já sabe quais modelos estão no topo — e o que esperar de cada um.